Cumprindo mandados, a Polícia Federal prendeu na manhã desta quarta o ex-ministro da Educação de Bolsonaro Milton Ribeiro [imagem acima com seu chefe], por quem Bolsonaro disse que botaria a cara no fogo, e o pastor Gilmar Santos, aquele que cobrava propina em barras de ouro e bíblias superfaturadas.
A operação "Acesso Pago", da Polícia Federal, que está investigando "o tráfico de influência e corrupção para a liberação de recursos públicos", cumpre 13 mandados de busca e apreensão e cinco de prisões em Goiás, São Paulo, Pará e Distrito Federal.
Bolsonaro entregou o Ministério da Educação, responsável por construir o futuro do país, às necessidades alimentares do guloso centrão. Consequentemente, tivemos a revelação de escândalos - do superfaturamento de kits de robótica para cidades com escolas sem água encanada e internet, envolvendo pessoas próximas ao presidente da Câmara, Arthur Lira (PP), como revelou a Folha, até licitação bichada para a compra de quatro mil ônibus rurais, revista após ser tornada pública pelo jornal O Estado de S.Paulo.
"Foi um pedido especial que o presidente da República fez para mim", disse [o então ministro Ribeiro] em gravação divulgada pela Folha de S.Paulo que circulou mais do que single da Anitta [ouça gravação ao final da postagem]. Jair, contudo, ainda é presidente da República e tem as prerrogativas do cargo. Isso ajuda a explicar o medo que ele tem do momento em que passar a ser ex. [Fonte: Leonardo Sakamoto]
Por essas e outras Bolsonaro e família estão apavorados. Ao deixar a presidência, ele perde a proteção do cargo e aí as centenas de acusações contra ele vão começar a pipocar no judiciário, mandados de prisão vão finalmente alcançá-lo para que possa descansar seus últimos dias na Papuda em companhia de seu grupo e familiares.
O ex-ministro Ribeiro e o pastor Gilmar são os primeiros de uma série de ministros e pastores que poderão receber a visita da PF em suas casas nos próximos meses.
Ouça o áudio do pastor preso, na época em que era ministro da Educação, dizendo que agia a mando de Bolsonaro para atender aos pedidos dos pastores, inclusive para a construção de igrejas, o que não é prerrogativa do MEC.
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