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Por que Elon Musk bloqueou perfil do neto de Mandela na rede X?

Como todo extremista de direita, Elon Musk é um hipócrita que só defende a liberdade de expressão deles. Ontem, o bilionário nascido na África do Sul bloqueou em sua plataforma X o perfil do neto do libertador da África do Sul Nelson Mandela, Zwelivelile Mandla Mandela.

No dia anterior, Musk havia republicado uma mensagem do primeiro-ministro genocida Benjamim Netanyahu com ataques aos estudantes universitários dos Estados Unidos que fazem manifestações em apoio à causa palestina.

Fato é que a rede X de Musk baniu Zwelivelile Mandla Mandela, que é membro da Assembleia Nacional da África do Sul. A empresa não se pronunciou sobre a sua decisão de restringir o discurso do político sul-africano, mas a razão é evidente:

Honrando a memória de seu avô, Mandela passou a última semana fazendo várias aparições públicas em apoio à libertação palestina, citando seu avô antes de sua viagem a bordo da Flotilha da Liberdade, partindo da Turquia para Gaza, com a intenção de fornecer mais de 5.000 toneladas de ajuda ao enclave devastado pela guerra.

“Meu avô considerava a luta palestina como a maior questão moral do nosso tempo”, disse Mandela num discurso publicado nas redes sociais na sexta-feira. “Ele assumiu um compromisso com o povo palestino ao dizer que a nossa liberdade está incompleta sem a liberdade do povo palestino.”

 

Ajuda e denúncia do genocídio



Numa declaração separada emitida na quinta-feira, Mandela explicou que a “Flotilha da Liberdade para Gaza visa chamar a atenção do público internacional para as atrocidades, genocídio e crimes de guerra cometidos contra o povo de Gaza”.

Até agora, a partida da flotilha de navios foi adiada devido a um conjunto de inspeções de navios desencadeada por uma campanha de pressão israelense, informou a Al Jazeera , embora um coronel aposentado do Exército dos EUA e funcionário do Departamento de Estado que organizou a flotilha tenha dito que os navios já haviam passado em todas as inspeções e estavam prontos para zarpar.

Para chegar a Gaza, a flotilha terá de romper um bloqueio israelense originalmente estabelecido em 2007. Esforços anteriores para quebrar o bloqueio por parte de missões humanitárias terminaram em morte. Em 2010, a Freedom Flotilla I, de seis navios, foi interceptada pelas forças israelenses, que abordaram os navios através de helicópteros e lanchas em águas internacionais, disparando e matando nove ativistas.

Estar de olho nas flotilhas é fundamental para a sua segurança, segundo um dos organizadores do envio de ajuda.

“Estamos tentando chamar a atenção de todos para a Flotilha para garantir que o mundo saiba e Israel saiba que estamos vindo, para que eles não possam disparar um míssil contra nós e dizer que não foi intencional”, disse Huwaida Arraf, uma palestina-americana. advogado e cofundador do Movimento de Solidariedade Internacional, disse à Al Jazeera.

Calando o perfil do neto de Mandela na sua rede social X, Musk quer silenciar a denúncia do genocídio e impedir que ajuda humanitária chegue aos palestinos em Gaza.

E é significativo que um bilionário branco da África do Sul bloqueie o neto de Mandela.

Assim como a África do Sul se livrou do apartheid, a Palestina um dia será enfim livre e dos palestinos.







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Denúncia: Fome é a nova arma de Israel para matar palestinos em Gaza

Muita gente não sabe, mas não é de hoje que o território palestino de Gaza está ocupado por Israel. Há postos que impedem a livre circulação dos palestinos em seu território, prisões arbitrárias e roubo de terras palestinas por colonos israelenses, que alegam que a terra é deles, segundo seu livro sagrado.

Exatamente por ser território ocupado, por ter suas terras de melhor qualidade roubadas por colonos israelenses, o povo de Gaza há anos vive de ajuda humanitária internacional para sobreviver.

Antes do 7 de outubro, quando houve o ataque do Hamas, entravam 500 caminhões com ajuda humanitária por dia em Gaza. Após o 7 de outubro, Israel cortou não apenas a entrada desses caminhões, como também o fornecimento de água e luz. Mandou em troca intensos bombardeios, matando e destruindo tudo, de escolas e universidades a hospitais e até templos religiosos cristãos e muçulmanos.

Se já vivia no inferno, com a guerra a situação dos palestinos piorou muito. São quase dois milhões em insegurança alimentar e um milhão e meio passando fome e sede.

Hoje, diante da reclamação mundial, Israel permite a entrada de 155 caminhões/dia — menos de um terço do que entrava antes, e após meses sem nada. Neles, além de alimentos, há medicamentos e outros itens indispensáveis, que faltam em Gaza. Mas muito aquém da necessidade da população, que, literalmente, morre de fome.

Essa é a nova estratégia de Netanyahu e do governo de Israel. Diante da grita mundial contra os bombardeios sobre a população civil, a fome passou a ser a arma usada por Israel para matar os palestinos em Gaza.

A denúncia é do Chefe da diplomacia da União Europeia, Josep Borrell. Por isso é urgente um cessar-fogo e uma abertura para a entrada de ajuda humanitária já.




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EUA lançam 66 'pacotes de refeição' e 65 toneladas de bombas sobre Gaza

Três aviões militares dos Estados Unidos despejaram alimentos hoje na Faixa de Gaza, conforme anunciado ontem pelo presidente Joe Biden.

Segundo a AFP, foram "66 pacotes de refeição no total, sem carne de porco", acrescentando que ainda não há informações sobre quantas toneladas foram entregues. De acordo com a CNN, os pacotes não contêm água ou medicamentos.

— Realizamos um lançamento aéreo combinado de assistência humanitária em Gaza — disse à AFP um funcionário do Comando Central dos EUA na região (Centcom) sob condição de anonimato. 

Esta vai ser a notícia em todos os jornais de nossa mídia, sem ponderar que a ajuda dos EUA não é nada comparado ao que é dado a Israel para destruir Gaza e matar, até o momento, mais de 30 mil palestinos, 70% deles mulheres e crianças, e ferir e desaparecer com outros 70 mil. 

São 66 "pacotes de refeição" por um lado e 65 toneladas de bombas lançadas sobre Gaza por Israel, com armas vindas e/ou financiadas pelos Estados Unidos.

Apenas no mês de novembro do ano passado, a Câmara dos EUA aprovou uma ajuda de US$ 14 bilhões a Israel para continuar o genocídio que horroriza o mundo.

O que representam esses "pacotes", que não têm água nem medicamentos, se os Estados Unidos votam contra decisão da ONU de exigir um cessar-fogo imediato de Israel, que com isso continua a cometer seus crimes de guerra, como ontem, quando assassinou mais de uma centena de palestinos famintos que brigavam por pacotes de farinha de caminhões de ajuda humanitária?

É a hipocrisia usual dos Estados Unidos, que apoiam a destruição para depois venderem  reconstrução. No caso de Gaza, nem isso.

Toda ajuda aos palestino em Gaza é válida. Mas a dos EUA deveria vir acompanhada de uma exigência de um cessar-fogo humanitário imediato para que possam entrar centenas de caminhões com ajuda em alimentação, água e medicamentos. 

São quase dois milhões de pessoas em desespero. 800 mil crianças. Várias feridas, amputadas e órfãs, vítima de genocídio por Israel, que o governo dos EUA encampa e financia.

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