Mais nova aloprada de Carluxo, às vésperas da condenação do pai

Às vésperas da condenação do pai a mais de 40 anos de cadeia, o vereador Carlos Bolsonaro lança nova fake news, assim como os irmãos Eduardo e Flávio, mostrando apenas o desespero da família diante do dia D, em que terão de se afastar de vez do convívio com o pai — a não ser que sejam condenados à Papuda (motivos não faltam: as "rachadinhas", por exemplo) como ele deve ser.

Carluxo, como é conhecido, postou na Rede X, de Elon Musk, um novo "presságio" de sua mente delirante, em que afirma que está havendo uma conspiração para assassinar Jair Bolsonaro e a ilustra com imagem de Adélio Bispo, autor da facada em Juiz de Fora:

- O sistema tenta assassinar @jairbolsonaro NOVAMENTE!




São pelo menos dois os problemas na acusação difusa do filho 02:

  1. A primeira, e mais evidente, é a falta de menção a uma prova ou evidência qualquer de que esta tentativa de assassinato estaria em ação;
  2. A segunda, e mais importante: quem estava tentando assassinar alguém, segundo todas as provas, era o ex-presidente Jair Bolsonaro, na Operação Punhal Verde Amarelo, parte da trama golpista, que pretendia assassinar o presidente Lula, seu vice, Geraldo Alckmin, e o presidente do TSE à época, ministro Alexandre de Moraes.


Foi Jair Bolsonaro quem disse que iria "metralhar os petralhas", que a ditadura "matou pouco gente; deveria ter matado uns 30 mil". Foi Jair Bolsonaro quem zombou dos mortos por falta de oxigênio em seu governo, quem fez pouco caso das mortes por Covid ("eu não sou coveiro"). Foi Jair Bolsonaro que, no dia da votação do golpe do impeachment votou em nome do torturador Brilhante Ustra.


A pergunta que os Bolsonaros não respondem


Carlos Bolsonaro poderia ter usado seu espaço para dar resposta a uma pergunta sobre a qual não se pode calar:

Por que Jair Bolsonaro não recorreu da sentença que declarou Adélio Bispo inimputável, como disse que iria fazer? Jair era presidente na ocasião e não usou de seu poder (o mesmo que determinou vendas de joias do Estado e busca do colar de R$ 20 milhões, que era um estranho presente para a "madame" de um príncipe árabe) para isso, pelo contrário:

Embora tenha dito que recorreria da decisão que considerou inimputável o seu agressor, Adélio Bispo de Oliveira, o presidente Jair Bolsonaro não pediu recurso, assim como o Ministério Público Federal (MPF), e o caso foi encerrado nesta terça-feira (16 e julho de 2019).

O escritório Moraes Pitombo, que atua na defesa do presidente Jair Bolsonaro, afirma ter mudado de posição quanto à decisão de recorrer da sentença do juiz Bruno Savino. “Os advogados do sr. presidente preferiram adotar nova estratégia jurídica, em razão da persecução penal evidenciar que o condenado se apresentou como instrumento, ou parte de uma engrenagem, para a prática do grave crime”, disse o texto. [Jovem PAN]


Por que, quando teria poder e ocasião legal para tentar provar que Adélio agiu a mando da esquerda, como sempre acusa, Jair Bolsonaro não o fez?

É a história de sempre da família Bolsonaro, valente nas redes, mas covarde quando confrontada com a realidade.


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