Animado com os sinais dos deuses vindos da noite anterior, quando dois de seus adversários mais próximos perderam seus jogos, o torcedor do Botafogo, que é antes de tudo um cético, animou-se com um gol alvinegro logo no início do jogo contra o Grêmio ontem em São Januário. 1 a 0.
Parecia que dessa vez ia, o time havia tomado uma injeção de ânimo com as derrotas de Palmeiras e Bragantino na quarta.
Mas a boa expectativa não demorou muito. Logo, o Grêmio empatou, com um jogador entrando sozinho em meio a toda a defesa do Botafogo e conseguindo chutar sem defesa no canto. 1 a 1.
Foi um mau presságio. Mas não pareceu mais do que isso, quando o Botafogo voltou a dominar o jogo, controlar as ações, praticamente sufocando o Grêmio por quase todo o primeiro tempo.
Que culminou com o chute de Diego Costa, o rebote do goleiro e novo gol de Junior Santos, o alegre destrambelhado que tem sido o grande artilheiro e força atacante do time.
Fomos para o vestiário vencendo e começamos o segundo tempo ampliando a vantagem logo de cara. Golaço de Marlon, que não havia feito um único gol no Brasileirão, Botafogo 3 a 1.
A torcida foi ao delírio. Eram os sinais. Era nossa hora. O Grêmio queria chegar aos nossos 59 pontos, mas estava perdendo de 3 e um raio não cai duas vezes no mesmo lugar.
A não ser que seja em cima do Botafogo. Nossa defesa parece que nunca ouvira falar de um dos maiores artilheiros do mundo, o uruguaio Luis Suárez, e o deixou à vontade. Ele fez três gols e quase fez mais dois, sem ser importunado, sempre desmarcado.
Será que a única informação que tinham de Luisito Suárez era sobre a mordida que deu em outro jogador (o italiano Chiellini, no jogo Uruguai e Itália, na Copa de 2014) e por isso se afastavam dele com medo de uma receberem uma?
A verdade é que um raio caiu pela segunda vez em cima do Botafogo, que, novamente, jogando em casa, vencendo por 3 a 0 e 3 a 1 deixou o adversário virar o jogo. Grêmio 4 a 3.