BC não só manteve os juros mais altos do mundo como ameaça aumentá-los, numa guerra contra o Brasil

Contrariando a expectativa do governo, dos empresários da indústria e do comércio, do prêmio Nobel de Economia Joseph Stiglitz, o Banco Central anunciou hoje a manutenção da maior taxa de juros reais do mundo, 13,75% (8% acima da inflação).

Com isso, os investimentos ficam encolhidos, porque as taxas são proibitivas, e o presidente Roberto Campos Neto, frequentador de grupo de ministros de Bolsonaro no WhatsApp, segue sendo, como publiquei aqui, uma bomba deixada pelo governo Bolsonaro para explodir o governo Lula

Eis o trecho da nota do BC que confirma a manutenção da taxa e ainda ameaça aumentá-la:

Considerando os cenários avaliados, o balanço de riscos e o amplo conjunto de informações disponíveis, o Copom decidiu manter a taxa básica de juros em 13,75% a.a. O Comitê entende que essa decisão é compatível com a estratégia de convergência da inflação para o redor da meta ao longo do horizonte relevante, que inclui os anos de 2023 e, em grau maior, de 2024. Sem prejuízo de seu objetivo fundamental de assegurar a estabilidade de preços, essa decisão também implica suavização das flutuações do nível de atividade econômica e fomento do pleno emprego.

Considerando a incerteza ao redor de seus cenários, o Comitê segue vigilante, avaliando se a estratégia de manutenção da taxa básica de juros por período prolongado será capaz de assegurar a convergência da inflação. O Comitê reforça que irá perseverar até que se consolide não apenas o processo de desinflação como também a ancoragem das expectativas em torno de suas metas, que mostrou deterioração adicional, especialmente em prazos mais longos. O Comitê enfatiza que os passos futuros da política monetária poderão ser ajustados e não hesitará em retomar o ciclo de ajuste caso o processo de desinflação não transcorra como esperado.

Como o mandato de Campos Neto vai até o ano que vem, Lula tem diante de si o dilema exposto há 200 anos pelo naturalista francês Auguste de Saint Hilaire: “Ou o Brasil acaba com a saúva, ou a saúva acaba com o Brasil”.

A saúva de hoje é o Banco Central independente comandado pelo nomeado por Bolsonaro Roberto Campos Neto.

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