Mercado, Centrão e parte da esquerda já escolheram um mesmo candidato, e não é Lula

Lula e uma multidão

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Quem lê nas entrelinhas das redes sociais e da mídia corporativa nota um movimento em direção à candidatura de Ciro Gomes à presidência da República. Ainda mais após a desistência do ex-ministro Joaquim Barbosa, agora ex-pré-candidato do PSB.

O PSB praticamente já partiu para o abraço. No que pode ser acompanhado pelo Centrão, representado por DEM, PP e PR, que só estão esperando a confirmação do apoio de Temer a Alckmin (PSDB) para embarcar na  canoa de Ciro.

Primeiro, porque Temer dá o tempo de TV do MDB, mas traz junto a catinga nauseabunda do golpista e sua quadrilha, envolvidos cada vez mais em acusações de corrupção, principalmente o chefe deles, atolado na lama dos portos. Além disso, a justiça suíça fulminou o PSDB paulista com a denúncia dos milhões de dólares em contas de Paulo Preto.

Parte da esquerda já parece ver a candidatura Ciro com bons olhos, ao lado de outra que já cirou. Ontem, o governador Flávio Dino (PC do B, que tem pré-candidata, Manuela D'Ávila ), que vem fazendo excelente governo no Maranhão e vai enfrentar uma batalha duríssima com o clã Sarney que ameaça voltar por lá, apareceu nas mídias com uma declaração não desmentida de apoio a Ciro.

A conversa dos neociristas se baseia numa premissa falsa: a de que Lula por ter sido condenado em segunda instância não poderá ser candidato.

Lula não somente é como será o candidato que o PT registrará em agosto no TSE. Poderá inclusive participar dos programas partidários no rádio, na TV e nas redes.

Vão usar contra ele a Lei da Ficha Limpa. A partir daí é discussão jurídica. A Lei da Ficha Limpa é inconstitucional, porque determina a inelegibilidade após condenação em segunda instância.

A Constituição determina que ninguém pode perder seus direitos (votar e ser votado é um deles) até que o julgamento chegue à última instância (ou seja, após STJ e STF).

A sabedoria política do ex-presidente Lula saberá se deve ou não manter sua candidatura até a data limite que a Lei determina para a substituição, 17 de setembro.

Até lá, eu e milhões de brasileiros estamos com Lula, nosso candidato a presidente é Lula. E se ele indicar alguém, nosso candidato é o do Lula.



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