Rotina de corrupção na Secretaria de Fazenda de Tarcísio de Freitas em SP, segundo a Folha

Esta semana o Grupo de Atuação Especial de Repressão aos Delitos Econômicos (GEDEC) descobriu um esquema bilionário de corrupção na Secretaria de Fazenda de São Paulo, do governador Tarcísio de Freitas.

O empresário Sidney Oliveira, dono da rede de farmácias Ultrafarma, foi preso na manhã desta terça-feira (12) durante uma operação do Ministério Público de São Paulo (MP-SP) que apura um esquema de corrupção envolvendo auditores fiscais tributários da Secretaria da Fazenda do Estado. 

Segundo o MP-SP, o esquema investigado envolve o auditor Artur Gomes da Silva Neto, que manipulava processos administrativos para reduzir ou eliminar dívidas tributárias de empresas, recebendo em troca pagamentos mensais de propina. Os valores eram repassados por meio de uma empresa em nome da mãe do servidor. Segundo o MP-SP, ele comanda desde 2021, um esquema que já movimentou mais de R$ 1 bilhão em propinas.

A investigação apontou que o auditor preso chegou a montar uma empresa, que pôs em nome da mãe, ironicamente chamada Smart Tax (Imposto Inteligente), que movimentou nos últimos anos R$ 2 bilhões.  Se este é o tamanho da propina, imagine-se o tamanho da corrupção e do desvio de dinheiro público na Secretaria de Fazenda de São Paulo.


Rotina de corrupção

 

Na esteira desta investigação, reportagem da Folha de São Paulo aponta que suspeitas sobre fiscais da Fazenda de São Paulo se repetem e conectam diferentes investigações.

Nomes envolvidos nesta denúncia se intercalam e aparecem em mais de uma investigação de valores recebidos de forma indevida na secretaria.

O auditor fiscal Marcelo de Almeida Gouveia já havia sido alvo em 2019 de outro inquérito da Polícia Civil com investigação de crime de lavagem de dinheiro, que acabou arquivado.

Agora ele foi preso junto com o auditor fiscal Artur Gomes da Silva Neto no esquema que movimentou mais de 1 bilhão em propina. Ambos foram presos, junto com o dono da Ultrafarma, Sidney Oliveira, e Mario Otávio Gomes, diretor estatutário do Fast Shop.

As investigações também mencionam relações dos investigados com o grupo Nós (dono da Oxxo) e a Kalunga. Essas empresas não foram alvos dos mandados de busca e apreensão por não haver indícios fortes de pagamento de propina, segundo a investigação.

 

Esquema de corrupção


Ainda segundo a reportagem da Folha, no ano passado foram presos dois fiscais, além de advogados e doleiros condenados por crimes como extorsão tributária, lavagem de dinheiro e associação criminosa.

Uma apuração em andamento da Polícia Federal também tem apontado suspeitas a respeito de outras irregularidades cometidas dentro da Secretaria da Fazenda de São Paulo.

Mensagens encontradas no celular de um auditor fiscal após busca e apreensão levantaram desconfianças de que haveria vazamentos de informações de ações do Fisco paulista a empresas, além de ajudar companhias que vendiam combustível adulterado.


Tarcísio em campanha


Alheio ao que acontece debaixo do seu nariz, o governador Tarcísio de Freitas segue em campanha por sua candidatura presidencial em 2026, disputando com outros nomes a indicação do inelegível ex-presidente Jair Bolsonaro, atualmente em prisão domiciliar.

Recentemente, Tarcísio chegou a dizer que o Brasil não aguenta mais o PT nem a corrupção, quando a corrupção está no coração de seu governo em São Paulo, cuja população não aguenta mais a violência policial que cresceu nos anos em que Tarcísio está à frente do governo.

Somente no primeiro semestre deste ano de 2025, o número de crimes violentos contra a vida aumentou no Estado de São Paulo em comparação com o mesmo período do ano passado, segundo dados da própria Secretaria de Segurança Pública de São Paulo.

Aumentou o número de feminicídios, de estupros e de homicídios dolosos. 

Enquanto nos outros estados diminuiu o número de mortes cometidas por policiais, em São Paulo com Tarcísio houve um aumento de 61% desses crimes.

Quatro em cada 10 assassinatos na cidade de São Paulo foram cometidos por policiais em 2024, revela o Anuário do Fórum Brasileiro de Segurança Pública.

 


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