Aconteceu com a jornalista Rose Nogueira. Ela foi presa em novembro de 1969, quando ainda amamentava o filho de pouco mais de um mês de vida. Torturada, privada da companhia do filho, Rose ficou presa por nove meses.
Cheguei à história de Rose Nogueira, graças ao artigo O papel sujo da Folha de S.Paulo, escrito por Uraniano Mota. Encontrei o depoimento da jornalista no DHNet.
Vinte e sete anos depois, descubro que fui punida não apenas pela polícia toda-poderosa daqueles tempos, pela “justiça” militar que me absolveu depois de me deixar por nove meses na prisão, pela luta entre vida e antivida nesse período.(...) Ao buscar, agora, nos arquivos da Folha de S. Paulo a minha ficha funcional, descubro que, em 9 de dezembro de 1969, quando estava presa no DEOPS, incomunicável, “abandonei” meu emprego de repórter do jornal. Escrito à mão, no alto: ABANDONO. E uma observação oficial: Dispensada de acordo com o artigo 482 – letra ‘i’ da CLT – abandono de emprego”. Por que essa data, 9 de dezembro? Ela coincide exatamente com esse período mais negro, já que eles me “esqueceram” por um mês na cela.
Como é que eu poderia abandonar o emprego, mesmo que quisesse? Todos sabiam que eu estava lá, a alguns quarteirões, no prédio vermelho da praça General Osório. Isso era e continua sendo ilegal em relação às leis trabalhistas e a qualquer outra lei, mesmo na ditadura dos decretos secretos. Além do mais, nesse período, caso estivesse trabalhando, eu estaria em licença-maternidade.
Essa é uma história da Folha e da ditadura, que a Folha quer ditabranda para se autoindultar. Por isso é importante que todos os que estejam em São Paulo no próximo sábado, dia 7, compareçam às 10h, em frente ao prédio da Folha, na rua Barão de Limeira, para protestar contra essa tentativa de fraude histórica.
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Mello,
ResponderExcluirdescoberto o guru da Folha de São Paulo para assuntos de "ditabranda".
Veja neste link (é de pasmar!):
http://www.youtube.com/watch?v=qsBTTH0F1_g&eurl=http://colunistas.ig.com.br/luisnassif/2009/02/27/o-guru-da-ditabranda/
Só há uma maneira de "punir" a Folha - fazendo uma campanha - NÃO COMPRE, NÃO LEIA A FOLHA DE SP.
ResponderExcluirCada vez mais nos envergonhamos des folheto de propaganda do José Serra,chamada folha de São Paulo!Meu Deus, que façam oposição ao governo federal,mas daí querer pisotear a História do Brasil com a expressão mas safada do mundo,como Ditabranda já é fazer pouco caso de nossa inteligencia,é fazer pouco caso do povo Brasileiro,é fazer pouco caso da memoria do nosso povo!é não ter um mínimo de respeito ao nosso povo,a nossa gente.Eles perderam todos os limites.Repudio a este jornaleco,eu não leio nem de graça,ja ha muito que não leio tambem a "estadão" e nem a Veja mentira, todos editoriais do José Serra....
ResponderExcluirSem querer defender a Folha,mas,como a parte administrativa do Jornal iria saber que a menina estava presa?
ResponderExcluirO tal do Ditabranda foi dose para elefante,quiçá mamute ou quiçá ainda pra dinossauro.
Mello,
ResponderExcluiro nome correto do jornal é Corriere de lO Serra
Ô, Mello, você viu que o Juca Kfouri, em uma de suas últimas colunas deu uma cacetada, de leve, é verdade, na postura da Folha? É bom lembrar que o Juca participou da resistência contra a ditaDURA militar, logo não seria coerente manter-se em silêncio.
ResponderExcluirSó tolo acredita que eles não sabiam que ela estava presa. Isso é nojento demais!
ResponderExcluirMarcelo,
ResponderExcluira cacetada do Juca foi de leve... Conferi.
Um abraço,
AM
Sou solidario à causa, mas gostaria que fosse amenizado o termo "mais negro" para não caracterizar racismo ou preconceito.
ResponderExcluirAparecido Fernandes do Carmo
aparecido_fernandesdocarmo@yahoo.com.br
Mello, a Folha não pisou feio, pisou horrivelmente na bola e seus dirigentes deveriam ter a humildade de pedir amplas desculpas, de forma devida e entendida por todos. Foi ridículo. Só resta ao público cancelar a assinatura como retaliação, já que eles não mostram humildade. Não assino a Veja faz anos, desde que ela abraçou a causa aparente da morte do PC Farias (a versão que queriam fazer crer). Um abraço Ísis
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