terça-feira, 11 de setembro de 2007

CEGA: A aliança César-Garotinho no Rio

A aliança entre o ex-governador Anthony Garotinho (PMDB) e o ex-prefeito do Rio, ainda no exercício do cargo, César Maia (DEM) – o Vaia –, é um “tiro na cabeça”. Quem diz isso não sou eu, mas o próprio César Vaia, quando, em entrevista a O Globo, criticou a aliança de Alckmin com Garotinho, no segundo turno das eleições presidenciais do ano passado:

Do ponto de vista político, no Rio, [a aliança com Garotinho] é um tiro na cabeça.

Mas não foi só isso. Na mesma entrevista, César disse temer que o apoio de Garotinho a Alckmin viesse a enfraquecê-lo no Rio:

Agora vou ter cuidados. Se eu estiver junto com Alckmin e o eleitor perceber o Garotinho dentro da campanha do Alckmin, esse beijo da morte pode pegar em mim. Tenho que fazer pesquisas e sentir este quadro, para ver se essa catapora, varíola, febre amarela pode ser mortal ou não. O Rio é o meu espaço político. Nesse momento, essa proximidade pode ser virótica. Preciso tomar muito cuidado. Tomar banho de sal, como dizia o Brizola.

Depois do beijo da morte, da catapora, varíola, febre amarela e do tiro na cabeça o César Vai(a)onde?

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Um comentário:

  1. Anônimo12.9.07

    Mello, não sei se já tivestes tempo de ler estas palavras, que como as tuas, são mais do que procedentes em relação ao ex-tudo engodo carioca:
    "O prefeito César Maia (demo do PFL carioca) não tem qualquer pudor ao explicitar qual a tática a ser adotada: “cabe à oposição - em todos os pontos cardeais - jogar novas pedras e garantir a intensidade do movimento dos círculos concêntricos. Será um semestre de ação continuada, que contaminará a opinião e reverterá o quadro de opinião pública”. As probabilidades de êxito são mínimas, mas a intensidade do ataque deve acautelar estômagos sensíveis.

    Para julgar o estado de alma dos atores políticos em evidência, a literatura política deve ceder lugar à fina ironia de Oscar Wilde, em O Retrato de Dorian Gray. A certa altura, o personagem Lorde Henry enuncia: “Contudo não pretendo discutir política, sociologia ou metafísica com você. Prefiro as pessoas aos seus princípios, e, prefiro, acima de qualquer coisa neste mundo, as pessoas sem princípios". Daria um excelente editor de política." Gilson Caroni Filho

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