Os casos Veja e Folha de São Paulo

O que vocês estão achando da grita na imprensa - especialmente da Veja e da Folha - contra supostos ataques à liberdade de imprensa?

Em campanhas políticas, o nome que se dá a essa atitude de ambas é vacina. Estão fazendo um tremendo estardalhaço sobre fatos banais para tentar brecar ações futuras. Isso porque passaram a campanha toda - especialmente a Veja - descendo o pau em Lula e no PT, e agora temem pelos quatro anos à frente.

Os fatos objetivos são: no caso da Veja, a procuradora não viu o tal constrangimento aos repórteres. Mas a Veja viu o chifre do capeta na cabeça do delegado - o mesmo chifre que eles colocaram na cabeça do candidato Garotinho, numa capa infame.

A Folha usou de paranóia apenas na capa. Nas reportagens, não. Mas só o fato de ter destacado a quebra de sigilo como um suposto ataque à liberdade de imprensa mostra que se utilizam dois pesos e duas medidas. A quebra do sigilo foi autorizada pela Justiça. E a PF não sabia de quem eram os telefones.

Agora, essa questão me remete a outra: por causa do sigilo da fonte, não se pode quebrar o sigilo telefônico, ou dos computadores, de empresas jornalísticas - coloco em negrito - com autorização judicial? Aviso: esta não é uma pergunta retórica. Gostaria da resposta. Quem puder, acuda-me.

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