Estados Unidos prendem mãos e pernas da Venezuela e mandam bater. É isso que o Brasil de Bolsonaro apoia

Arte mostra prejuízo das sanções dos EUA à Venezuela
Empresas dos EUA bloquearam remessas de medicamentos e alimentos
Arte:Lucas Milagres e Fernando Bertollo/Brasil de Fato

Dona da maior reserva de petróleo do mundo, da segunda de ouro e outros metais valiosos, a Venezuela sempre foi uma colônia oficiosa dos EUA. Os ricos do país mandavam vir até verduras e legumes dos Estados Unidos, enquanto o povo chegava a comer ração de cachorro.

Não é de hoje que os Estados Unidos tentam trazer a Venezuela de volta a seu passado. Para isso, tentam de tudo, desde a época de Chávez, com manipulação midiática, candidatos fabricados (Caprilles, Leopoldo e agora Guaidó, um suplente de deputado que se autoproclamou presidente).

Já que nada parecia dar certo, com a chegada de Trump ao poder os Estados Unidos foram direto ao ponto, deixaram de hipocrisia e passaram a pressionar economicamente a Venezuela, como fizeram e fazem há anos com Cuba.

O bloqueio econômico dos EUA à Venezuela (em parte mostrado na ilustração acima) é extensivo a países aliados que também se veem obrigados a não negociar com a Venezuela para não sofrerem sanções de Trump.

E agora, com a eleição fraudada de Bolsonaro, o Brasil se alia ao esforço internacional de alimentar uma farsa, a deposição de um presidente eleito, alegadamente porque a eleição teria sido fraudada, já que o principal líder oposicionista, Leopoldo López, estava preso, e o povo estaria com fome.

Essas mesmas alegações se aplicam ao Brasil. Aqui as eleições foram fraudadas com milhões de disparos ilegais de fake news pelo WhatsApp, financiadas por empresários (o que é ilegal) e aqui o povo também passa fome.

Em setembro de 2018, o Brasil estava pior do que a Venezuela em Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). Logo, se é para derrubar alguém, acho que poderíamos começar por aqui.

Covardia


A palavra é essa e não outra a que explica a atitude do governo do presidente (eleito mediante fraude) Bolsonaro de apoiar o uso da força para derrubar o governo do presidente Nicolás Maduro na Venezuela, contrariando política brasileira de não interferência, que está definida inclusive em nossa Constituição, no seu Artigo 4º.

Artigo 4 da Constituição

O objetivo da estratégia de Bolsonaro é afastar os holofotes das acusações de corrupção de seu partido, com laranjas de toda espécie, das ameaças de Bebianno, das acusações de fraude de mais de R$ 1 bilhão sobre seu posto Ipiranga, Paulo Guedes, dos depósitos e enriquecimento suspeito de seu filho Flávio, e mais Queiroz e família, inclusive o cheque de R$ 24 mil da madame.

O problema da Venezuela tem que ser resolvido pelos venezuelanos, assim como devemos resolver os nossos.


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