Em memória dos mais de 650 mil mortos e em respeito aos que não podem se vacinar, continuarei usando máscara até o fim das mortes diárias por COVID

Compreendo a agonia e o cansaço que todos sentimos por esses dois anos de convívio forçado com a pandemia, que nos obriga ao uso de máscaras, distanciamento social e a viver uma vida tão diferente da que levávamos anteriormente.

Daí a endossar a liberação geral do uso de máscaras vai uma distância que pode ser medida, por exemplo, no número de mortos por COVID no dia de ontem, segundo o Conselho Nacional das Secretarias de Saúde dos Estados (CONASS) —488. São três Boeings cheios sem sobreviventes.

No entanto, muitos saem gritando que a pandemia acabou e que o uso de máscaras é como um apêndice, algo obsoleto e sem função. Só que, é bom lembrar, apêndice supura, e mata, se não operado a tempo.

As máscaras são barreiras de proteção contra o coronavírus, e quanto mais fecharmos as portas para ele mais rapidamente a pandemia vai embora, para alívio dos que ainda não se vacinaram, como crianças e pessoas com comorbidades que impedem a vacinação.

O que deveria estar acontecendo era uma intensa campanha que mostrasse o que aprendemos com a pandemia, e hábitos que devemos levar para a vida, como, por exemplo, usar máscara quando estiver gripado para não contaminar os outros.

Vou seguir usando máscaras até não haver mortes diárias por COVID, até porque me sentiria péssimo ao estar na rua sem máscara, comemorando que a pandemia acabou e encontrar um conhecido indo ao enterro de um parente por COVID.

Máscaras incomodam, mas a COVID incomoda muito mais. E mata. E segue matando.

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