Adultização: Vídeo de Felca cai como uma bomba sobre crimes nas redes e das big techs

Faz maior sucesso nas redes o vídeo do influenciador Felca chamado Adultização. São mais de 30 milhões de views no Youtube.

O vídeo fala disso mesmo que o título anuncia, a adultização de nossas crianças nas redes. Com o objetivo de monetizar. 

Há desde uma mesa de jovens adolescentes, coach de empreendedores. Dois meninos e uma menina:

— Quando você começa seu dia sendo uma pessoa produtiva, parece que o dia vai muito melhor...
— Isso é muito importante. Isso é muito importante.
— E esse é um problema pra quem tá na escola também. Porque meu dia na escola já começa com... com o pé esquerdo já.  
— Mas é o que tem que fazer, porque senão não dá. Então, conciliar a escola, o ensino médio, inclusive...
Escola complica a vida do empreendedor.
— Aí os caras falam, não, mas é porque eu não tenho um celular iPhone, por isso que eu não tenho resultado. Te falar, meu amigo, quem quer dá um jeito. Eu acho que é um lema aqui na DZA, faz parte da cultura, "quem quer dá um jeito".  
— Você não tem o melhor iPhone pra gravar, cara, dá um jeito, resolve, entende?
— O que mais existe é gente mimisenta que dá desculpa pelo fracasso que a pessoa tem.
— Exatamente.
— Ninguém tem culpa de você fracassar, somente você. Então se você tá na merda hoje, é culpa sua.
— O que é melhor, reclamar ou fazer? Então faça, cara.  
— Exatamente.  Independente da situação que você tá, se você me falar, eu tô sem casa, tô morando na rua, eu consigo te achar uma solução. Você tem o poder de sair da situação que você tá. Apenas faça. 

Até jovens treinadas por influenciadores que as manipulam e exploram desde novinhas, sexualizando seus corpos para monetizar. 

E um passo além, a pedofilia largamente distribuída nas redes, impunemente.

A grande repercussão do vídeo está fazendo a sociedade se mexer. Já há deputados agindo contra pessoas denunciadas por Felca.

O deputado federal Reimont (PT) solicitou uma investigação criminal contra o influenciador Hytalo Santos após as denúncias de exploração sexual de menores feitas pelo youtuber Felipe Bressanim Pereira, conhecido como Felca, feitas na quarta-feira (6). O pedido foi encaminhado à Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados, que oficializou o pedido ao Ministério Público Federal (MPF).

No pedido, Reimont também solicita a prisão preventiva do influenciador caso seja avaliado o" risco continuado à integridade de crianças e adolescentes". O parlamentar ainda pede a investigação contra outro influenciadores "que venham monitorizar ou explorar sexualmente crianças e adolescentes nos conteúdos publicamente difundidos".

 

A mão que balança as redes

 

Mas por trás da excelente denúncia feita pelo vídeo de Felca está a mão que balança as redes e torna possível a série de crimes, porque se alimenta e é quem mais lucra com eles: as big techs.

Elas que agora também lucram com o genocídio palestino. Não querem lucrar apenas no mundo das redes sociais e de comércio pela internet, mas também nos campos de batalha, com as mãos sujas de sangue.

Assista:

  1. Paolla Oliveira e a nova face perversa das big techs
  2. Paolla Oliveira e a nova face perversa das big techs (Parte II)

Um novo senso comum se consolida no Vale do Silício: as empresas que antes se apresentavam ostensivamente como aliadas da justiça social agora estão conquistando a simpatia do governo Donald Trump — e acolhendo as críticas ao longo do caminho, considerando-as um distintivo de honra, uma prova cabal de que não são liberais ineficazes. Atender às críticas públicas é dobrar os joelhos diante dos “conscientes”, que Karp chama de “o risco central para a Palantir, os Estados Unidos e o mundo”.

Armada com essa nova sensibilidade antimoral, a tecnologia está se dissolvendo no nexo pulsante entre MAGA, criptomoedas, esportes de combate e as Forças Armadas dos EUA. A fusão é exemplificada pela lista de patrocinadores corporativos do desfile militar de Trump no último fim de semana, que incluía a Palantir, a fabricante de armas Lockheed Martin, o conglomerado global de mineração de dados Oracle, a plataforma de criptomoedas Coinbase e a Phorm Energy, uma nova empresa de bebidas energéticas criada por Dana White, CEO do Ultimate Fighting Championship e membro do conselho da Meta. [Fonte: Jacobin]

 

Regulação das Redes Sociais

 

Por isso é tão urgente uma regulação das Redes Sociais pelo Congresso, com uma lei que as torne responsáveis pelo que distribuem, até hoje quase que impunemente.

Leia mais sobre Regulação das Redes Sociais.

Assista ao vídeo de Felca:

 



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Um comentário:

Anônimo disse...

Só faltou falar do Jair "pintou um clima!