Mãe do menino que morreu ao cair de prédio no Recife é 'Wal do Açaí' dos patrões


Na última terça, dia 2, o menino Miguel Otávio Santana da Silva, de 5 anos, morreu após cair do 9º andar de um prédio de luxo no Centro do Recife.

A mãe de Miguel, Mirtes Renata Souza, trabalhava como doméstica na casa de Sérgio Hacker Corte Real (PSB), prefeito do município de Tamandaré, e da primeira-dama Sarí Corte Real. Ela desceu para passear com o cachorro dos patrões e deixou o filho sob a responsabilidade da patroa, que fazia as unhas com uma manicure no apartamento.

Impaciente, Miguel quis ir ao encontro da mãe. A patroa permitiu que ele pegasse o elevador sozinho. O menino, em vez de descer, subiu até o nono andar, de onde despencou e morreu.

Nas investigações, a polícia descobriu que Mirtes Renata Souza estava registrada como funcionária da prefeitura de Tamandaré, que fica a 107 km do Recife, recebendo por lá o salário que deveria ser pago pelos patrões. [veja print da folha da prefeitura abaixo, que peguei do Diário de Pernambuco, onde é possível ler mais informações sobre o caso]


O caso do pagamento irregular é exatamente como o da Wal do Açaí, que trabalhava junto com o marido na casa do então candidato a presidente Jair Bolsonaro, mas recebia salário pela Câmara dos Deputados, onde era funcionário do gabinete de Bolsonato em Brasília.

Detalhe: Walderice Santos da Conceição, em vez de trabalhar em Brasília, trabalhava na casa de Bolsonaro em Angra dos Reis, no Rio de Janeiro, onde também tinha um pequeno comércio de açaí, com o nome Wal do Açaí. Seu marido também trabalhava para o Jair como caseiro.







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