Juíza nega fiança e mantém Assange preso. Agora, só Biden pode livrá-lo de morrer na prisão


A juíza Vanessa Baraitser negou nesta manhã em Londres a liberdade sob fiança ao líder do WikiLeaks Julian Assange e mandou-o de volta ao presídio de segurança máxima de Bekmarsh, onde deverá aguardar julgamento de recursos dos Estados Unidos.
 
A manobra de manter Assange na prisão em Londres sem extraditá-lo foi a solução salomônica dos governos dos EUA e Reino Unido, já que a extradição poderia causar problemas ao novo governo Biden, caso Assange conseguisse se matar na prisão, como temem os psiquiatras que o examinam em Belmarsh.
 
Como afirmei aqui no domingo, o objetivo é ficar numa guerra de recursos, enquanto Assange apodrece na cadeia, em condições quase tão desumanas como as que encontraria nos EUA. Recentemente, um preso da mesma ala de Assange se matou.
 
A juíza Baraitser alegou que Assange poderia fugir, porque o julgamento da extradição ainda não está encerrado.
 
A defesa de Assange negou que ele tivesse o intento da fuga e alegou que ele preferiria ficar ali com a mulher e as duas filhas. Sem sucesso.
 
Assange já voltou para a cela, onde fica trancado por 20 horas, enfrentando temperatura de 0º pela madrugada e em meio ao recrudescimento da COVID no Reino Unido, que entrou em lockdown pelo descontrole sobre a pandemia.
 
Querem transformar Assange em exemplo, para que ninguém jamais ouse novamente denunciar os crimes de guerra dos Estados Unidos.
 
Só o presidente eleito Joe Biden pode parar com esse jogo de cartas marcadas, se ao assumir a presidência encerrar o pedido de extradição de Assange.
 
Mas, provavelmente, Biden vai deixar o tempo correr... Ainda mais que, morrendo em Londres, retira o ônus da morte de suas costas.
 
Por isso é fundamental a campanha pela libertação imediata de Assange. 
 
Divulgar crimes de guerra não é crime. Crime é cometê-los.
 
#FreeAssange




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