Policiais batem recorde de homicídios em 2016: 4.224 mortos. 81,8% tinham entre 12 e 29 anos e 76,2% eram negros


No final da Copa do Brasil deste ano, o novo Mineirão recebeu um público recorde: 61.017 pessoas [imagem] assistiram ao Cruzeiro ser campeão ao derrotar o Flamengo numa disputa de pênaltis.

O número é grande, mas é menor do que o de outro recorde. Em 2016, o Brasil bateu seu recorde de homicídios: foram 61.619 assassinatos, 612 a mais do que o público do Mineirão.

Para esse número muito contribuiu outro recorde: o de pessoas mortas por policiais, 4.224.

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Em oito anos, 21.897 pessoas morreram em ocorrências que foram registradas como “decorrentes de intervenção policial”. Os casos têm de ser apurados para que a conduta do policial seja classificada como legítima ou excessiva, podendo fazer com que ele responda por homicídio. “Muitos casos não são investigados, então não sabemos em quantos deles os policiais usaram a força de forma legítima e em quantos o que aconteceu foi execução”, disse a diretora executiva do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, Samira Bueno. 

Pela primeira vez, o Fórum levantou informações sobre as vítimas desse tipo de letalidade: 81,8% tinham entre 12 e 29 anos e 76,2% eram negras. “A juventude está muito vulnerável a esse tipo de ação policial”, acrescentou Samira.  

De acordo com o professor da Fundação Getulio Vargas (FGV) Rafael Alcadipani, a melhoria na segurança pública no País passa por adoção de políticas específicas contra o aumento da letalidade policial. “Hoje, as soluções adotadas são duas: ou a gente coloca dois policiais com cara de mau numa viatura ou a gente mata. Não temos nenhuma outra solução efetiva de segurança.”  

Alcadipani classifica como “escândalo” os números. “Se matar resolvesse, o Brasil era o local mais seguro do mundo. Hoje, a sociedade pede para matar e os comandos da polícia aceitam esses pedidos.” [Fonte: Estadão]


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