Ao contrário daqui, presidente da Argentina manda aviso a empresários na crise: 'Serei duro com os que despedem pessoas'


Em discurso ao povo argentino, Fernández pôs as cartas na mesa



Enquanto no Brasil, o discurso do presidente Bolsonaro era acompanhado por panelaços de protestos, na Argentina o presidente Alberto Fernández foi aplaudido pelo povo das janelas, após seu discurso à nação.

Lá, as medidas de ampara aos mais pobres e de cobrança firme da quarentena estão em pleno vigor. Fernández fez um apanhado das lutas dos últimos dias e reafirmou sua vontade de jogar duro contra empresários que se aproveitarem da crise para demitir.
Estamos fazendo muitas coisas pela economia. Não somente garantindo o dinheiro para os setores mais empobrecidos, o que efetivamente o fazemos, e estamos orgulhosos de fazê-lo, porque eles precisam, mas também ajudando as pequenas e médias empresas. Nós tomamos uma série de medidas nesse sentido. Criamos a renda familiar de emergência, isentamos muitas atividades de pagamento de impostos, criamos créditos de emergência para as pequenas e médias empresas. Nós garantimos, para todas as empresas, uma folha salaria inteira como crédito. E as empresas podem dispor desses recursos com uma taxa de 24%. Na verdade, esse é um esforço enorme do Estado nacional, e que acreditamos que é absolutamente necessário. Na reunião, os governadores me pediram mais flexibilidade com alguns créditos, e eu vou falar amanhã com o presidente do Banco Central (Miguel Ángel Pesce) para ver o que podemos fazer.

A verdade é que fizemos tudo o que era necessário para enfrentar também este momento econômico. Por isso, como fizemos um esforço muito grande, não é gratificante ver que alguém despede um empregado. Por isso, assim como serei muito duro com que rompe o acordo de preços, e os preços máximos, ou especula em qualquer armazém perdido da Argentina, tentando subir os preços e conseguir um lucro maior em um momento de extrema necessidade da sociedade argentina, serei duro com eles, e serei duro também com os que despedem pessoas. Por que se essa pandemia pode nos ensinar algo é a regra da solidariedade. Aqui, ninguém se salva sozinho. Disse isso outro dia no G20 e repito agora, e também repito com alegria porque é o pensamento do Papa (Francisco). Mas, na verdade, não é só o pensamento do Papa, ou o pensamento do Alberto Fernández, é uma regra moral que nós temos como sociedade.

Não podemos, em semelhante crise, desamparar alguém, deixando-o sem trabalho. E volto a repetir: o que se trata aqui, para muitos empresários, é de ganhar menos. Não de perder. Então, rapazes, chegou a hora de vocês ganharem menos. E isso eu vou fazer respeitar.

Assim, continuamos pensando em todos os argentinos. Congelamos aluguéis, suspendemos execuções hipotecárias e desocupações, congelamos as prestações de créditos hipotecários, colocamos um teto aos preços de produtos de primeira necessidade… estamos fazendo tudo o que temos que fazer. Não o governo, a sociedade argentina. [leia a íntegra aqui]


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