'Governo compra 140 milhões de vacinas'. Você: - Oba! 'A maioria só chega no fim do ano". - Morri...


Quando as pessoas se espantam do Bolsonaro ainda ter alguma aprovação é porque não levam em conta a injeção de ânimo que a mídia corporativa dá a Bolsonaro. Ainda mais agora que saíram os comerciais do ministério da Saúde, veiculados até nos intervalos do Jornal Nacional. 
 
Pressionado por todos os lados, vendo a água bater no gogó, Bolsonaro começa a fazer agora o que deveria ter feito lá atrás, há mais de seis meses: comprar vacinas. Por isso somos os últimos da fila a recebê-las.
 
Então o jornalismo declaratório anuncia nas manchetes a compra de 100 milhões de doses da Pfizer (aliás, eles tiraram as exigências que Bolsonaro dizia que não ia admitir?) e mais 38 milhões da Janssen.
 
Quase 140 milhões de vacinas em meio aos 3 mil mortos por dia parece uma boa notícia. Só que: 1 milhão em abril e um total de 9 milhões, abril + maio + junho, que podem receber o acréscimo de mais 5 milhões de doses, segundo Paulo Guedes (alguém acredita no que diz o Guedes?). O resto vai sendo distribuído adiante, sendo que 61 milhões das 100 milhões de doses da Pfizer só no último trimestre. 
“A grande maioria das vacinas da Pfizer estava em outubro, novembro e dezembro. O presidente fará esforço para que seja antecipado do último trimestre para o terceiro trimestre”, disse Airton Antônio Soligo, assessor especial do Ministério da Saúde. [Fonte]
Alguém imagina a boa vontade que a Pfizer deve ter com Bolsonaro que falou barbaridades da empresa?
 
As vacinas da Janssen chegam apenas nos terceiro e quarto trimestre. Caso recebam o OK da Anvisa, que ainda não a liberou.
 
Até lá, temos que sobreviver. Ao vírus, ao genocida e à mídia comercial com seu jornalismo declaratório.




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