Procurador de deus bate de frente com o Supremo e prova força da suprema reação
Enquanto os atingidos eram Lula e o PT e as arbitrariedades giravam a roda do golpe de Estado em processo (que é o tipo de golpe aplicado no Brasil), o STF fazia a egípcia, cara de paisagem, empurrava decisões com a barriga. O julgamento das ADCS da segunda instância, por exemplo, vai completar dois anos sem decisão.
Mas agora a Lava Jato atingiu o atual presidente do STF, Dias Toffoli, e Gilmar Mendes, que é desabrido em defesa de suas causas e as dos seus - tucanos especialmente (o ministro tem uma foto de FHC em sua mesa de trabalho).
Nova reportagem do Intercept, desta vez em parceria com a Folha, mostram que Dallagnol, o procurador de deus, bateu de frente com o Supremo.
Fugindo de sua competência, mandou investigar Toffoli, Gilmar Mendes e suas esposas. Como procurador de primeira instância ele não poderia fazer isso. Ao STF, o papel cabe à PGR.
Repare na imagem abaixo, print de um diálogo de Dallagnol da reportagem do Intercept, que ele sabia que estava cometendo uma ilegalidade ("Sei que o competente é o PGR") e ainda ironiza (com o risinho do Twitter "rs").
A reação do STF não se fez esperar e Luís Mato no Peito Fux (também conhecido em morês por "In Fux we trust") e Alexandre de Moraes mandaram parar investigações sobre os ministros do STF e puxaram os processos para o Supremo, impedindo a destruição de provas e dos diálogos hackeados.
Agora, os diálogos do hacker e do Intercept vão poder ser cotejados e passarão a valer como provas, o que poderá custar a cabeça de Moro e Dallagnol.
Leia a reportagem completa sobre os diálogos de Dallagnol aqui.
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