Até torturador é promovido na mamata dos marechais, almirantes e brigadeiros das Forças Armadas


Reportagens da Revista Fórum mostram que os militares estão aproveitando bem a pandemia e a destruição do Brasil pelo governo Bolsonaro. 
 
Além de mais de seis mil militares pendurados em cargos do governo com a "eficiência" de um Pazuello, por exemplo — reportagem de Henrique Rodrigues mostra que centenas de militares do Exército, Marinha e Aeronáutica foram promovidos a cargos a que só teriam direito em caso de guerra.
 
A mamata é tanta que até o torturador, reconhecido como tal e por isso condenado pela Justiça, Brilhante Ustra, já morto, foi promovido de coronel e marechal, saltando o cargo de general, dentro do espírito olímpico de saltar barreiras.
 
Essas centenas de promoções ao mais alto cargo é um escárnio diante da situação do povo brasileiros, em meio a uma pandemia com mais de 560 mil mortos e quase 15 milhões de desempregados. 
 
Para efeito de comparação: em toda a história do exército dos EUA, tão admirado pelos nossos milicos, apenas cinco oficiais alcançaram patente equivalente a de marechal no Brasil. Só nessa penada de Bolsonaro, são mais de duas centenas.
 
Cada salário passa a mais de R$30 mil, que se espalha pelas pensões de mulheres e filhas. Numa continha básica são R$6 bilhões por mês só em salários, fora os penduricalhos.

Carlos Alberto Brilhante Ustra, coronel do Exército condenado em 2008 pela Justiça brasileira como torturador durante a Ditadura Militar (1964-1985), foi elevado ao posto de marechal. É o que mostram os dados do Portal da Transparência, acessados na noite desta quinta-feira (5). Ontem (4), a reportagem da Fórum já havia mostrado que 100 generais do Exército e outros 115 da Marinha e da Aeronáutica tinham sido elevados ao posto normalmente atribuído a heróis nacionais que participaram de guerras, inexistente atualmente.

O fato mais conflitante fica por conta de Brilhante Ustra ter ido para a reserva como coronel, o que no máximo, se passasse a um posto acima, poderia conduzi-lo ao grau de general de brigada, três níveis abaixo da extinta patente de marechal, legalmente possível apenas em tempos de guerra.

Falecido em 2015, o oficial que usava o codinome Dr. Tibiriçá durante as sessões de tortura na sede do DOI-CODI, em SP, transmitiu sua pensão de marechal às filhas Patrícia Silva Brilhante Ustra e Renata Silva Brilhante Ustra, que recebem cada uma 15.307,90, totalizando R$ 30.615,80, valor correspondente aos vencimentos de outros “marechais” do Exército. [leia a reportagem completa aqui]





Para receber notificações do Blog do Mello no seu WhatsApp clique aqui

Você vai ser direcionado ao seu aplicativo e aí é só enviar e adicionar o número a seus contatos



Recentes:


Assine a newsletter do Blog do Mello.
É grátis.