sexta-feira, 10 de novembro de 2006

Os casos Veja e Folha de São Paulo

O que vocês estão achando da grita na imprensa - especialmente da Veja e da Folha - contra supostos ataques à liberdade de imprensa?

Em campanhas políticas, o nome que se dá a essa atitude de ambas é vacina. Estão fazendo um tremendo estardalhaço sobre fatos banais para tentar brecar ações futuras. Isso porque passaram a campanha toda - especialmente a Veja - descendo o pau em Lula e no PT, e agora temem pelos quatro anos à frente.

Os fatos objetivos são: no caso da Veja, a procuradora não viu o tal constrangimento aos repórteres. Mas a Veja viu o chifre do capeta na cabeça do delegado - o mesmo chifre que eles colocaram na cabeça do candidato Garotinho, numa capa infame.

A Folha usou de paranóia apenas na capa. Nas reportagens, não. Mas só o fato de ter destacado a quebra de sigilo como um suposto ataque à liberdade de imprensa mostra que se utilizam dois pesos e duas medidas. A quebra do sigilo foi autorizada pela Justiça. E a PF não sabia de quem eram os telefones.

Agora, essa questão me remete a outra: por causa do sigilo da fonte, não se pode quebrar o sigilo telefônico, ou dos computadores, de empresas jornalísticas - coloco em negrito - com autorização judicial? Aviso: esta não é uma pergunta retórica. Gostaria da resposta. Quem puder, acuda-me.

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4 comentários:

  1. Anônimo11.11.06

    A reeleição do presidente Lula foi uma verdadeira bofetada com luva de pelica na mídia que o atacou e continua a atacar o tempo todo.

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  2. Anônimo11.11.06

    Concordo com você. Estão fazendo uma tremenda barulheira por causa de jornalistas que foram interrogados. Eles mesmos disseram que não sofreram constrangimentos, mas se sentiram constrangidos...A procuradora afirmou que não houve constrangimento.
    Por que não divulgam isso? Por que não entraram na justiça contra o delegado, conforme a própria polícia federal sugeriu?
    Tudo muito estranho.

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  3. Anônimo11.11.06

    A TV Globo noticiou o caso como se fosse um absurdo total, um atentado a liberdade de imprensa e só deu um trechinho da procuradora que desmentiu toda palhaçada da Veja.
    A Glogo e o jornal Globo tem que explicar a manchete: Lula usa facção criminosa contra Alckmin.
    Isso é que foi um crime, e eles diseeram que foi só mal formulado.

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  4. A imprensa age com viés autoritário ao defender corporativamente o privilégio de seus repórteres. É a expressão do "você sabe com quem está falando".
    Não há ameaça alguma à "liberdade de imprensa" se houver investigação e quebra de sigilo com autorização judicial. Aliás é exatamente a possibilidade de ser responsabilizada que garante à imprensa a sua liberdade porque numa democracia os poderes requerem vigilância constante para não haver perigo de retrocessos autóritários.

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