Principal e mais escandaloso assunto político da semana, a aprovação pela Câmara dos Deputados da PEC da Bandidagem, que é como a população está chamando a PEC das Prerrogativas, causou revolta na população. A PEC só permite investigação e processo contra congressistas após autorização da respectiva casa, Câmara ou Senado, em voto secreto.
Criada como resposta à recente condenação do maior criminoso da história do país, o ex-presidente Jair Bolsonaro, a mais de 27 nos de prisão e também de sua quadrilha golpista, composta por três generais quatro estrelas e um almirante, a PEC ainda precisa de aprovação no Senado, mas já está amplamente desaprovada pelos brasileiros.
Mais de 80% das menções sobre a PEC da Blindagem nas redes sociais são negativas, segundo levantamento da Quaest divulgado neste sábado (20), evidenciando a impopularidade da proposta encabeçada pela extrema direita e o Centrão no Congresso Nacional.
De acordo com a pesquisa, 83% das menções reprovam a iniciativa dos parlamentares, enquanto somente 17% demonstram apoio. Os dados foram coletados entre terça (16) e sexta-feira (19), quando houve a votação da proposta. Ao todo, foram 2,3 milhões de menções no Instagram, no Facebook, no X (antigo Twitter), no YouTube, no Reddit e em sites de notícias, buscando palavras-chave relacionadas ao caso. As postagens atingiram 44 milhões de pessoas por hora.
Todos nas ruas contra a PEC da Bandidagem
Movimentos populares, associações, políticos e artistas decidiram ir às ruas neste domingo, 21, em manifestações que estão acontecendo e acontecerão em todo o país e que prometem ser gigantes, tal a repulsa da população à PEC.
No entanto, ontem o principal telejornal do país, o Jornal Nacional, não deu uma única palavra sobre o tema, mostrando que continua atual a frase do ex-governador e líder político trabalhista Leonel Brizola de que a Globo está sempre do lado oposto ao dos interesses da maioria dos brasileiros.
Nem uma palavra sobre a PEC ou as manifestações programadas para hoje, comportamento diametralmente oposto ao que exibiu durante as manifestações pela prisão de Lula e o impeachment da ex-presidenta Dilma Rousseff, quando botou suas emissoras para convocarem o povo às ruas.
O fato mais importante da semana ser solenemente ignorado pelo mais importante (gostemos ou não disso) telejornal do país mostra o imenso fosso que existe entre o povo e a imprensa corporativa brasileira.
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