Ele ainda não caiu, pelo menos até o início desta manhã de quarta-feira. Mas é inevitável a queda do ministro da Justiça recém nomeado, Osmar Serraglio. Ele foi atingido em cheio pela operação Carne Fraca da Polícia Federal, realizada na semana passada, mal Serraglio havia assumido o cargo.
A PF que lhe é subordinada flagrou um diálogo de Serraglio com o cabeça do esquema de corrupção, chamando-o de "grande chefe". Até aí, seria problema dele, não houve nada no diálogo grampeado que o comprometesse.
Mas o que a senadora Kátia Abreu veio revelar depois, em pronunciamento no Senado, passou a ser problema de todo o Brasil.
Disse a senadora que quando ela estava à frente do Ministério da Agricultura foi avisada do envolvimento do "grande chefe" do Serraglio em malfeitos e decidiu demiti-lo imediatamente.
No entanto, afirma que foi pressionada por dois deputados do Paraná, que, apesar de alertados por ela dos malfeitos do cabeça do esquema de corrupção, insistiram que ela deveria mantê-lo no cargo de chefe da fiscalização no Paraná. Um desses deputados é exatamente o atual ministro da Justiça.
A pressão teria sido tanta que a ministra Kátia teve que levar o caso à presidenta Dilma, que a apoiou: — Demita.
Portanto, não pode continuar à frente do Ministério um deputado que defendeu a permanência no cargo de uma pessoa sabidamente corrupta.
Agora é esperar para ver se ele vai pedir demissão ou se, com sua agora comprovada cumplicidade com a corrupção, vai ser mais bem recebido na cúpula do governo do golpista Temer, onde quem acumula acusações de corrupção no currículo ganha pontos com o chefe do golpe.
Fico imaginando a cara dos que derrubaram Dilma achando que iriam livrar o Brasil da corrupção melhorar a economia do país.
A economia está um caos e a cúpula do governo é uma quadrilha, que acumula acusações de corrupção, inclusive o golpista Temer, o MT da lista da Odebrecht.