Enquanto investigação sobre hackers teve reforço de equipe, a das fake news que elegeram Bolsonaro estão na estaca zero

A tartaruga e a lebre

Soltaram a lebre atrás dos hackers e a tartaruga para investigar as fake news que elegeram Bolsonaro presidente do Brasil


Quando a Justiça e a PF querem, a solução costuma ser rápida. Quando não, o caso dorme o sono dos injustos nos corredores da burocracia e nas mãos de uma pequena equipe que não dá conta de investigar o caso.

Não seria um problema, se o caso não fosse o disparo de milhões de fake news pelo WhatsApp, bancado por empresários, em favor da campanha que elegeu Bolsonaro.

Não se discute a existência dos disparos. São fato. Dezenas de milhões de pessoas receberam mensagens com conteúdo mentiroso (as fake news) associando o candidato do PT, Fernando Haddad, a pedofilia, mamadeira de piroca, kit gay.

Esses milhões de mensagens não foram disparadas por milhões de indivíduos que, de repente e ao mesmo tempo, descobriram essas fake news sobre Haddad.

Elas foram impulsionadas por empresários, o que é duplamente ilegal: a legislação proíbe a participação de empresários no financiamento de campanhas e também proíbe a divulgação de material sabidamente falso.

Mas, ao contrário da investigação sobre os tais hackers, que andou rapidamente e aparentemente chegou a bom termo, a mais importante, aquela que resultou na eleição do presidente do Brasil está parada.
Fontes da Polícia Federal ouvidas pelo UOL dizem que maioria das investigações criminais sobre fake news nas eleições está arquivada ou prestes a ser jogada na lixeira. [UOL]
Bom, as investigações podem estar prestes a ir para a lixeira, mas o Brasil já está sendo jogado nela pelo presidente eleito com as fake news. Impunemente.




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