Ação de juiz contra o PT dá resultado: sede nacional do Partido é atacada na madrugada

Sede do PT vandalizada 1) Pela PF 2) Por desconhecidos

A sede nacional do Partido dos Trabalhadores em São Paulo foi vandalizada durante esta madrugada.

Esta ação é complemento de outra, a determinada por um juiz que enviou tropa da Polícia Federal à sede do partido, ordem duramente criticada pelo ministro do STF Dias Toffoli, conforme publiquei aqui.

A exposição da imagem do Partido com policiais fortemente armados, como se esperassem reação armada de uma facção criminosa, foi o sinal para que desconhecidos tenham atacado a sede nesta madrugada.

Desde dezembro, Janot sabe que Temer recebeu R$ 5 milhões do empresário Léo Pinheiro. Por que não está preso?


Placar do impeachment no Senado: Golpistas precisam de mais 16 votos. #VoltaDilma, apenas 10




É o que mostra levantamento feito pelo Estadão e que reproduzo aqui.

São necessários 54 votos para que o golpe seja confirmado através da aprovação do impeachment da presidenta eleita por mais de 54,5 milhões de votos, Dilma Roussef.

38 senadores são a favor do golpe (impeachment sem crime de responsabilidade é golpe). Logo, os golpistas precisam de mais 16. Têm de ir buscá-los entre os 19 que não quiseram responder à pergunta do Estadão e os seis que se declararam indecisos.

19 + 6 = 25. Os golpistas precisam de mais 16. Logo, se conseguirmos 10, barramos o impeachment.

Corrupacto do governo provisório Temer-Cunha na Charge do Aroeira



Toffoli revoga prisão preventiva de ex-ministro Paulo Bernardo e esculacha juiz orientando de Janaína Paschoal



Nesta quarta, dia 29, o ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal, revogou a prisão preventiva do ex-ministro Paulo Bernardo, determinando que a Justiça de São Paulo fixe – se for o caso – outras medidas cautelares.

Mas não foi apenas isso. Toffoli deu um verdadeiro esculacho no juiz Paulo Bueno de Azevedo, orientando da performática advogada Janaína Paschoal, a dama do 45 (número do PSDB e 45 mil reais que ela recebeu para fazer a ação de impeachment da presidenta Dilma).

A seguir, trechos da decisão de Toffoli (que pode ser lida na íntegra aqui):

A decisão de primeiro grau invocou ainda a existência de risco à aplicação da lei penal, pelo fato de sete milhões de reais não terem sido localizados. Ocorre que a necessidade da prisão preventiva para aplicação da lei penal visa tutelar, essencialmente, o perigo de fuga do imputado, que, com o seu comportamento, frustraria a provável execução da pena. 

Ora, a não localização do produto do crime não guarda correlação lógica com o perigo de fuga do imputado. Aliás, nem sequer basta a mera possibilidade de fuga, pois deve haver indícios de que o agente, concretamente, vá fazer uso dessa possibilidade, sob pena de abrir-se margem para a prisão de qualquer imputado. No movediço campo das possibilidades, tanto cabe conjecturar que o agente vá fugir quanto que irá permanecer, o que demonstra a sua fragilidade.

O mesmo se diga quanto ao alegado “risco evidente às próprias contas do País, que enfrenta grave crise financeira”, por se tratar de mera afirmação de estilo, hiperbólica e sem base empírica idônea. 

A prisão preventiva não pode ser utilizada como instrumento para compelir o imputado a restituir valores ilicitamente auferidos ou a reparar o dano, o que deve ser objeto de outras medidas cautelares de natureza real, como o sequestro ou arresto de bens e valores que constituam produto do crime ou proveito auferido com sua prática. 

A prisão preventiva para garantia da ordem pública seria cabível, em tese, caso houvesse demonstração de que o reclamante estaria transferindo recursos para o exterior, conduta que implicaria em risco concreto da prática de novos crimes de lavagem de ativos. Disso, todavia, por ora, não há notícia. 

Também não foram apontados elementos concretos de que o reclamante, em liberdade, ora continuará a delinquir. Nem se invoque a gravidade em abstrato dos crimes imputados ao reclamante e a necessidade de se acautelar a credibilidade da Justiça.

Por fim, a prisão preventiva amparou-se também na existência de risco à instrução criminal, em razão da “condição política” do reclamante e de “indícios da relação espúria com GUILHERME GONÇALVES e o referido FUNDO CONSIST”. 

Houve ainda menção fluida, no decreto de prisão, a um suposto “intuito de dissimulação que certamente não desaparece pelo fato de PAULO BERNARDO ser um ex-ministro”, invocando-se ainda o “risco concreto de novas manipulações nas provas, tanto documentais como testemunhais”. 

Ora, a necessidade da prisão para garantia da investigação ou da instrução criminal visa resguardar os meios do processo, evitando-se a ocultação, alteração ou destruição das fontes de prova. Seu objetivo é fazer frente a uma situação de perigo para a aquisição ou a genuinidade da prova, de modo a permitir que o processo seja concluído segundo critérios de regular funcionalidade e alcance um resultado útil. Assim, a decisão que impõe medida cautelar por esse fundamento deve indicar os elementos fáticos que demonstrem, concretamente, em que consiste o perigo para o regular desenvolvimento da investigação ou da instrução e a sua vinculação a um comportamento do imputado, uma vez que não pode se basear em mera conjectura ou suspeita. Na espécie, a decisão do juízo de primeiro grau se lastreia, de modo frágil, na mera conjectura de que o reclamante, em razão de sua condição de ex-Ministro e de sua ligação com outros investigados e com a empresa envolvida nas supostas fraudes, poderia interferir na produção da prova, mas não indica um único elemento fático concreto que pudesse amparar essa ilação. E, uma vez mais, a simples conjectura não constitui fundamento idôneo para a prisão preventiva. 

Em suma, descabe a utilização da prisão preventiva como antecipação de uma pena que não se sabe se virá a ser imposta. Aliás, nem mesmo no curso da AP nº 470, vulgarmente conhecida como o caso “mensalão”, conduzida com exação pelo então Ministro Joaquim Barbosa, houve a decretação de prisões provisórias, e todos os réus ao final condenados estão cumprindo ou já cumpriram as penas fixadas. 

Mais não é preciso acrescentar para se concluir que a decisão que decretou a prisão preventiva do ora reclamante contrasta frontalmente com o entendimento consolidado pela Suprema Corte a respeito dos requisitos da prisão cautelar, e não pode subsistir.

Peritos do Senado, a serviço da comissão do impeachment, atestam que Dilma não cometeu pedalada fiscal


Laudo assinado por três técnicos do Senado Federal e entregue nesta segunda-feira 27 à comissão do impeachment, a pedido da defesa da presidente Dilma Rousseff, rebate denúncia de que ela praticou "pedalada fiscal" com o atraso do repasse de R$ 3,5 bilhões do Tesouro ao Banco do Brasil para o Plano Safra:
"Pela análise dos dados, dos documentos e das informações relativos ao Plano Safra, não foi identificado ato comissivo da Exma. Sra. Presidente da República que tenha contribuído direta ou imediatamente para que ocorressem os atrasos nos pagamentos"
Se não houve pedalada fiscal, impeachment sem crime de responsabilidade da presidenta Dilma é golpe.

Aliás, golpe que já foi assumido até pelo vice-presidente em exercício da presidência, o golpista usurpador Temer, em sua conta no Twitter.

Conselho de Ética da Câmara instaura processo que pode levar à cassação do mandato de Bolsonaro por apologia à tortura


Na manhã desta terça-feira, o Conselho de Ética da Câmara dos Deputados instaurou processo contra o deputado Jair Bolsonaro por apologia ao crime de tortura.

No dia da votação do impeachment na Câmara, Bolsonaro fez um elogio ao torturador condenado Brilhante Ustra e isso pode lhe custar a perda do mandato.

O presidente do Conselho de Ética, deputado José Carlos Araújo (PR-BA), instaurou processo contra o deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ). No prazo de duas sessões, Araújo disse que anunciará o nome do relator do caso a partir de uma lista tríplice que inclui os nomes de Zé Geraldo (PT-PA), Valmir Prascideli (PT-SP) e Wellington Roberto (PR-PB). O parlamentar é acusado, de acordo com uma representação do Partido Verde, de apologia ao crime de tortura. [Fonte: Agência Brasil]

No domingo, Cunha visita Temer. Na segunda, homem de sua confiança vira relator de recurso que pode livrá-lo da cassação. Coincidência?



Não é preciso ser nenhum menino prodígio para perceber que algo cheira mal na escolha do deputado Ronaldo Fonseca como relator do recurso na CCJ que pode livrar Eduardo Cunha da cassação, um dia após a visita de Cunha ao vice-presidente no exercício da presidência, o usurpador Temer.
Apontado como aliado do presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), o deputado Ronaldo Fonseca (PROS-DF) foi escolhido para relatar o recurso do peemedebista na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). O recurso indica irregularidades na condução do processo que culminou com a aprovação do pedido de cassação do mandato no Conselho de Ética.

Deputado da bancada evangélica, Fonseca é líder da mesma igreja de Cunha no Distrito Federal, a Assembleia de Deus. Parlamentares contam que o relator do recurso "foi escolhido a dedo", já manifestou posição contra o processo disciplinar no conselho e a favor da consulta apresentada na CCJ que pretendia salvar o peemedebista.

A comissão não tem o poder de rever o mérito da decisão do Conselho de Ética, mas pode indicar erros na condução do processo por quebra de decoro parlamentar e fazer o caso voltar à estaca zero. A pauta da CCJ, principal comissão da Casa e responsável por 75% da produção legislativa, ficará paralisada até que seja votado o parecer sobre o recurso do peemedebista. A expectativa é que só na próxima semana - contando um possível pedido de vista processual - poderá haver uma deliberação sobre o tema.

O recurso é a uma última cartada de Cunha para se livrar do processo de cassação. No documento, o deputado afastado destaca 16 "vícios" processuais e sugere a nulidade da ação que tramitou no Conselho de Ética. No documento que pede efeito suspensivo do processo, o peemedebista diz que houve ilegalidades e inconstitucionalidades no decorrer do processo e solicita que a CCJ paralise o trâmite processual enquanto perdurar a suspensão do exercício do mandato pelo Supremo Tribunal Federal. [Fonte: Estadão]

Fantástico de Temer na noite de domingo foi receber Eduardo Cunha para 'analisar o quadro político atual'




Cada um se diverte como quer. Ou pode. Isso fica claro no caso do vice-presidente no exercício da presidência, o golpista Temer, que deixou sozinha a bela, recatada e do lar para fazer uma "avaliação do quadro político atual" com seu mentor, o deputado (ainda) Eduardo Cunha [veja imagem do Estadão].



Cada um também avalia o quadro político como quer. Ou, como pode - se é que me entendem. Porque se reunir na noite de domingo no Palácio com um sujeito mais sujo do que pau de galinheiro como Eduardo Cunha para avaliar o quadro político é sinal de que Temer é refém de Cunha, como mostrou a interceptação feita pela PF de mensagens de WhatsApp em que Cunha reclama que Temer teria recebido R$ 5 milhões passando sua frente, furando a fila.

Depois de dar adeus à União Europeia, Inglaterra se despede melancolicamente da Eurocopa



Numa partida que guardou alguma semelhança com aquele esporte que dizem ter sido inventado por eles, a seleção da Inglaterra foi derrotada pela Islândia, um país de 330.000 habitantes, e com isso foi eliminada da Eurocopa, ainda nas oitavas de final.

A derrota por dois a um foi um castigo merecido para uma equipe que apresentou um futebol abaixo do medíocre, que faria com que fosse derrotada até pelo meu Botafogo na fase em que se encontra.

Como curiosidade, veja como foi formada a equipe da Islândia nesta bem bolada imagem que peguei no Face do OperaMundi.



Maradona e Messi

MARADONA E MESSI

A diferença entre eles é aquela que separa os gênios dos deuses.

Messi é um gênio. Como Zico. Como Zidane. Como Platini.

Maradona é um dos deuses do futebol. Como Garrincha. E o maior deles, Pelé.


Juíza cassa proibição de Temer e Dilma volta a poder usar jatos da FAB para viajar pelo país



A juíza Daniela Cristina de Oliveira Pertile da 6ª Vara Federal da capital gaúcha autorizou Dilma Rousseff a usar as aeronaves da Força Aérea Brasileira (FAB) fora do trecho Porto Alegre/Brasília, restrição que lhe havia sido imposta pelo presidente interino Michel Temer.

Em caráter liminar, a juíza também garantiu o mesmo direito aos assessores da presidente afastada e a manutenção da estrutura do gabinete pessoal de Dilma, o que também fora restrito pelo interino.
Daniela deferiu parcialmente o pedido de antecipação de tutela autorizando a presidente afastada a usar os aviões da FAB, fora do trecho Porto Alegre/Brasília, desde que haja ressarcimento dos custos. Os assessores da governante, vinculados ao serviço público federal, também poderão utilizar as aeronaves nos mesmos termos. A decisão também manteve a estrutura do gabinete pessoal de Dilma. Cabe recuso da decisão ao TRF4.[Fonte: Portal da Justiça Federal da 4ª Região]

Esquema da campanha Eduardo Campos-Marina movimentou R$ 600 milhões e hoje produziu novo morto: encontrado corpo de foragido


A situação da obscura prestação de contas da campanha Eduardo Campos-Marina ganha novos e dramáticos contornos com o aparecimento do corpo do empresário que era considerado foragido pela Polícia Federal:

O empresário Paulo Cesar de Barros Morato foi encontrado morto na noite desta quarta-feira (22), em um motel no bairro de Sapucaia, em Olinda, Região Metropolitana do Recife, de acordo com a Polícia Federal. Morato era considerado foragido pela PF desde a terça-feira (21), quando foi deflagrada a Operação Turbulência.

 Ainda não se sabe a causa da morte de Morato. Procurada pelo G1, a advogada do empresário, Marcela Moreira Lopes, afirmou que ele já havia tentado suicídio anteriormente.

De acordo com o Ministério Público Federal (MPF), Morato era o “verdadeiro responsável pela empresa Câmara & Vasconcelos Locação e Terraplanagem LTDA”. Segundo o inquérito da PF, por meio desta e outras pessoas jurídicas, Morato teria “aportado recursos para a compra da aeronave PR-AFA (que caiu com Campos, em 2014) e recebido recursos milionários provenientes de empresas de fachada utilizadas nos esquemas de lavagem de dinheiro, engendrados por Alberto Yousseff e Rodrigo Morales e Roberto Trombeta, além de provenientes da construtora OAS”.

A Câmara & Vasconcelos é apontada pelo inquérito como a empresa que recebe da OAS o montante de R$ 18.858.978,16. O documento afirma que "chama a atenção" o repasse de recursos milionários de quase R$ 19 milhões para "uma empresa fantasma, a qual possui 'laranjas' confessos em sua composição societária, o que representa um claro indicativo de lavagem de dinheiro".

A operação teve início com investigações sobre a compra do avião, logo após o acidente que matou Campos e outras seis pessoas, mas chegou a um esquema de lavagem de dinheiro que teria movimentado até R$ 600 milhões, segundo a PF. [Fonte: G1]

PF: Samarco sabia dos riscos da barragem em Mariana desde a construção, nada fez e ainda escondeu a informação



Investigação da Polícia Federal sobre o desastre de Mariana de responsabilidade da Samarco é devastador para a empresa. A Samarco não apenas sabia dos riscos de rompimento da barragem, como os escondeu das autoridades e da população e, pior, ainda os agravou, usando material diferente do especificado quando da construção e fazendo remendos na estrutura.

O delegado Roger Lima de Moura, da Polícia Federal (PF), disse nesta quarta-feira que a Samarco sabia dos riscos na barragem de Fundão, em Mariana, que se rompeu no dia 5 de novembro de 2015, destruindo o distrito de Bento Rodrigues e causando 19 mortes. Trocas de mensagens entre técnicos e diretores, além de comunicados emitidos internamente provam a responsabilidade da empresa, segundo o delegado.

— Eles sabiam do risco de que Bento Rodrigues poderia ser atingido. Temos inclusive documentos internos e conversas falando se iriam ou não levar os estudos para o licenciamento ambiental — disse o delegado Roger Lima.

Na primeira semana de junho, a PF concluiu o inquérito sobre o rompimento da barragem de Fundão, em Mariana.

— Apuramos causas, consequências e responsáveis do rompimento. A barragem era problemática desde a sua construção. Ela sempre foi uma barragem doente. Na fase de construção foi usado um material diferente do projeto — disse o delegado.

Ele explicou ainda que ocorreram problemas de drenagem, como “um remendo na barragem, sem projeto, nem recomendação dos órgãos ambientais”. [Fonte: O Globo]

Homofobia mata, e dá vontade de morrer. Belga pede eutanásia porque não aceita ser gay



Um homem gay belga quer receber autorização legal para morrer. Para isso, argumenta que sofre psicologicamente por não conseguir aceitar sua sexualidade.

Identificado apenas como Sébastien, ele diz já ter pensado cuidadosamente sobre o momento em que sua vida chegará ao fim.
“No momento em que puserem o soro em minhas veias, para mim será apenas um tipo de anestesia”, afirmou o belga, de 39 anos, ao programa Victoria Derbyshire, da BBC.
A eutanásia é legal na Bélgica desde 2002. No ano mais recente em termos estatísticos, 2013, houve 1.807 casos no país, a maioria deles de pessoas idosas sofrendo de doenças terminais - apenas 4% tinham distúrbios psiquiátricos.
“Sempre pensei na morte. O que sinto é um sofrimento permanente, é como estar aprisionado em meu próprio corpo”, explicou.

“É uma constante sensação de vergonha, uma sensação de cansaço de estar atraído por quem você não deveria. É como se tudo fosse ao contrário do eu que gostaria.”[Leia reportagem completa na BBC]

Há algo de muito errado numa sociedade em que uma pessoa quer morrer apenas por não aceitar(em) sua sexualidade.

Golpista Temer confirma que seu governo é golpe em seu perfil oficial do Twitter

Sem muitas palavras. O próprio golpista confirma o golpe ao usar o artigo definido para se referir a ele.

#FORATEMER

Bolsonaro é réu no STF por incitação ao estupro e 'apela humildemente' aos ministros para que não o condenem




O deputado agora é réu no STF por ter afirmado que não estupraria a deputada Maria do Rosário porque ela não merecia. Em comentário à decisão, o deputado tão valente e desafiador, falou mansinho e apelou aos ministros para que não o condenem.

Finalmente o deputado, autor de tantas infâmias na Congresso, vai ser processado por uma delas - e ainda há outras na fila, como a que pede sua condenação pelo elogio ao torturador Ustra no dia da votação do impeachment.

O ministro Luiz Fux, relator do processo, definiu bem o alcance das palavras do deputado:

“Cuida-se de expressão que não apenas menospreza a dignidade da mulher, como atribui às vítimas o merecimento dos sofrimentos. Percebe-se na postura externada pelo acusado desprezo quanto às graves consequências para a construção da subjetividade feminina, decorrente do estupro e aos desdobramentos dramáticos desta profunda violência”, disse Fux.

A decisão foi da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), que aceitou denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) e queixa-crime da deputada Maria do Rosário (PT-RS) contra Bolsonaro por incitação ao crime de estupro.

Com a decisão, Bolsonaro passa à condição de réu. [Fonte: Agência Brasil]

Durante entrevista para comentar a decisão do Supremo, o deputado fez um apelo aos ministros da Corte. “Eu apelo humildemente aos ministros dos STF que votaram para abrir o processo para não me condenar, que reflitam sobre esse caso, não só a questão da imunidade aqui [no Congresso], bem como onde eu estou”, disse. “A partir de agora, nossa imunidade material não seria mais absoluta. Foi uma briga que aconteceu em 2003 nesse Salão Verde e chegou a esse ponto.” [Fonte: Agência Brasil]

Deputada do 'sim,sim,sim' que teve marido preso no dia seguinte por corrupção, pode ser presa também pelo mesmo motivo




Mais uma moralista sem moral nas garras da Federal: A deputada Raquel Muniz (PSD-MG) ficou famosa pelo modo efusivo, digamos assim, como anunciou seu voto a favor do impeachment de Dilma e contra a corrupção. - Sim, sim, sim!

Mas a deputada ficou ainda mais famosa porque dedicou o voto a seu marido, para ela um exemplo de gestor na prefeitura de Montes Claros. Só que a PF não pensava assim e prendeu o marido dela, o prefeito da cidade, bem cedinho no outro dia.

Agora é a própria deputada que pode ir em cana junto com o marido e pela mesmíssima acusação: corrupção, desvio de dinheiro público.

O STF (Supremo Tribunal Federal) investiga a suspeita de que a deputada Raquel Muniz (PSD-MG) e seu marido, o prefeito afastado de Montes Claros (MG), Ruy Muniz (PSB), comandaram uma organização criminosa que cometeu crimes como sonegação fiscal, falsidade ideológica, estelionato, fraude contra credores e lavagem de dinheiro.

Segundo o Ministério Público Federal, foi descoberto um suposto esquema em que a Sociedade Educativa do Brasil (Soebras), entidade filantrópica comandada pela deputada e seu marido, exercia verdadeira atividade empresarial, auferindo e distribuindo lucros e rendas, por meio de transferências a entidades presididas pela congressista.

A Procuradoria aponta que a deputada e o prefeito assumiram o comando da sociedade com a finalidade de se utilizar do certificado de beneficência titularizado pela entidade, colocando sob administração escolas particulares e cursos reparatórios de propriedade do casal, para que estas empresas gozassem de imunidade e isenção tributárias.

Para o MP, o modus operandi consiste na distribuição, por tais instituições, de dividendos para os chefes da organização criminosa e na blindagem patrimonial dos bens de uso pessoal do casal Ruy Muniz e Raquel Muniz.

A entidade controlada pelos investigados possui mais de 125 instituições de ensino e saúde, detentoras de certificados de benemerência que lhes conferem imunidade/isenção tributária.
"O primeiro exame apresenta elementos de participação direta da parlamentar e seu marido (Ruy Muniz) nos fatos narrados. Não se está diante de notícia sem qualquer apoio indiciário ou de notícia fundada somente em denúncia anônima, devendo-se dar prevalência, diante disso, ao interesse da sociedade em ver esclarecidos os fatos", escreveu o ministro Luís Roberto Barroso, relator do inquérito.

O ministro já autorizou a quebra do sigilo fiscal das empresas componentes do grupo econômico controlado pelo casal.[Fonte: Folha]

Temer se compara a Lula e diz que se a economia for bem ele se safa das acusações de corrupção

Onde está Lula?

Ache Lula no meio do povo

Na coluna da Mônica Bergamo, na Folha, ontem:
Michel Temer acredita que as delações premiadas, ainda que citem seu nome, não atingirão o governo caso a economia do país dê sinais de recuperação.
SÓ NÚMEROS
O presidente interino e sua equipe direta avaliam que pode ocorrer com o governo dele o que ocorreu com Lula na época do mensalão, em 2005: apesar de as denúncias se avolumarem, a vida das pessoas melhorava e a popularidade do petista só crescia. Ele acabou reeleito um ano depois.
Além da diferença abissal que separa Temer de Lula no coração e no imaginário coletivo, não podemos esquecer outros aspectos:
  1. Lula foi eleito pelo povo; Temer está temporariamente no poder por intermédio de um golpe de Estado;
  2. Lula nunca foi acusado de receber dinheiro de corrupção; Temer levou R$ 5 milhões furando a fila, segundo Eduardo Cunha, e mais R$ 1,5 milhão, segundo o delator da moda Sérgio Machado. Sem contar as denúncias do porto de Santos, que estão voltando à tona agora.

Onde está Temer?

Temer fugindo do povo

Papa Francisco pede pelos refugiados. Governo Temer-Cunha não quer saber deles



Hoje, 20 de junho, é o Dia Mundial do Refugiado. Enquanto o Papa Francisco deu declarações para que as pessoas os acolham, o governo Temer-Cunha vai na contramão: suspende negociação com Europa para receber refugiados sírios.

Mas, o que esperar de diferente de um governo corrupto, antipopular, fruto de um golpe de Estado?

No governo da presidenta Dilma, na gestão do ex-ministro da Justiça Eugênio Aragão, o Brasil buscava obter recursos internacionais para alojar cerca de 100 mil pessoas que fugiram do conflito na Síria.

Essas negociações acabam de ser paralisadas pelo novo ministro da Justiça do governo golpista, Alexandre de Moraes. [Fonte: BBC]

Já o Papa Francisco, ontem, em pronunciamento feito da janela do Palácio Apostólico para os fiéis na Praça de São Pedro, defendeu a solidariedade e o acolhimento de todos:
"Os refugiados são pessoas como todos os outros, mas de quem a guerra levou casa, trabalho, parentes, amigos. Suas histórias e suas faces nos chamam para renovar o esforço e construir a paz na Justiça. Por isso queremos estar com eles; encontrá-los, acolhê-los e escutá-los para, juntos, construirmos a paz segundo a vontade de Deus". [Fonte: Agência Brasil]

Por que milionários não ajudam a pagar as contas do Brasil? Porque FHC os liberou de impostos




Uma lei de 1995 do governo Fernando Henrique Cardoso liberou os muito ricos de pagarem imposto de 15% sobre lucros e dividendos recebidos. Só isso traria R$ 43 bilhões aos cofres públicos. Traria, não traz porque FHC deu de bandeja para os muito ricos esse presentinho.

A Fiesp já disse que não aceita aumento de impostos, que o problema do país é o excesso de carga tributária. Nenhuma palavra sobre a sonegação de impostos, que em 2015 foi estimada em, R$ 450 bilhões.

Especialistas ouvidos pelo EL PAÍS, no entanto, afirmam que há espaço para aumentar a tributação das camadas mais ricas da sociedade, distribuindo a fatura do ajuste imediato e de longo prazo de forma mais justa entre ricos e pobres. Defendem, como prioridade, a volta do imposto de 15% sobre lucro e dividendos recebidos por donos e acionistas de empresas.

Caso a cobrança desse tributo, que foi extinto em 1995, no Governo Fernando Henrique Cardoso, voltasse a ser cobrado, o Governo poderia arrecadar mais de 43 bilhões de reais por ano, segundo estudo feito pelos pesquisadores Rodrigo Orair e Sérgio Gobetti, do Instituto de Pesquisa Aplicada (Ipea). O montante representa, por exemplo, ¼ do rombo esperado nas contas públicas de 2016, estimado na semana passada em 170,5 milhões de reais. A regra não foi alterada nos anos Lula e Dilma. Em 2015, o senador Lindebergh Farias apresentou projeto de lei para modificá-la, mas ele está parado no Senado.

"Hoje, grande parte do que os empresários ricos ganham não é tributada. Um trabalhador com salário de 8.000 reais paga um imposto de renda de 27,5%. Já um dono de uma grande empresa que fatura mais de 500.000 reais a título de lucros e dividendos pode não pagar nada como pessoa física", explica Orair, que ressalta que o Brasil é um dos poucos países que ainda isentam esse imposto. O sistema clássico de tributação prevê imposto na pessoa jurídica e, posteriormente, havendo distribuição de dividendos aos acionistas, também na pessoa física. Dos 34 países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), que reúne economias desenvolvidas e algumas em desenvolvimento, apenas um, a Estônia, não cobra esse tributo. Alguns tributam mais na pessoa física, outros na pessoa jurídica, mas em média, de acordo com Orair, a parcela de lucros tributada pelo Estado é mais alta do que a do Brasil[Fonte: El País]

Delação é negócio tão promissor que já tem até anúncio do Google Adsense




Taí a prova. Fiz print deste anúncio do Google que vai direto ao ponto e oferece "recompensas financeiras na denúncia de corrupção".

'Mamãe, quando crescer eu quero ser delator'

Dilma: 'Retomando o governo eu não repetirei o presidencialismo de coalizão: vou governar com os meus'




Numa entrevista do jornalista Juca Kfouri ao também jornalista Alex Solnik, no 247, Juca diz que ouviu da presidenta Dilma a frase acima.

[Dilma] Falou textualmente que mesmo que seja para perder “vamos ouvir a opinião do povo brasileiro”. E “eu retomando o governo eu não repetirei o presidencialismo de coalizão: vou governar com os meus”.
É um recado direto a todos aqueles mais de 54,5 milhões que votamos na presidenta em 2014.

Parece que o fato de ter saído dos gabinetes e do cotidiano da presidência trouxe Dilma de volta à realidade das pessoas, especialmente diante do carinho que tem recebido nas manifestações pelo país.

[Dilma] está muito mais relaxada! Eu me convenço cada vez mais que a pior praga que pode haver na vida de um político decente é o tal do marqueteiro. O marqueteiro não deixa as pessoas serem aquilo que elas são. Ela estava ótima no almoço. Se ela falasse para o país do jeito que ela fala em “petit comitê” o país teria uma outra imagem dela. Estava bem  humorada, engraçada...Achei ela muito bem. E está realmente esperançosa.[disse Juca na entrevista, que deve ser lida na íntegra aqui]

'Mamãe, quando crescer eu quero ser delator'




Taí, é uma profissão que não sei se vai ter futuro, mas tem presente - e que presente!

Vamos ver o empresário Sérgio Machado. Agora ele só é chamado assim, ou empresário ou delator. Mas é mais chique "delator".

Mas nem sempre foi assim. Machado era político profissional. Filiado ao PSDB pelas mãos de um tucano de plumas nobres, Tasso Jereissati, Machado ficou no partido de 1991 a 2003. Foi deputado federal e senador pelo PSDB, onde fez carreira:

Na Câmara dos Deputados foi vice-líder do PSDB em 1991; titular da comissão mista de planos, orçamentos públicos e fiscalização de 1991 a 1993. De 1991 a 1992 foi titular da comissão de economia, indústria e comércio; suplente da comissão de finanças e tributação no período de 1991 a 1994; titular da comissão de desenvolvimento urbano e interior entre 1993 e 1994; Primeiro-secretário da direção do PSDB de 1991 a 1994; segundo vice-presidente do PSDB em 1994. No senado, líder do PSDB. Membro titular das comissões: de educação, de fiscalização e controle, de constituição, justiça e cidadania; membro suplente da comissão de assuntos econômicos e assuntos sociais e da comissão representativa do Congresso Nacional.

Era um tucano bem emplumado, mas bastou o PSDB ser apeado do poder por Lula, que ele logo se aninhou no PMDB. Como moeda no acordo político do PMDB com o PT, Sérgio Machado conseguiu a presidência da Transpetro, subsidiária de transporte e logística da Petrobras, onde ficou de 2003 a fevereiro do ano passado (12 anos), quando renunciou na onda dos escândalos da Lava Jato.

Durante esse período, roubou (vamos usar o verbo apropriado) para si e para vários políticos e partidos, mas especialmente para o PMDB. Mas não apenas nesse período. Ele já fazia o mesmo trabalho, anteriormente, quando era do PSDB, como confessou agora em sua delação, em que envolve, entre outros, o candidato derrotado Aécio Neves.

Segundo confessou, ele roubou mais de R$ 100 milhões. Mas, pelo acordo de delação premiada, terá de devolver, em forma de multa, R$ 75 milhões. O que conseguiu esconder lá fora ou por aqui, é dele para gastar pelo resto de seus dias.

Também vai ser julgado pelos crimes. Pela delação, ele pode ser condenado a até 20 anos, mas não vai passar um dia sequer na cadeia.

O acordo de sua delação, homologado pelo ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal, prevê que a pena será cumprida em sua casa: serão dois anos e três meses em regime fechado diferenciado e nove meses em regime semiaberto.

No imóvel com piscina e quadra poliesportiva, localizada em um bairro nobre de Fortaleza (CE) [imagem que ilustra a postagem, da Folha], Machado terá que usar tornozeleira eletrônica.

A Justiça permitiu que 27 pessoas, entre familiares e um padre, tenham acesso à casa durante o período da pena, como visitantes. Médicos, só em caso de emergência.

Já estão definidas oito datas, até 2018, em que o ex-presidente da Transpetro poderá deixar a casa, entre elas o próximo Natal.

Seus três filhos também envolvidos no acordo –Daniel, Sérgio e Expedito– não terão qualquer pena de reclusão.[Fonte: Folha]

Agora, vai você explicar a seu filho que o crime não compensa...

Por isso, não vai ser surpresa, se um pai ou mãe ouvir da filha ou do filho pequeno:

- Mamãe, quando crescer eu quero ser delator.

Temer ajustando o discurso

O Planalto estava preparando um pronunciamento para a noite desta sexta, em cadeia nacional de rádio e TV.

O Planalto estava preparando um pronunciamento para a noite desta sexta, em cadeia nacional de rádio.

O Planalto estava preparando um pronunciamento para noite desta sexta, em cadeia.


Execução de cachorro por PM gera revolta e incendeia favela em São Paulo



Um vira-latas de quatro anos, conhecido por todos na favela Heliópolis, em São Paulo, teria sido friamente executado por um PM, que atirou de dentro da viatura, irritado com os latidos do cachorro que corria atrás do veículo.

A frieza e o motivo banal do assassinato revoltaram moradores, que protestaram contra mais uma violência cometida pela polícia do governador Geraldo Alckmin, que enquanto se autoflagela com cilício castiga a população paulista com sua PM.

Bob tinha 4 anos, vivia cercado de crianças e era um dos mascotes da favela de Heliópolis, a maior de São Paulo. O cachorro não tinha casa nem dono, mas ganhava banho, comida, água e até roupas dos moradores. 

Na noite do último sábado (11), Bob brincava perto de duas crianças, de 4 e 7 anos, por volta das 20h, quando correu atrás de um carro da polícia enquanto latia. De acordo com testemunhas do caso ouvidas pela BBC Brasil que pediram para não ser identificadas, um policial se irritou com a situação, sacou uma arma e fez um disparo fatal na cabeça do cão. 

"A mesma viatura já tinha passado umas três vezes pelo local. Na quarta, um dos policiais sacou a arma de dentro da viatura e deu um tiro só na cabeça dele [Bob]. Foi muita maldade", disse uma das testemunhas. 

 

O caso revoltou os moradores da favela e ganhou repercussão nas redes sociais. A foto do cão morto, ao lado de um projétil de arma de fogo, se espalhou. Apenas uma das publicações feitas no Facebook teve mais de 800 compartilhamentos. "É inacreditável o descontrole de quem mais deveria ter controle! Os ferozes dentes trazem perigo para a guarnição inteira?", comentou um internauta.

"Bob irá deixar muita saudade. Acredito que todos que o conheceram tem uma história para contar", afirmou uma mulher em outra publicação.

A Polícia Militar informou que, na noite de sábado, fez patrulhas em áreas próximas a bailes que ocorriam em Heliópolis para "prevenir crimes e garantir o sossego da população". O órgão, porém, disse que "não há registro de animais feridos." [Fonte: BBC Brasil, onde você pode ler a reportagem completa]
Atirar num cão, apenas pelo fato de ele estar latindo atrás da viatura policial (comportamento comum nos vira-latas), mostra o despreparo, o descontrole e o estado psicológico de homens que, teoricamente, deveriam estar nas ruas para garantir a segurança dos cidadãos.

Às vezes, um pequeno flagrante do cotidiano revela mais do estado de tensão em que vive uma sociedade do que inúmeras notícias nos jornais.

José Serra. Não podemos esquecer dele. Primeirão na lista de Furnas, levou R$ 7 milhões o vendilhão




A lista de Furnas voltou à moda, um delator atrás do outro confirmando sua veracidade, coisa que já havia sido reconhecida pelo Instituto de Criminalística da Polícia Federal.

Mais recente delator, o empresário Sérgio Machado confirmou que Dimas Toledo e Furnas foram fundamentais no abastecimento da campanha tucana em 1998. Mas não parou por aí. Em 2002 também, como demonstra a famosa lista.

E quem é o primeiro nome, o homem que encabeça a lista de Furnas? Ele, o traíra, o vendilhão que corre contra o tempo para entregar a Petrobras para os gringos, José Serra.

Levou R$ 7 milhões.

Lula contra-ataca: Advogados do ex-presidente entram no Supremo com pedido de investigação de Moro por abuso de autoridade




A partir da decisão do ministro Teori Zavascki de anular as gravações de áudio da conversa do ex-presidente Lula com a presidenta Dilma, o presidente e seus advogados decidiram contra-atacar. Entraram com ação no Supremo solicitando que o MPF investigue possível abuso de autoridade do juiz Sérgio Moro.

Os advogados do ex-presidente pedem também acesso aos autos do processo, o que  "permitirá identificar outros atos de usurpação da competência do STF cometidos pelo Juiz Sérgio Moro".

Leia a nota do Instituto Lula:
Os advogados do ex-Presidente Luiz Inácio Lula da Silva apresentaram hoje (15/06/2016) embargos de declaração ao ministro Teori Zavascki, para que o Ministério Público Federal seja notificado das condutas do juiz Sergio Moro que podem, em tese, configurar crime de abuso de autoridade e o crime previsto no artigo 10 da Lei 9269/96. O pedido tem base no artigo 40, do Código de Processo Penal e a notificação ali prevista é obrigatória de acordo com a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal.

A defesa de Lula também insiste que Teori dê acesso ao conteúdo dos inquéritos remetidos de volta ao juiz de Curitiba, conforme havia sido solicitado desde março. O acesso aos autos é essencial para o exercício do direito de defesa, até mesmo para a elaboração dos recursos cabíveis no âmbito do STF.

O acesso aos procedimentos também permitirá identificar outros atos de usurpação da competência do STF cometidos pelo Juiz Sérgio Moro. Há outras ligações telefônicas interceptadas que envolvem autoridades com prerrogativa de foro no STF e até mesmo a juntada de laudo elaborado a partir de investigação sobre o momento migratório de tais autoridades.

Os embargos também mostram que o Procurador Geral da República pediu ao STF para incluir o ex-Presidente em investigações perante aquela Corte sobre os mesmos fatos ou fatos correlatos àqueles que são objeto dos procedimentos originados em Curitiba. Conforme apontado pela defesa, há necessidade de "sistematização" dos procedimentos para que não haja violação ao princípio do "ne bis in idem", que impede a existência de múltiplos procedimentos investigatórios sobre os mesmos fatos.

A decisão alvo dos embargos foi proferida na última segunda-feira (12/06). Por meio dela, o ministro Teori invalidou decisões do juiz Sérgio Moro proferidas nos dias 16/3 e 17/03, que autorizaram o levantamento do sigilo das interceptações telefônicas e buscaram convalidar gravação sem autorização judicial de conversa entre Lula e a presidente Dilma Rousseff.

Teori determinou também abertura de investigação por vazamento ilegal de informações e documentos que constam em procedimentos que tramitam em segredo de justiça, tal como requerido pelos advogados de Lula.

O ex-Presidente Lula reafirma não ser proprietário do sítio Santa Bárbara, em Atibaia (SP) ou de apartamento no Guarujá (SP). Todos os seus bens estão devidamente declarados e são compatíveis com as suas atividades. Apesar de todos os excessos e arbitrariedades já ocorridos, nada foi provado contra Lula.

Os documentos estão disponíveis em www.abemdaverdade.com.br

Cristiano Zanin Martins, Roberto Teixeira e José Roberto Batochio"

Aécio fez escola. Ele e FHC montaram esquema de compra de deputados, que Cunha copiou para ser presidente da Câmara



Quem diria que a eleição de Eduardo Cunha à presidência da Câmara de Deputados teve origem lá atrás, na década de 90, quando Fernando Henrique Cardoso e Aécio Neves montaram um esquema de compra de deputados para 1) aprovar a emenda da reeleição de FHC e 2) fazer de Aécio presidente da Câmara.

Segundo o empresário Sérgio Machado, em delação premiada, o PSDB (partido a que era filiado na época) montou um esquema de arromba para as eleições de 1998. Esquema, aliás, que deu origem ao chamado mensalão mineiro, que, na verdade, foi o mensalão tucano, pois a dinheirama se espalhou pelo país.

Somente o esquema de Sérgio Machado arrecadou R$ 7 milhões, sendo que Aécio teria recebido R$ 1 milhão desses 7 em dinheiro muito vivo [veja imagem, que é reprodução da delação, retirada de O Globo].

“[O objetivo era] eleger a maior bancada federal possível na Câmara para que pudessem viabilizar a candidatura de Aécio Neves à presidência da Câmara no ano 2000”. 
Com as verbas amealhadas por Machado e mais as outras da lista de Furnas (esquema confirmado por Machado em sua delação), o PSDB conseguiu montar uma bancada de 99 deputados.
Machado também disse que ouviu do ex-ministro Sérgio Motta, do governo Fernando Henrique, que Dimas Toledo era nomeado e apadrinhado por Aécio, e que “todos do PSDB sabiam que Furnas prestava grande apoio ao deputado Aécio via o diretor Dimas Toledo”. O delator também disse que Dimas “contribuiu com parte dos recursos para eleição da bancada da Câmara”. E que “parte do dinheiro para a eleição de Aécio para a Presidência da Câmara veio de Furnas”.[Fonte: O Globo] 
Esquema semelhante foi utilizado por Eduardo Cunha, que conseguiu recursos para eleger uma grande bancada de deputados, que veio a levá-lo à presidência da Câmara.

Quem diria que Aécio foi a escola de Eduardo Cunha.

Como vai assumir seleção se Tite pediu a cabeça do presidente da CBF em manifesto de dezembro de 2015?




Com a demissão de Dunga, após mais um fiasco da seleção brasileira de futebol, o nome que está na boca de todos para substituí-lo é o do técnico do Corinthians, Tite.

Tite já recusou o comando da seleção em pelo menos uma outra ocasião, mas agora deu declarações de amor a ela. Só que...

Em dezembro do ano passado, Tite foi um dos que assinaram um manifesto intitulado "Manifesto por uma nova CBF".

Assinado também por jornalistas e jogadores, pedia a cabeça do comando da CBF, citando nominalmente seu atual presidente, Marco Polo Del Nero, aquele que não pode viajar para o exterior (assim como Roberto Teixeira), pois a Interpol está louca para por as mãos e algemas etc nele.

Trecho do manifesto [o negrito do destaque é meu]:

A Confederação Brasileira de Futebol vive a maior crise de sua história.
 
Seus últimos três presidentes são réus em investigação policial internacional por fraude na CBF e na FIFA. José Maria Marin está preso desde maio, Ricardo Teixeira e Marco Polo Del Nero estão indiciados pela Justiça dos EUA desde o dia 3 de dezembro.
 
Compreendemos que a sucessão determinada por um estatuto viciado, que foi arquitetado e aperfeiçoado para a manutenção do poder nas mãos dessa mesma linhagem, é ilegítima e imoral.
 
Exigimos a renúncia definitiva de Marco Polo Del Nero e sua diretoria, seguida da convocação de eleições livres e democráticas para o comando da CBF, sem a atual cláusula de barreira, mecanismo que impede a aparição de posições independentes ao sistema vigente, pois exige oito assinaturas de federações e mais cinco de clubes para candidaturas. [Fonte: Folha]

Cassação de Cunha é aprovada na Comissão de Ética e vai a Plenário. Ao mesmo tempo, juiz decreta indisponibilidade de seus bens




O dia começou mal e terminou pior ainda para o deputado (ainda) Eduardo Cunha. Tia Eron votou a favor do relator e cassação de Cunha foi aprovada na Comissão por 11 a 9. Mais abaixo, verifique os nomes dos nove que ainda votaram a favor de Cunha.

O pedido de cassação do mandato vai agora ao Plenário, que vai votar se o aprova ou não. Teremos outro festival de Sim, sim, sim? Ou um festival de abstenções?

Como se não bastasse, agora à noite, juiz do Paraná decretou indisponibilidade de bens do deputado (aqueles que ele tem declarado, of course) e também da agência de sua mulher.
O juiz Augusto Cesar Pansini Gonçalves, da 6ª Vara Cível da Justiça Federal do Paraná, aceitou nesta terça-feira (14) pedido de liminar do Ministério Público Federal (MPF) e  decretou a indisponibilidade de recursos financeiros e bens do deputado federal afastado Eduardo Cunha. O pedido havia sido feito na segunda (13) em ação de improbidade administrativa.

"Defiro o pedido de liminar (nos termos formulados pelo MPF) e decreto a indisponibilidade de recursos financeiros e bens dos réus, inclusive das empresas C3 PRODUÇÕES ARTÍSTICAS E JORNALÍSTICA LTDA. (...) e C3 ATIVIDADES DE INTERNET LTDA. (...)", diz trecho da decisão. [Fonte: G1]
Votaram contra a cassação de Cunha:
Alberto Filho (PMDB-MA)
André Fufuca (PP-MA)
Mauro Lopes (PMDB-MG)
Nelson Meurer (PP-PR)
Sérgio Moraes (PTB-RS)
Washington Reis (PMDB-RJ)
João Carlos Bacelar (PR-BA)
Laerte Bessa (PR-DF)
Wellington Roberto (PR-PB)

Eduardo Cunha vai ser cassado ou não? É hoje (será?) o dia, em que depois de oito meses Comissão decide destino de Cunha


Deputada Tia Eron é a primeira à direita da imagem


Hoje o Conselho de Ética da Câmara se reúne para finalmente votar a cassação do deputado Eduardo Cunha. Segundo consta, a votação está 10 a 9 em favor de uma pena branda, de suspensão por três meses, do deputado. Falta o voto da deputada baiana Tia Eron, do PRB. Se ela empatar o jogo, votando contra Cunha, há um empate e a decisão fica com o presidente da Comissão, que é a favor da cassação.

Logo, o voto decisivo é da deputada Tia Eron. Quem a conhece, diz que quem faz a cabeça dela é o presidente de seu partido, atual ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) do governo Temer-Cunha, Marcos Pereira. Segundo consta, ele é da cota de Eduardo Cunha.

Pereira já disse que ninguém faz a cabeça de Tia Eron. E que ele não se meteria nisso. No entanto, declarou que só disse a ela que não levasse em conta os pedidos de correligionários que são candidatos nas próximas eleições.

Os correligionários candidatos são Celso Russomano e Marcelo Crivella. Ambos candidatos a prefeito, um em São Paulo e outro no Rio. Os dois querem que ela vote pela cassação.

Como o homem que não faz a cabeça de Tia Eron pediu para que ela não ouvisse os candidatos, ela não deve ouvi-los. Logo, vai poder viajar novamente no jatinho com seu parça Eduardo Cunha, como mostra a alegre imagem que ilustra a postagem.

Resumindo: Cunha deve pegar uma suspensão e mais nada.

A bola vai passar para o Supremo. E nós vamos ver qual o resultado do alegre bate-papo da imagem abaixo.


Teori Zavascki anula gravações de Moro, o critica ('usurpou competência') e, ao final, lhe entrega a cabeça de Lula




Em decisão anunciada ontem, o ministro do STF Teori Zavascki anulou as gravações feitas a pedido do juiz Sergio Moro, em que foram flagrados diálogos do ex-presidente Lula com a presidenta Dilma.
“Como visto, a decisão proferida pelo magistrado reclamado [Moro] está juridicamente comprometida, não só em razão da usurpação de competência, mas também, de maneira ainda mais clara, pelo levantamento de sigilo das conversações telefônicas interceptadas, mantidas inclusive com a ora reclamante e com outras autoridades com prerrogativa de foro”.

“Foi também precoce e, pelo menos parcialmente, equivocada a decisão que adiantou juízo de validade das interceptações, colhidas, em parte importante, sem abrigo judicial, quando já havia determinação de interrupção das escutas”. 

O ministro do STF classificou como “grave” a retirada do sigilo e a divulgação dos áudio e afirmou que Moro assumiu o risco de comprometer seriamente o resultado válido da investigação. [Fonte: Jota]

Com tudo isso, em vez de estabelecer uma punição ao juiz infrator, ou ao menos afastá-lo de qualquer caso envolvendo Lula e Dilma, o ministro Zavascki, na mesma decisão em que o chamou de usurpador e declarou suas decisões ilegais, simplesmente enviou às mãos ávidas de Moro os processos sobre o triplex do Guarujá e o sítio de Atibaia, com patinho de pedalinho e barquinho de lata.

Moro já disse o que pensa sobre isso:
"A aparente ocultação e dissimulação de patrimônio pelo ex-presidente, o apartamento e o sítio, as reformas e aquisições de bens e serviços, em valores vultosos, por empreiteiras envolvidas no esquema criminoso da Petrobrás, necessitam ser investigadas a fundo. Também o último fato, o armazenamento de bens do ex-presidente, com os custos expressivos arcados pela OAS, necessitam melhor apuração", afirmou o juiz no despacho que deu aval à Operação Alethéia, nesta sexta.[Fonte: Folha]
Portanto, está reaberta a temporada de caça ao Lula, e sua prisão ou condenação, que venha a torná-lo inelegível, é a última etapa do golpe.


Gilmar Mendes julgou, condenou e sentenciou Dilma: Impeachment está 'a caminho de se concretizar'




O  ministro ativista tucano do STF Gilmar Mendes deu uma palestra na Procuradoria Geral do Rio de Janeiro na sexta-feira. Durante a palestra, o ministro se dedicou a seu esporte predileto, desancar o PT, seu governo e governantes, como se fosse não um juiz do Supremo mas um comentarista político qualquer.

O fato torna-se ainda mais grave porque Gilmar Mendes acumula também a presidência do TSE, que vai julgar as contas da chapa Dilma-Temer de 2014.

Para Gilmar, o impeachment de Dilma já são favas contadas. Está "a caminho de se concretizar".

Ele tem uma explicação singela para o que está acontecendo. Nada a ver com injunções do corrupto e réu por corrupção Eduardo Cunha, nem com o comportamento vergonhoso do Congresso e do golpista e usurpador vice-presidente da República, agora interinamente no exercício da presidência, Michel Temer:

"A realidade fiscal não aceita desaforos, brincadeiras com essas questões resultam no estado que hoje nos encontramos. Se formos adotar uma ideologia, que seja a da estabilidade financeira."

Ele já tem, como se vê, até soluções para o país, a ideologia da estabilidade financeira.

Gilmar Mendes vai adiante e acusa o governo da presidenta Dilma de cometer fraudes:

"No ano de 2014, verdadeiras fraudes contábeis foram praticadas para anestesiar a população em ano eleitoral."

"É inegável que o Brasil se tornou uma república egoísta, corporativista. Temos socialistas de botequim, ganham altos salários, cuidam dos seus interesses corporativos e entre um champanhe e outro fazem discursos pelos pobres."

Sobre a pressão desenfreada que os juízes supremos fizeram sobre o governo e os parlamentares, encontrando-se e fazendo sabe-se lá que acordos até com Eduardo Cunha para conseguirem aumentos salariais e de benefícios para o Judiciário, ele nada disse.

Somente para o Judiciário são 7 bilhões (pelo visto, quando ele defende estabilidade financeira está se referindo à dele e de seus colegas). Cada ministro supremo passa a ganhar de salário R$ 39.293, fora as mordomias do cargo, como já publiquei aqui.

Também nada comentou sobre a denúncia, feita pelo jurista Dalmo Dallari e lida pelo ex-senador Eduardo Suplicy no Plenário, de que a família do ministro Gilmar Mendes ocupa ilegalmente terras indígenas no Mato Grosso [assista o vídeo].

A verdade é que impeachment de Gilmar Mendes já passou da hora.

As informações sobre a palestra de Gilmar Mendes estão no Valor.

Dia dos Namorados: Um mês de governo golpista Temer-Cunha



Eles são indissociáveis. Inseparáveis. Temer não seria presidente se não fosse Cunha. Não se manteria presidente sem o silêncio de Cunha.

No Dia dos Namorados completam um mês no poder.

O beijo do golpe da dupla conspiradora-usurpadora.

Beijo da morte da democracia.

O Globo pede a cabeça de Cunha em editorial e ameaça Temer: 'que não se envolva em tentativas de defender o indefensável'

Agora vai. Ou agora sai. O Globo, na prepotência senhorial dos Marinho, soltou editorial pedindo a cabeça de Eduardo Cunha.

Começa pelo título: "Cunha ultrapassa todos os limites".

Dilma afastada, O Globo tira o Cunha da reta.

Vai ser briga de cachorro grande. Porque a Globo pode muito, mas Cunha trabalha nos bastidores, fora dos focos e dos refletores.

Temer além de usurpador, como todo covarde é um cagão. Sua imagem afundado no assento traseiro do carro, fugindo com medo da multidão diante de sua casa em São Paulo, é definitiva.



Mas, agora, Temer está numa sinuca de bico. Globo por um lado, Cunha pelo outro. E Cunha sabe muito bem o que Temer fez nos verões passados. (Leia aqui Em mensagem pelo WhatsApp Cunha reclama de 5 milhões para Temer: - Cadê o meu?).

Uma das últimas manipulações de Cunha no Conselho é garantir com o PRB, partido da deputada Tia Eron (BA), o voto dela sobre o relatório do pedido de impeachment, e que pode ser decisivo. O presidente licenciado do partido, Marcos Pereira, ministro de Temer na Indústria e Comércio, seria elo da trama montada para livrar Cunha integralmente ou condená-lo a uma pena leve, como suspensão. Mas a maré não está mesmo favorável ao deputado, e não apenas devido ao avanço da Lava-Jato sobre as contas suíças, pelo flanco dos gastos luxuosos de Cláudia Cruz.

Também cresce de importância a atuação de Cunha na CEF, por meio do vice-presidente Fábio Cleto, indicado por ele e demitido por Dilma assim que o deputado aceitou o pedido de impeachment. Pois Cleto aceitou fazer delação premiada, e assim se cravam mais estacadas no peito de Cunha.

Só os empresários da Carioca Engenharia, Ricardo Pernambuco e Ricardo Pernambuco Jr., relatam propinas de R$ 52 milhões para Cunha, a fim de liberar recursos para obras no Porto Maravilha, de responsabilidade da Odebrecht e da OAS. É uma aula prática de por que políticos querem nomear diretores de banco públicos. O caso fez Janot, ontem, encaminhar mais uma denúncia contra Cunha. Que o governo Temer não se envolva em tentativas de defender o indefensável. [Trecho do editorial de O Globo]