Escolas cívico-militares são ilegais. Somos uma sociedade civil

O projeto do governador de São Paulo Tarcisio de Freitas de implantar no estado as escolas cívico-militares foi aprovado pela Alesp com larga margem.

Os estudantes e a sociedade civil reclamaram, apanharam da polícia do governador bolsonarista (aquela que ele quer botar dentro dessas futuras escolas), mas o projeto de lei foi aprovado por 54 a 21.

O que diz o projeto

 

O projeto de lei, enviado por Tarcísio à Alesp em maio deste ano, define que escolas públicas estaduais e municipais podem fazer a ‘conversão’ para o modelo cívico-militar.

Nesse modelo, a Secretaria da Segurança Pública seria responsável pela administração e disciplina. A condução pedagógica seguiria com a Secretaria da Educação.

Cada unidade cívico-militar terá pelo menos um agente em seu quadro de funcionários. Apenas policiais militares da reserva poderão atuar nas escolas militarizadas. [CartaCapital]


É um absurdo total. Os militares têm seu papel bem definido na Constituição.

Que existam escolas cívico-militares particulares se quiserem, mas públicas, não.

Já imaginaram se um próximo governador vier a ser um pastor bolsonarista radical da linha Malafaia (a não estamos longe disso)? Teremos escolas cívico-evangélicas com pastores de bedel?

Essas escolas cívico-militares fazem parte de um projeto de fascistização da nossa sociedade, bem a gosto da extrema direita.

Depois reclamam da judicialização da política. Mas o STF é a única solução para barrar essa excrescência.

Em vez de militarização das escolas o que deveria ser feito é uma desmilitarização das PMs, que seriam transformadas em polícias civis.


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