E agora, Moro? STF condena deputado por crime que Lava Jato atribuiu a Lula


Tempo estimado de leitura: 35 segundos

O deputado Nelson Meurer, do PP do Paraná, foi o primeiro  parlamentar envolvido na Lava Jato a ser condenado pelo STF, ou seja, em última instância, por crime que o juiz Moro e a Lava Jato atribuíam a Lula: a nomeação e manutenção como diretor da Petrobras do diretor Paulo Roberto Costa.

Meurer recebeu de propina R$ 300 mil por mês durante dez anos pela nomeação, num total de R$ 30 milhões. É o que ficou provado e o levou à condenação no STF.

Mas o STF o absolveu de outras acusações, essas baseadas em delações premiadas, por falta de provas.

A decisão do STF mostra duas coisas:
  1. Não foi Lula quem nomeou e se beneficiou da nomeação de Paulo Roberto Costa, como Moro tentou fazê-lo "confessar" e o ex-presidente sempre negou;
  2. Condenações por delação, sem provas, não se sustentam no STF - bom, pelo menos quando o réu não é Lula...

Fonte: Janio de Freitas, na Folha, hoje.



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Ao vivo, agora, o julgamento de Moro no CNJ

Moro

Tempo estimado de leitura: segundos

ATUALIZAÇÃO: 17h. O julgamento foi mais uma vez adiado.




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Agravamento da crise gera mudanças no golpe e favorecem candidatura Lula

Lula: Brasil só vai superar crise se passar por novas eleições

Tempo estimado de leitura: 1 minuto e 50 segundos

Muita gente diz que não adianta insistir na candidatura de Lula porque ele foi condenado em segunda instância e pela Lei da Ficha Limpa está inelegível.

Em primeiro lugar, a Constituição diz que ninguém pode ser preso ou ter seus direitos de cidadão cassados, sem que o caso tenha transitado em julgado. Lula ainda pode recorrer da sentença em instâncias superiores - STJ e STF.

Logo, numa interpretação estrita da Constituição, ainda pode ser candidato e eleito. Para isso, basta que a Constituição seja aplicada.

Ah, mas o Judiciário faz parte do golpe. "É com o Supremo, com tudo". Sim, mas vários ministros já se manifestaram no sentido de "ouvir a voz das ruas". E a voz das ruas, a cada nova pesquisa, mostra o crescimento da candidatura Lula. O povo percebe que só Lula pode dar um jeito no país.

O golpe, como o câncer, evolui. O STF também muda de opinião. E já há consenso entre eles sobre proibir prisão após segunda instância, que eles mesmos aprovaram anteriormente, e só ainda não foi colocado em julgamento pela ministra Cármen. Mas ela deixa a presidência em setembro.

O agravamento da crise pode fazer com que não apenas a prisão como a lei da Ficha Limpa se adéquem à Lei Maior. E Lula pode sair da prisão e concorrer normalmente.

Porque a crise está mostrando que um governo sem legitimidade não pode resolvê-la. Acordos não são cumpridos, como mostra de sobra a paralisação dos caminhoneiros.

Um governo espúrio, conquistado sob golpe, comandado por uma quadrilha, não tem condições de tirar o país do atoleiro em que se encontra, a caminho da anomia, do caos social.

Só as eleições diretas, com o povo nas urnas podendo votar nos seus candidatos (Lula entre eles) pode trazer a normalidade democrática ao país.

Porque uma eleição sem o favorito destacado nas urnas é fraude.



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Inteligência artificial ironiza site Antagonista

print do site Antagonista

Tempo estimado de leitura: 20 segundos

O site Antagonista propôs há um mês o nome do (ainda) presidente da Petrobras Pedro Parente para a presidência do Brasil. Com isso, mostram mais uma vez de quem são antagonistas, do Brasil e dos brasileiros.

Receberam uma resposta irônica da inteligência artificial, que é usada para calibrar os anúncios do Google nas páginas. O anúncio oferecia a oportunidade de conseguir a cidadania portuguesa e se mandar do Brasil, o que seria realmente uma boa ideia com Parente presidente.



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Ciro: Desaprovação alta, aprovação baixa, há meses quase não sai do lugar. E quando sai é para pior, mostra Ipsos


Tempo estimado de leitura: 25 segundos

Ciristas, que vivem cobrando pragmatismo de petistas, devem estar com torcicolo de girafa para tentar encontrar algo de positivo nos números para lá de negativos que a última pesquisa Ipsos dá a Ciro Gomes.

Há meses a desaprovação a Ciro é alta, flutuando na casa dos 63%, e a aprovação é baixa, na casa dos 18%. Flutuando, na maioria das vezes, na margem de erro, mas, como agora, para pior.

Dureza.

Com Lula acontece o contrário e, como já mostrei aqui, está enviando para o segundo turno até um poste com folga. Ciro deve torcer e se posicionar para que seja ele.



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Metade dos brasileiros desaprova Moro. Apenas 40% o apoiam. O apoio a Lula é maior: 45%. São números do Ipsos de hoje


Tempo estimado de leitura: 50 segundos

Pesquisa do Ipsos realizada entre os dias 10 e 15 de abril (já com Lula preso - prisão foi no dia 7 de abril) mostra crescente desaprovação ao juiz Moro em contraste com a crescente queda da desaprovação de Lula e a subida constante do índice de sua aprovação.



Tomando por base números da mesma pesquisa de há quase um ano (17 de junho de 2017) a evolução da aprovação e desaprovação dos dois fica clara.

Moro era aprovado por 63%. Caiu agora para apenas 40%. E desaprovado por apenas 28%. Após a prisão de Lula, os brasileiros que o desaprovam agora são 50%.

Com Lula aconteceu o contrário. Era desaprovado por 68% e aprovado por apenas 28%. Agora, a desaprovação caiu para 52%, e vem caindo mês a mês. A aprovação faz caminho oposto, subindo de 28% em junho do ano passado para 45% agora, 5% a mais do que Moro.

Se a pesquisa seguir a tendência dos últimos meses, na próxima deve mostrar Lula com desaprovação menor do que a de Moro e com uma aprovação ainda maior.

Mesmo com toda a pressão da mídia corporativa, o povo analisa aquilo que Lula costuma chamar de "dado concreto". E a perseguição a Lula por Moro é visível, assim como a confraternização de Moro com os tucanos, como Aécio e Dória.

Fonte da pesquisa: Estadão



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Lei Anti-Lula. TSE vai votar resolução sob medida para impedir candidatura de Lula e até sua inscrição como candidato

Lula com multidão, em defesa da candidatura

Tempo estimado de leitura: segundos

Nunca antes na história deste país. Foi assim que muitas vezes o presidente Lula se referiu a realizações de seus governos, que o tornaram o melhor presidente da história do Brasil, segundo pesquisas.

Pois é. Mas há o outro lado da história. Nunca antes na história deste país se viu uma perseguição tão sem vergonha de dizer o nome a uma pessoa. Condenado sem provas, julgado em tempo recorde (Azeredo, tucano, demorou 20 anos para ir pra cadeia por crime confessado). Preso sem culpa provada.

Agora querem proibir sua candidatura, antes mesmo de ele se tornar candidato. Explico:

Na próxima terça, dia 29, o TSE vai se reunir para discutir se um condenado pode se candidatar a cargo eletivo. Coisa que sempre aconteceu (há caso de condenados que cumpriram mandatos, inclusive governador de estado). Mas agora querem discutir se um condenado pode ou não até se inscrever, numa medida sob medida para impedir Lula de se candidatar.

Será a Lei Anti-Lula. Até aqui podia, mas com Lula não pode mais.

Segue o golpe.



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Azeredo preso, falta alguém. Campanha de FHC recebeu dinheiro da mesma fonte que mandou Azeredo para a cadeia

FHC na poltrona

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A notícia não é nova. Publiquei aqui no Blog do Mello em 2007, mas como suja FHC com o mesmo caixa dois de Azeredo, ela submergiu mais do que o processo contra o ex-governador, que demorou quase 20 anos para encarar a cadeia.

FOLHA - A Polícia Federal diz que houve caixa dois na sua campanha...
EDUARDO AZEREDO -
Tivemos problemas na prestação de contas da campanha, que não era minha só, mas de partidos coligados, que envolvia outros cargos, até mesmo de presidente da República.

FOLHA - O dinheiro da sua campanha financiou a de FHC em Minas?
AZEREDO -
Sim, parte dos custos [da campanha de FHC] foram bancados pela minha campanha. Fernando Henrique não foi a Minas na campanha por causa do Itamar Franco, que era meu adversário, mas tinha comitês bancados pela minha campanha.

Se Azeredo puxa a fila dos tucanos, FHC é o primeirão. Mas ele é o queridinho de Moro, de Gilmar Mendes (que virou ministro graças a ele e tem inclusive um retrato de FHC em sua mesa de trabalho) e da mídia corporativa. Logo, não vem ao caso...



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Julgamento de Moro no CNJ ao vivo. Será que Cármen Lúcia deixa? Há dois anos impune

fotos de Moro e Cármen Lúciana casa noturna

Tempo estimado de leitura: 10 segundos 

ATUALIZAÇÃO: Mais uma vez não foram colocados em votação pela ministra Cármen Lúcia (link)


Os dois processos administrativos contra o juiz Moro estão sendo empurrados com a barriga há dois anos. Ultimamente, vem sendo marcado e não realizado, semana após semana.

Nesta, estava marcado para ontem, mas a reunião foi cancelada e transferida para hoje. Os processos contra Moro têm os números 32 e 33. E a lista completa pode ser conferida aqui, no site do CNJ.


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Há 10 anos, Ibest de Blogs Políticos surpreendeu mídia corporativa. Só deu nossa blogosfera

Top ten do Ibest

Tempo estimado de leitura: 30 segundos

No dia 21 de maio de 2008 eu anunciava aqui no Blog do Mello o resultado da votação do Ibest dos melhores blogs políticos. Uma votação totalmente feita via internet, com auditoria da Price.

A blogosfera nascente bateu de 9 a 1 os blogs da mídia corporativa. Só Reinaldo Azevedo (na época na Veja) ficou entre os dez. Ainda assim em quarto lugar.

O Ibest era o maior prêmio da internet Brasil, arduamente disputado por sites e blogs.

Como curiosidade, para quem acompanha a blogosfera há pouco tempo, o segundo lugar do Blog do Mino (isso, Mino Carta tinha um blog, que deixou de lado quando da votação da extradição de Cesare Battisti, que ele era a favor e a blogosfera contra). E o terceiro lugar do Blog do Zé Dirceu, que era tocado por sua equipe e que também não existe mais.

Ah, o Blog do Mello ficou num honrosíssimo sétimo lugar.


Com seu apoio o Blog do Mello é e vai continuar a ser de livre acesso a todos, e sem propaganda.



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Além do padrinho de Moro, outro advogado ligado a ele é acusado de cobrar propinas sobre delações num esquema de corrupção na Lava Jato

lava jato sob suspeita

Tempo estimado de leitura: 2 minutos

Primeiro foi o advogado Zucolotto, padrinho de casamento do juiz Moro, acusado por Tacla Durán de ter vendido facilidades numa delação da Lava Jato por R$ 5 milhões.

Agora é um outro advogado de Curitiba, Figueiredo Basto, acusado por outros doleiros envolvidos na Lava Jato de extorqui-los desde 2006 (há 12 anos) cobrando US$ 50 mil por mês para não denunciá-los aos procuradores de deus da Lava Jato.

Acusado de integrar o esquema comandado pelo “doleiro dos doleiros” Dario Messer, o também doleiro Cláudio de Souza, conhecido como “Tony” ou “Peter”, relatou em delação ao Ministério Público Federal que pagou mensalmente uma “taxa de proteção” de US$ 50 mil (cerca de R$ 186 mil ao câmbio atual) – o dinheiro, conforme o colaborador, era entregue ao advogado curitibano Antonio Figueiredo Basto e um colega dele cujo nome não foi informado. [Estadão]

Basto é muito ligado a um amigo íntimo de Moro [olha o cerco se fechando: um padrinho e um amigo íntimo de Moro... isso já dá para formar uma convicção em torno de fatos indeterminados, por enquanto, pelo menos...]:


É Joel Malucelli, o empresário milionário que se gaba de ser amigo do juiz. Tão amigo que, há alguns anos, promoveu o encontro entre Moro e o cantor Fagner, em Curitiba, oportunidade em que se divertiram juntos no bar de outro amigo da turma, João Zucolotto, irmão do advogado Carlos Zucolotto Júnior, aquele que foi acusado por Rodrigo Tacla Durán de tentar lhe vender facilidade em acordo de delação.


Tacla Durán foi a primeiro a dizer que, no time de Deltan Dallgnol, não há nenhum santo. Foi ele quem denunciou ter sido pressionado a contratar alguém da “panela” de Curitiba para ser poupado na Lava Jato.

Há pouco, Tacla Durán postou no Twitter a manchete do Estadão “Advogado de delatores é acusado de cobrar propinas”. E escreveu: “PANELA DE CURITIBA FERVE!!!! [Fonte: DCM]

O cerco se fecha sobre procuradores e advogados ligados a Moro e à Operação Lava Jato, com muitos deles passando de estilingue a vidraça.




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Lei Gilmar Mendes. Artigo 1º do Golpe


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Ciristas querem que o rabo (Ciro) balance o cachorro (Lula) e ainda dizem que petistas é que não são realistas

Rabo balançando cachorro

Tempo estimado de leitura: 45 segundos

A última pesquisa Datafolha mostra Lula com 31% das intenções de voto e Ciro com 5%.

- "Ah, mas Lula não vai disputar"...

A pesquisa também mostra que 66% dos eleitores de Lula votam num candidato apoiado por ele. Ou seja, um poste apoiado por Lula sai com 22%. Lembrem-se, Ciro tem 5%, 17 atrás do poste..

No conjunto dos entrevistados, 30% apoiariam um candidato indicado por Lula. Ou seja, poste vai de 30% e Ciro, de 5%.

Não custa lembrar que o segundo colocado tem 17% (perde para Lula e os postes disparado) e entre ele e Ciro ainda tem Marina...

Mas querem que Lula e o PT abram mão da candidatura presidencial em favor de Ciro, pois "realisticamente" (para eles os petistas e os que votam em Lula estão fora da real) nessas eleições o rabo vai balançar o cachorro.

- Ua! Ua! (É que esse cachorro também late ao contrário)

Gente estranha.


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Em ataque à democracia, MPF proíbe que Lula seja sabatinado por Folha, UOL e SBT pela disputa presidencial


Tempo estimado de leitura: 30 segundos

Tendo que concorrer à presidência sob uma condenação política e injusta, sem prova alguma, apenas por convicção de crime por "fato indeterminado", o ex-presidente Lula vê que a perseguição a sua candidatura segue com força, mostrando que o arbítrio continua tentando impedir que ele volte a governar nosso país, como é desejo da grande maioria da população, segundo todas as pesquisas.

Hoje, na Coluna de Mônica Bergamo na Folha, sai a nota que reproduzimos aqui, mostrando que Lula aceitou ser sabatinado na prisão para poder participar com os demais candidatos da campanha, mas o Ministérios Público federal, alegando que "pode haver tumulto" e que "não há previsão legal para esse tipo de visita", quer impedir que um candidato em gozo de sua prerrogativa CONSTITUCIONAL de votar e ser votado participe da campanha, em flagrante ataque à democracia.




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Lula: 'Sou candidato porque não cometi nenhum crime e porque sei que posso fazer o país retomar o caminho da democracia e do desenvolvimento, em benefício do nosso povo'

Pesquisa Datafolha aponta Lula melhor presidente do Brasil

Tempo estimado de leitura: 7 minutos e 20 segundos

Direto, passando a mensagem na primeira frase. É assim que começa artigo publicado pelo presidente Lula no jornal francês Le Monde, que reproduzo a seguir:

Por que eu quero voltar a ser presidente


Sou candidato a presidente do Brasil, nas eleições de outubro, porque não cometi nenhum crime e porque sei que posso fazer o país retomar o caminho da democracia e do desenvolvimento, em benefício do nosso povo. Depois de tudo que fiz como presidente da República, tenho certeza de que posso resgatar a credibilidade do governo, sem a qual não há crescimento econômico nem a defesa dos interesses nacionais. Sou candidato para devolver aos pobres e excluídos sua dignidade, a garantia de seus direitos e a esperança de uma vida melhor.

Na minha vida nada foi fácil, mas aprendi a não desistir. Quando comecei a fazer política, mais de 40 anos atrás, não havia eleições no País, não havia direito de organização sindical e política. Enfrentamos a ditadura e criamos o Partido dos Trabalhadores, acreditando no aprofundamento da via democrática. Perdi 3 eleições presidenciais antes de ser eleito em 2002. E provei, junto com o povo, que alguém de origem popular podia ser um bom presidente. Terminei meus mandatos com 87% de aprovação popular. É o que o atual presidente do Brasil, que não foi eleito, tem de rejeição hoje.

Nos oito anos que governei o Brasil, até 2010, tivemos a maior inclusão social da história, que teve continuidade no governo da companheira Dilma Rousseff. Tiramos 36 milhões de pessoas da miséria extrema e levamos mais de 40 milhões para a classe média.  Foi período de maior prestígio internacional do nosso país. Em 2009, Le Monde me indicou “homem do ano”. Recebi estas e outras homenagens, não como mérito pessoal, mas como reconhecimento à sociedade brasileira, que tinha se unido para a partir da inclusão social promover o crescimento econômico.

Sete anos depois de deixar a presidência e depois de uma campanha sistemática de difamação contra mim e meu partido,  que reuniu  a mais poderosa imprensa brasileira e setores do judiciário, o momento do país é outro: vivemos retrocessos democráticos, uma prolongada crise econômica, e a população mais pobre sofre, com a redução dos salários e da oferta de empregos, o aumento do custo de vida e o desmonte de programas sociais.

A cada dia mais e mais brasileiros rejeitam a agenda contra os direitos sociais do golpe parlamentar que abriu caminho para um programa neoliberal que havia perdido quatro eleições seguidas e que é incapaz de vencer nas urnas. Lidero, por ampla margem, as pesquisas de intenções de voto no Brasil porque os brasileiros sabem que o país pode ser melhor.

Lidero as pesquisas mesmo depois de ter sido preso em consequência de uma perseguição judicial que vasculhou a minha casa e dos meus filhos, minhas contas pessoais e do Instituto Lula, e não achou nenhuma prova ou crime contra mim. Um juiz notoriamente parcial me condenou a 12 anos de prisão por “atos indeterminados”. Alega, falsamente, que eu seria  dono de um apartamento no qual nunca dormi, do qual nunca tive a propriedade, a posse, sequer as chaves. Para me prender, e tentar me impedir de disputar as eleições ou fazer campanha para o meu partido, tiveram que ignorar a letra expressa da constituição brasileira, em uma decisão provisória por apenas um voto de diferença entre 11 na Suprema Corte.

Mas meus problemas são pequenos perto do que sofre a população brasileira. Para tirarem o PT do poder após as eleições de 2014, não hesitaram em sabotar a economia com decisões irresponsáveis no Congresso Nacional e uma campanha de desmoralização do governo na imprensa. Em dezembro de 2014 o desemprego no Brasil era 4,7%. Hoje está em 13,1%.

A pobreza tem aumentado, a fome voltou a rondar os lares e as portas das universidades estão voltando a se fechar para os filhos da classe trabalhadora. Os investimentos em pesquisa desabaram.

O Brasil precisa reconquistar a sua soberania e os interesses nacionais. Em nosso governo, o País liderou os esforços da agenda ambiental e de combate à fome, foi convidado para todos os encontros do G-8, ajudou a articular o G-20, participou da criação dos BRICS, reunindo Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, e da Unasul, a União dos países da América do Sul. Hoje o Brasil tornou-se um pária em política externa, que os líderes internacionais evitam visitar, e a América do Sul se fragmenta, com crises regionais cada vez mais graves e menos instrumentos diplomáticos de diálogo entre os países.

Mesmo a parte da população que apoiou a queda da presidenta Dilma Rousseff, após intensa campanha das Organizações Globo, que monopolizam a comunicação no Brasil, já percebeu que o golpe não era contra o PT. Era contra a ascensão social dos mais pobres e os direitos dos trabalhadores. Era contra o próprio Brasil.

Tenho 40 anos de vida pública. Comecei no movimento sindical. Fundei um partido político com companheiros de todo o nosso país e lutamos, junto com outras forças políticas na década de 1980, por uma Constituição democrática. Candidato a presidente, prometi, lutei e cumpri a promessa de que todo o brasileiro teria direito a três refeições por dia, para não passar fome que passei quando criança.

Governei uma das maiores economias do mundo e não aceitei pressões para apoiar a Guerra do Iraque e outras ações militares. Deixei claro que minha guerra era contra a fome e a miséria. Não submeti meu país aos interesses estrangeiros em nossas riquezas naturais.

Voltei depois do governo para o mesmo apartamento do qual saí, a menos de 1 quilômetro do Sindicato dos Metalúrgicos do da cidade de São Bernardo do Campo, onde iniciei minha vida política. Tenho honra e não irei, jamais, fazer concessões na minha luta por inocência e pela manutenção dos meus direitos políticos. Como presidente, promovi por todos os meios o combate à corrupção e não aceito que me imputem esse tipo de crime por meio de uma farsa judicial.

As eleições de outubro, que vão escolher um novo presidente, um novo congresso nacional e governadores de estado, são a chance do Brasil debater seus problemas e definir seu futuro de forma democrática, no voto, como uma nação civilizada. Mas elas só serão democráticas se todas as forças políticas puderem participar de forma livre e justa.

Eu já fui presidente e não estava nos meus planos voltar a me candidatar. Mas diante do desastre que se abate sobre  povo brasileiro, minha candidatura é uma proposta de reencontro do Brasil com o caminho de inclusão social, diálogo democrático, soberania nacional e crescimento econômico, para a construção de um país mais justo e solidário, que volte a ser uma referência no diálogo mundial em favor da paz e da cooperação entre os povos.

Artigo originalmente publicado pelo jornal francês Le Monde. Original aqui.



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Discussão sobre apoio ou não a Ciro, Boulos ou Manuela pode vir a ser boa, mas não para agora. Agora é Lula

Lula acenando com a bandeira do Brasil

Tempo estimado de leitura: 2 minutos e 50 segundos

Lula foi condenado e está preso sem uma única prova por um tribunal de compadres na província de convictos do TRF4. Não há um único jurista de renome, nacional ou internacional, que apoie a sentença que condenou o ex-presidente.

Sua prisão é política, todo o processo foi acelerado (a média de julgamentos no TRF4 é de aproximadamente dois anos, o processo de Lula levou menos da metade disso) com o intuito de tirar Lula das eleições de 2018, proibir o povo de votar no líder disparado das pesquisas, única forma de deter e acabar com o golpe de Estado sob o qual o Brasil vive há dois anos.

O PT lançou a candidatura de Lula e Lula já disse que aceita a missão e quer concorrer. Logo, o trabalho agora é lutar para enfrentar a batalha judicial que mostrará a inocência de Lula e poderá levá-lo de volta à presidência.

Qualquer discussão no momento sobre outro nome que não o de Lula é fazer o jogo dos que querem Lula fora da disputa.

Ele é inocente e não se pode abandonar a luta de um inocente em nome de um pragmatismo eleitoral, que deixaria Lula sozinho no cárcere e o povo que quer votar nele sem seu nome nas urnas.

Ah, mas é difícil. O judiciário é parte do golpe. Mas, e daí? Deve-se por isso abandonar a luta pela verdade de que o julgamento foi político e a condenação sem provas?

Repito: Não há um único jurista de renome, nacional ou internacional, que apoie a sentença que condenou o ex-presidente. Todos criticam a condenação sem provas e o processo de Moro e do TRF4.

Temos que insistir em propagar essa verdade e defender a candidatura de Lula, que deve ser julgado pelo povo, que é de onde emana o poder, segundo nossa Constituição, que este ano completa 30 anos.

Lula sempre diz que sua mãe, dona Lindu, o aconselhou a não desistir nunca: "Tem que teimar". Foi assim que ele perdeu em 1989, novamente em 1994 e 1998, para finalmente vencer as eleições presidenciais de 2002 e depois se reeleger em 2006, quando muitos já o davam por derrotado com as célebres denúncias do "mensalão".

Discutir candidaturas alternativas agora é admitir a culpa de Lula, abandoná-lo na cadeia e deixar sua luta apenas com seus advogados.

Todos os que não concordamos com a sentença temos que persistir na luta para viabilizar a candidatura de Lula, porque a verdade é revolucionária e será restabelecida.

Agora é tempo de Lula e de luta para que no dia 7 de outubro o Brasil que quer Lula presidente possa votar no 13 e tornar, aí sim, Lula dono do tríplex que lhe pertence, o presidencial: 2002, 2006 e 2018.




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Ao vivo, julgamento de Moro no Plenário do CNJ. ATUALIZAÇÃO: 12h50 Mais uma vez não foi julgado



Tempo estimado de leitura: 30 segundos

Ocorre nesta manhã a 44ª Sessão Extraordinária do CNJ, onde estão previstos os julgamentos dos processos números 35 e 36 na lista, que podem levar a uma punição de Moro por divulgar grampos ilegais (quem disse isso foi o ministro à época do STF Teori Zavascki) de uma conversa entre os ex-presidente Lula e Dilma (na época, presidenta).

Como dependem de serem colocados para discussão pela presidente do CNJ e também do STF Cármen Lúcia, os dois processos podem continuar na mesma fila, onde mofam há dois anos.

Moro segue sem ser julgado. Nesse tempo, Lula foi julgado em duas instâncias e está preso por um crime que não cometeu.

Moro segue impune por um que cometeu, segundo Zavascki.


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'Cabral ofereceu a preso R$ 10 milhões pela minha morte', afirma Garotinho. E mais: Teria mandado matar outro preso, com sucesso


Tempo estimado de leitura: 1 minuto e 20 segundos

Em seu blog, o ex-governador Anthony Garotinho acusa o também ex-governador Sergio Cabral de ter encomendado sua eliminação por R$ 10 milhões.

A encomenda teria sido feita a um dos presos no presídio de Benfica, quando Cabral também esteve lá juntamente com Garotinho. O preso contou a história a seu advogado e este a repassou ao advogado de Garotinho, Carlos Azeredo.

Segundo Garotinho, Azeredo levou a denúncia às autoridades e ao Ministério Público do Rio, solicitando inclusive proteção a seu cliente. Até o momento, nenhuma atitude teria sido tomada.

Garotinho afirma ainda que o preso quer fazer uma delação premiada, até o momento sem sucesso, contando dessa tentativa de assassinato e de outras histórias que teria presenciado em Benfica. Inclusive de uma outra encomenda de assassinato feita por Cabral, esta executada com sucesso, a de um ex-preso, que teria sido solto "com informações comprometedoras" sobre Cabral e seu bando. Teria sido executado na porta de casa.

As denúncias são seriíssimas e não podem ser simplesmente ignoradas pelas autoridades. Ainda mais porque foi Garotinho quem primeiro denunciou, e o vem fazendo desde os primeiros dias do governo Cabral, o incrível esquema de corrupção implantado por Cabral no Rio de Janeiro durante seus dois governos, e mesmo antes, quando era presidente da Alerj.

Todas essas informações estão no vídeo reproduzido aqui.



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Doleiros da Lava Jato fazem questão de ser julgados por Moro. É que Moro tem até um doleiro de estimação, Youssef

Imagem com Moro, Youssef e relação entre eles

Tempo estimado de leitura: 50 segundos

Dois dos doleiros presos na Operação Câmbio, Desligo, Jorge e Raul Davies, que estão nas mãos do juiz Bretas, do Rio, querem ser julgados por Sergio Moro, em Curitiba. [Fonte: Folha]

Se políticos fogem do justiceiro de Curitiba como o diabo da cruz, os doleiros têm preferência por Moro, que também parece ter uma queda toda especial por eles. Tem até seu doleiro de estimação, Alberto Youssef, que abriu caminhos para Moro no caso Banestado e agora na Lava Jato.

Em ambos os processos, Youssef envolvido até o pescoço, conseguiu vantagens pra lá de camaradas com Moro: num, teve a pena reduzida a um ano. Na Lava Jato, saiu cheio de dinheiro e condenado a apenas dois anos e meio (embora reincidente) e já está em casa, livre, leve e solto, à espera de novas mutretas para uma terceira operação com seu parceiro.



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