Imprensa mundial lava as mãos e Assange pode ser extraditado a partir do dia 18


Der Spiegel, Le Monde, The New York Times, The Guardian, El País —nem cito os brasileiros, pois esses não valem nada mesmo— ganharam muito dinheiro e prestígio publicando os cabos do WikiLeaks de Julian Assange, mas agora, vergonhosamente, lavam as mãos, enquanto o líder do WikiLeaks pode ser extraditado aos EUA a partir do dia 18 de maio, caso a Ministra do Interior do Reino Unido, Priti Patel, autorize.

Mas não apenas a grande imprensa. O caso se arrasta há mais de dez anos e o mundo parece cansado, parece ter jogado a toalha e precificado a extradição e morte, não apenas física mas histórica, de Julian Assange, em prisão solitária nos EUA, onde deve ficar pelo resto da vida. Uma petição do Repórteres sem Fronteiras não conseguiu juntar até o momento 40 mil assinaturas.

Assange está pagando pelo crime de divulgar crimes de guerra dos Estados Unidos e aliados. Crimes que todos os jornais citados publicaram na época, sem serem criminalizados por isso. Ao contrário de Assange, que está pagando com a própria vida, pois hoje é um morto-vivo, um zumbi, que o mundo não vê a hora de ser encarcerado numa solitária para que nunca mais se fale seu nome nem se denunciem crimes de guerra, como o praticado ontem por Israel ao assassinar com um tiro na cabeça a jornalista Shireen Abu Akleh da Al Jazeera, perfeitamente identificada com colete de imprensa.

Restamos os poucos que continuamos pedindo #FreeAssangeNow e defendendo que divulgar crimes não é crime; crime é cometer crimes de guerra, como EUA, Israel e aliados.


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