quarta-feira, 28 de novembro de 2007

Corre risco o ‘Si’ na Venezuela

Ontem, a ex-mulher de Chávez deu declarações à imprensa, falando mal do ex-marido e ainda pior da reforma constitucional.

Nas ruas, e em pequenos spots de rádio e TV, a oposição lança boatos de que com a reforma acaba a propriedade privada e o governo vai ser dono de todos os lares e negócios na Venezuela. É mentira, mas isso apavora a classe média e os pequenos proprietários.

Tudo isso é muito parecido com a reta final da campanha de Collor contra Lula, em 1989.

No último debate, Collor disse que Lula se fazia de pobre, mas possuía um 3 em 1 de marajá. (Parêntesis: "Marajá" era como Collor chamava funcionários públicos com altos salários. 3 em 1 era um aparelho que reunia rádio – AM e FM – um gravador cassete e um toca-discos. Disco era uma coisa preta com um buraco no meio, que tocava música, como os CDs e MP3 players de hoje. Fecho parêntesis). Collor aproveitou-se também de uma declaração de Lula, para dizer que este tinha preconceito contra os nordestinos, quase como se estivesse dizendo: Vote num nordestino, mas não em Lula. (Parêntesis: Collor governara Alagoas, fingia-se nordestino, embora nascido no Rio. Fecho).

Não é que na Venezuela estão saindo com algo semelhante? Devido à alta popularidade de Chávez, a oposição lançou o slogan:”Chávez si, reforma No”.

No Brasil a farsa deu certo. Pode acontecer o mesmo na Venezuela.

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Um comentário:

  1. Estranho. Muito estranho. Até os informes da CIA dizem que a tendência ao SI é irreversível. A extrema-direita tinha massa até 2002. Fizeram tanta bobagem que perderam crescentemente votos. Agora que tudo vai melhor para o povo e que essa extrema-direita está desorganizada esta mesma extrema-direita sairia vitoriosa? Gilberto Maringoni está difundindo essa idéia, mas o senhor Maringoni cometeu um erro grave de jornalismo ao apresentar Teodoro Petkoff como um grande analista, político sério e merecedor de credibilidade. Minhas fontes na Venezuela não negam que o combate está sendo rude, mas daí a prognosticar uma vitória da CIA, a evicção de Chávez daqui a 4 anos, o apoio do povo venezuelano ao Império... há uma bruta margem!

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