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Papa publicou artigo em revista que nega Holocausto

Em 1998, o então cardeal Ratzinger, atual papa Bento XVI, publicou um artigo numa revista de ultradireita austríaca. Levando-se em conta que Hitler era austríaco, dá pra imaginar o que seja uma revista ultradireitista de lá.

Sempre se pode alegar que o papa ainda não era papa, mas cardeal, em 1998. Assim como se afirma que ele foi da juventude hitlerista, mas não era nazista nem apoiava Hitler. E ainda, um dia, quem sabe, se dirá que ele falou em deus, mas sem má intenção, como no samba de Moreira da Silva Jogando com o capeta.

Só não se pode é querer tapar o Sol com a peneira, como tentaram fazer ao dizer que a revista Aula (a tal ultradireitista austríaca) havia publicado o artigo sem o consentimento do àquela época cardeal Ratzinger.

O último número da revista alemã Der Spiegel informa que o secretário de Ratzinger Josef Clemens declarou que o atual papa autorizou a publicação de seu artigo na revista.

Aula era uma revista dirigida por Herwig Nachtmann, um ultradireitista que defendia Walter Lüftl, que num relatório de 1992 chamou o extermínio em massa dos judeus nas câmaras de gás de "tecnicamente impossível".

Já ouviu falar nisso antes? Sim, era o que afirmava o tal bispo inglês Richard Williamson, há pouco anistiado pelo papa, e que depois disseram que não era bem assim, o papa não endossava nada daquilo...

Muita coincidência, não?

Relembre aqui a entrevista do bispo absolvido pelo papa. E, se for católico, reze por ele. Culpado ou não, uma oraçãozinha não custa nada. Ainda mais pelo papa.


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A absolvição de Renan e os moralistas do alheio

Duas postagens, uma no Blog do Nassif e outra no Blog do Noblat, resumem a votação do processo de cassação do senador Renan Calheiros. Na ordem:

1. A elegia da hipocrisia
Enviada por Helena Chagas

Defensores do voto aberto votaram contra fim do secreto.

Quem te viu, quem te vê. Quem viu no início da sessão a animadíssima defesa dos senadores hoje do fim do voto secreto até acredita. Alguns chegam a prever para amanhã o início de uma campanha retumbante nesse sentido. Mas, no dia 13 de março de 2003, quando a Casa derrotou emenda constitucional do senador Tião Viana acabando com o voto secreto para cassações, muita gente boa que discursa hoje para abrir o voto ficou contra.

Arthur Virgílio, por exemplo, que hoje fez veemente defesa do voto aberto no início do julgamento, dizia na ocasião: "O voto secreto é um instrumento que deixa o parlamentar a sós com sua consciência em uma hora que é sublime, em que o voto é livre de quaisquer pressões, que podem ser familiares, do poder econômico, de expressão militar ou de setores do Executivo. Voto pela manutenção do voto secreto".

E assim também fizeram, na ocasião, seus colegas Cesar Borges (DEM), Tasso Jereissati (PSDB), Eduardo Azeredo (PSDB), Heráclito Fortes (DEM), Garibaldi Alves (PMDB), Gerson Camata (PMDB), Agripino Maia (DEM), Edison Lobão (DEM), Marco Maciel (DEM), José Sarney (PMDB), Mão Santa (PMDB) e Leomar Quintanilha (PMDB), entre outros.

Ou seja, muda a platéia, muda o voto.

2. Renan intimidou senadores

- Senadora Heloísa Helena. A senhora sonegou o pagamento de impostos em Alagoas. Deve mais de R$ 1 milhão. Tenho um documento aqui que prova isso. E nem por isso eu o usei contra a senhora - disparou Renan Calheiros ao se defender da tribuna do Senado pouco antes de ser absolvido pela maioria dos seus pares.

- É mentira, mentira - gritou a presidente do PSOL sentada no meio do plenário. Pouco antes, ela subira à tribuna para atuar como advogada de acusação.

Renan não deu bola para a reação de Heloísa. Em seguida, virou-se para Jefferson Perez (PDT-AM) e comentou:

- Veja bem, senador Jefferson Perez. Eu poderia ter contratado a Mônica [Veloso, ex-amante dele] como funcionária do meu gabinete. Mas não o fiz.

Perez nada disse. Ouviu calado.

Então foi a vez do senador Pedro Simon (PMDB-RS). Renan disse olhando diretamente para ele:

- A Mônica Veloso tem uma produtora. Eu poderia ter contratado a produtora dela para fazer um filmete e pendurar a conta na Secretaria de Comunicação do Senado. Eu não fiz isso.

Simon ouviu calado.

Registre-se que o clima de intimidação dos senadores começou a ser criado logo no início da sessão quando discursou o senador Francisco Dornelles (PP-RJ). Ele foi o primeiro a falar.

Duas pérolas produzidas por Dornellles:

- Crime tributário não é causa para quebra de decoro.

- Amanhã, isso pode ser usado contra os senhores. Porque muitos aqui têm problemas fiscais.

Dornelles foi secretário da Receita Federal no governo de João Figueiredo, o último general-residente da ditadura de 1964. E depois foi ministro da Fazenda do governo José Sarney. [E também, como bem lembrou o Alexandre, do Blog do Alê, ministro do Trabalho de Fernando Henrique Cardoso]

No Jornal Nacional, foi curioso assistir a um diretor da OAB atacando o corporativismo do Congresso. Como se advogados, promotores, juízes não vivessem livrando a cara uns dos outros.

Um representante da CNBB também criticou a decisão, mas nada falou sofre os escândalos de pedofilia na Igreja Católica, acobertados pela cúpula da Igreja, tendo o cardeal Ratzinger (atual Papa Bento XVI) à frente da tropa de choque. Procurem pelo vídeo da BBC sobre o tema, aqui ao lado na caixa de vídeos do blog.

O que houve é que dessa vez o vício não prestou sua homenagem à virtude, embora a hipocrisia continue reinante.

Estou esperando a Veja - primeira a exigir transparência e a atacar todo mundo - gritar exigindo a criação da CPI da TVA, para provar que a transação é limpa e cristalina.

Mas aí a Veja, que defende CPI pra tudo, comporta-se como os senadores hipócritas da postagem de Helena Chagas no Blog do Nassif, e mais o advogado e o religioso do Jornal Nacional, que adoram criticar a casa do vizinho mas não põem uma única peça de roupa das suas para quarar ao sol da realidade.

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Padres cometem ‘pecados sexuais’ com a proteção da Igreja

A vida sexual dos padres continua movimentada. Pelo menos em Roma. É o que informa reportagem da BBC. Sete padres foram acusados de escândalos sexuais, em diferentes partes da Itália, nos últimos tempos. Alguns deles acusados de violência sexual grave e contínua.

Entres os assanhados há um padre de 82 anos, Dom Pierino Gelmini, fundador da comunidade Incontro, que atende jovens dependentes de drogas. Ele está sendo investigado há mais de um ano por violência sexual.

Tudo isso continua a ocorrer, porque o atual papa Bento XVI, na época em que era apenas o Kamel do Vaticano, foi durante mais de 20 anos o homem encarregado de zelar pela obediência aos termos de um documento, escrito em 1962 e distribuído a bispos do mundo inteiro, com a recomendação de que fosse guardado a sete chaves. O documento - Crimen Sollicitationis (latim para Crime da Solicitação) - impõe um juramento em que a vítima [de abuso sexual], o acusado e eventuais testemunhas se comprometem a manter sigilo absoluto sobre o caso. A quebra do juramento levaria à excomunhão. (clique aqui e acesse o documento, em inglês).

O acobertamento ao crime acaba sendo um estímulo para que ele continue a ser praticado, inclusive no Brasil.


Foto do padre com uma de suas vítimas

Uma reportagem de Alan Rodrigues, publicada na revista Isto É em 16 de novembro de 2005 denunciava o acobertamento que a Igreja Católica Apostólica Romana faz dos crimes de pedofilia praticados por sacerdotes.

A reportagem não só dava nome aos bois, como publicou até fotos de alguns deles (como a reproduzida acima). Aliás, segundo a reportagem, o padre da foto aprontava atrás da sacristia:

Depois de cinco meses como auxiliar do padre Édson Alves dos Santos, 64 anos, V.R.D. revelou à sua avó, dona Iraci Teixeira, professora de catequese há 20 anos, tudo o que acontecia atrás da sacristia. “O padre faz comigo igual o homem faz com a mulher”, relatou. “Ele tira minha roupa, levanta a batina, me coloca no colo, fala para eu ficar tranqüilo e diz que aquilo é a prática da penetração”, contou o garoto. A avó, estarrecida com o que ouvira, comunicou o relato a Patrícia [mãe do menino], que imediatamente o levou ao médico e à polícia. Todos os exames confirmaram: V.R.D. foi vítima de abusos sexuais.

Segundo um documento a que a reportagem teve acesso, a situação é grave:

(...)...cerca de 1,7 mil padres – 10% do total – no País estão envolvidos em casos de má conduta sexual, o que inclui abuso sexual contra crianças e também contra mulheres. A pesquisa revela ainda que cerca de 50% dos padres não mantêm o voto de castidade. Nos últimos três anos, a pedofilia no interior da Igreja Católica no Brasil já remeteu mais de 200 padres para clínicas psicológicas da própria instituição. O problema é que a hierarquia eclesiástica brasileira, ao contrário do que aconteceu nos EUA – que abriu seus arquivos secretos à população para identificar, auxiliar e reparar as vítimas –, prefere manter a política do silêncio. Com isso, abafam as denúncias e protegem os agressores, tudo em nome de uma lei que não é a dos homens de bem.

Na reportagem também é citado o padre Tarcísio Tadeu Sprícigo. Tão certo da impunidade, o padre Tarcísio chegou a escrever um manual do pedófilo, apreendido pela polícia, e que você pode ver clicando aqui. A Igreja tratou de afastá-lo da paróquia onde estava, em Agudos, SP, e o enviou para Goiás. Lá, o padre voltou a praticar a pedofilia, acabou preso e virou personagem do documentário “Sex crimes and the Vatican”. No Brasil, o caso caiu no esquecimento.

Sexo, crimes e Vaticano (Sex crimes and the Vatican): um documentário da BBC

Não deixe de ver este documentário de quase 40 minutos exibido pela BBC em 1° de outubro de 2006. É devastador. Conta histórias de padres pedófilos (inclusive um brasileiro) e do acobertamento dos crimes feito pela Igreja Católica Apostólica Romana, com um documento – chamado Crimen Sollicitationis - assinado pelo então cardeal Ratzinger, hoje Papa Bento XVI, ameaçando com excomunhão quem denunciasse os padres criminosos.

A BBC já retirou o vídeo do Youtube. A qualquer momento pode fazer o mesmo com este link do Google postado aqui. Na página da BBC que comenta o vídeo, há um link para ele, mas não estava funcionando, nas vezes em que tentei assisti-lo.

Portanto, se este link do Google cair também, por favor, avise-me pelo e-mail aí ao lado, para que eu possa providenciar um caminho alternativo – que, preventivamente, deixei de stand by.





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Notícias Desaparecidas: Os padres pedófilos acobertados pela Igreja Católica

Foto do padre com uma de suas vítimas

Uma reportagem de Alan Rodrigues, publicada na revista Isto É em 16 de novembro de 2005 denunciava o acobertamento que a Igreja Católica Apostólica Romana faz dos crimes de pedofilia praticados por sacerdotes.

A reportagem não só dava nome aos bois, como publicou até fotos de alguns deles (como a reproduzida ao lado). Aliás, segundo a reportagem, o padre da foto aprontava atrás da sacristia:

Depois de cinco meses como auxiliar do padre Édson Alves dos Santos, 64 anos, V.R.D. revelou à sua avó, dona Iraci Teixeira, professora de catequese há 20 anos, tudo o que acontecia atrás da sacristia. “O padre faz comigo igual o homem faz com a mulher”, relatou. “Ele tira minha roupa, levanta a batina, me coloca no colo, fala para eu ficar tranqüilo e diz que aquilo é a prática da penetração”, contou o garoto. A avó, estarrecida com o que ouvira, comunicou o relato a Patrícia [mãe do menino], que imediatamente o levou ao médico e à polícia. Todos os exames confirmaram: V.R.D. foi vítima de abusos sexuais.

Segundo um documento a que a reportagem teve acesso, a situação é grave:

(...)...cerca de 1,7 mil padres – 10% do total – no País estão envolvidos em casos de má conduta sexual, o que inclui abuso sexual contra crianças e também contra mulheres. A pesquisa revela ainda que cerca de 50% dos padres não mantêm o voto de castidade. Nos últimos três anos, a pedofilia no interior da Igreja Católica no Brasil já remeteu mais de 200 padres para clínicas psicológicas da própria instituição. O problema é que a hierarquia eclesiástica brasileira, ao contrário do que aconteceu nos EUA – que abriu seus arquivos secretos à população para identificar, auxiliar e reparar as vítimas –, prefere manter a política do silêncio. Com isso, abafam as denúncias e protegem os agressores, tudo em nome de uma lei que não é a dos homens de bem.

Na reportagem também é citado o padre Tarcísio Tadeu Sprícigo. Tão certo da impunidade, o padre Tarcísio chegou a escrever um manual do pedófilo, apreendido pela polícia, e que você pode ver clicando aqui. A Igreja tratou de afastá-lo da paróquia onde estava, em Agudos, SP, e o enviou para Goiás. Lá, o padre voltou a praticar a pedofilia, acabou preso e virou personagem do documentário “Sex crimes and the Vatican”. No Brasil, o caso caiu no esquecimento.

Por isso esta postagem. Por isso, também, repito a seguir a que fiz há nove dias sobre o vídeo.

Sexo, crimes e Vaticano (Sex crimes and the Vatican): um documentário da BBC

Não deixe de ver este documentário de quase 40 minutos exibido pela BBC em 1° de outubro de 2006. É devastador. Conta histórias de padres pedófilos (inclusive um brasileiro) e do acobertamento dos crimes feito pela Igreja Católica Apostólica Romana, com um documento – chamado Crimen Sollicitationis - assinado pelo então cardeal Ratzinger, hoje Papa Bento XVI, ameaçando com excomunhão quem denunciasse os padres criminosos.

A BBC já retirou o vídeo do Youtube. A qualquer momento pode fazer o mesmo com este link do Google postado aqui. Na página da BBC que comenta o vídeo, há um link para ele, mas não estava funcionando, nas vezes em que tentei assisti-lo.

Portanto, se este link do Google cair também, por favor, avise-me pelo e-mail aí ao lado, para que eu possa providenciar um caminho alternativo – que, preventivamente, deixei de stand by.



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