'Brasil nunca vai ser EUA, porque é o país do coitadinho, da impunidade', diz bilionário do calote das Americanas e da Light

Em palestra, do alto de sua arrogância bilionária, dono das Americanas e da Light e quarto maior bilionário do Brasil, Carlos Alberto Veiga Sicupira, o Beto Sicupira, disse que o Brasil jamais seria os Estados Unidos (como se essa fosse a motivação ou o sonho do Brasil), e a culpa não é deles, bilionários, que empurraram goela abaixo um golpe de Estado, um teto de gastos, um governo Bolsonaro, quando tudo foi desviado para o mercado financeiro, enquanto o povo brasileiro voltou ao mapa da fome (30 milhões) ou à insegurança alimentar, sem saber se comeria ou não naquele dia (70 milhões).

Diz o mago das finanças [vídeo abaixo]:

“Se vocês estão achando que o Brasil é um negócio que vai virar EUA, estão no lugar errado. O Brasil é o país do coitadinho, do direito sem obrigação, o país da impunidade.”

Para nos ajudar a nunca chegarmos a ser os Estados Unidos, duas das empresas de Sicupira deram calote no mercado.

A dívida de R$ 11 bilhões da Light, anunciada no pedido de recuperação judicial da empresa, é o segundo golpe na reputação de Beto Sicupira, um dos maiores acionistas da Americanas.

Somadas, as dívidas não honradas pelas duas empresas neste ano chegam a R$ 54 bilhões. Os credores vão desde pequenos negócios a acionistas minoritários, investidores debenturistas e passivos trabalhistas. [Terra]
Vamos ver se ele está certo, pelo menos no quesito impunidade, se nada vai lhe acontecer após o calote bilionário de R$54 bilhões, quase 80% do valor empenhado para o Bolsa Família este ano, de R$70 bilhões.



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