Efeito Bolsonaro: Preço do seguro para caminhoneiros vai disparar com fim do exame toxicológico

Acidente caminhões

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A incompetência de Bolsonaro é tão grande que ela atinge não apenas seus adversários políticos, mas até seus aliados, como os caminhoneiros.

Sem se preocupar com a segurança nas estradas, que salva vidas, Bolsonaro enviou projeto que limita em muito os pardais de redução de velocidade e também proíbe o exame toxicológico, que determinava se um motorista estava trabalhando co a ajuda dos famosos "rebites", que são comprimidos que mantêm o motorista ligadão, tirando-lhe o sono - mas que também causa inúmeros prejuízos à sua saúde e acidentes nas estradas.

Os caminhoneiros comemoram o fim dos pardais e do exame toxicológico, sem perceber que estão comemorando para aumentar a mais valia do patrão, piorar sua saúde e ainda colocam sua vida em risco.

Mas não é apenas isso. Corretores de seguro garantem que o preço do seguro para os caminhoneiros vai subir, porque ele está evidentemente relacionado ao risco, e as medidas de Bolsonaro aumentam os riscos de acidentes.
O representante do sindicato dos profissionais de seguros do Distrito Federal, Carlos Cavalcante, explica que as seguradoras vão precificar o que chamou de aumento de risco potencial. “A indústria lida com um termo conhecido no meio que é exposição ao risco. Qualquer tipo de seguro avalia isso. Quanto maior o risco, obviamente, maior vai ser o prêmio pago por aquele bem”, diz Cavalcante.
O professor da Fundação Getúlio Vargas e especialista em seguros Gilvan Candido engrossa o coro: “Os preços dos seguros são baseados nos riscos potenciais do condutor. O fim da obrigatoriedade do exame aumenta o risco, por isso aumenta o preço”.

Além do prejuízo para os caminhoneiros no valor do seguro, as medidas aumentam a insegurança nas estradas. A lei que instituiu a obrigatoriedade dos exames entrou em vigor em 2016, e, segundo dados do Seguro DPVAT, as fatalidades no trânsito despencaram 21%: de 42.501 mortes em decorrência de acidentes de trânsito em 2015 para 33.547 em 2016. Já o número de indenizações por invalidez despencou de 515.651 para 346.060, queda de 33% entre 2015 e 2016 [Fonte: Veja].

As medidas propostas por Bolsonaro vão aumentar o número de acidentes, de mortes e invalidez nas estradas, tudo isso com um seguro ainda mais caro para os caminhoneiros. E alguns ainda comemoram...

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