Vídeo de 8'18 resume caso Assange e denuncia plano dos EUA de assassiná-lo

Em 2020, o WikiLeaks fundado por Julian Assange assombrou o mundo revelando arquivos secretos que mostravam crimes de guerra cometidos pelos Estados Unidos e aliados. Principais jornais do mundo, inclusive do Brasil, publicaram os documentos.

A partir desse dia começou uma perseguição sem fim dos Estados Unidos a Assange, procurando uma brecha para prendê-lo.

Só que divulgar crimes de guerra não é crime; crime é cometê-los.

Tentaram de tudo. Acuado, Assange pediu asilo à embaixada do Equador, na época presidido por Rafael Corrêa, que com Evo Morales, Hugo Chávez e Lula formavam uma coalizão informal de governos de esquerda na América do Sul.

Os Estados Unidos não se conformaram.

Uma reportagem de Zach Dorfman, Sean D. Naylor e Michael Isikoff publicada no Yahoo News revelou que a CIA tinha planos e estudos para sequestrar e até assassinar o líder do WikiLeaks.

O ano foi 2017, quando Assange já estava havia cinco anos asilado na embaixada do Equador e ilegalmente era espionado por câmeras e captadores de áudio infiltrados pelo governo dos Estados Unidos.

A ideia do sequestro e até do assassinato surgiu em função de novos pacotes de dados revelados pelo WikiLeaks, que atingiam o coração de operações de hackers da CIA, conhecidas coletivamente como "Vault 7". 

Tudo isso é mostrado neste vídeo do WikiLeaks.

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Como está o caso Assange

 

Esta semana a Justiça britânica retomou o julgamento do apelo de Assange por sua não extradição aos Estados Unidos. A perspectiva é de que o resultado saia dentro de um mês.

Caso não sejam aceitos os argumentos da defesa de Assange, ele será enviado aos Estados Unidos para ser julgado por haver divulgado os crimes dos EUA.

Se os Estados Unidos estavam dispostos a sequestrá-lo e até matá-lo, é fácil prever que o resultado do julgamento só pode estar relacionado às duas ações, agora sob o manto da "Justiça": sequestro (transformado em prisão perpétua ou 170 anos) ou assassinato (transformado em pena de morte).

Assange está preso em uma cela de segurança máxima na prisão de Belmarsh, numa solitária, há cinco anos, sem que haja crime algum imputado a ele naquele país, a não ser o de não ter se apresentado à Justiça britânica, quando pediu asilo na embaixada do Equador.

A isso chamam Justiça.


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