sábado, 18 de março de 2006

Palocci, motorista, caseiro: faltou combinar

volanteO caseiro e o motorista têm que chegar a um acordo e combinar. O caseiro afirma que Palocci chegava dirigindo o carro, à noite, sozinho. O motorista afirma o oposto: ("Não, ele nunca dirigiu aqui em Brasília. Quem dirigia sempre era o Ademirson. Muitas vezes o Ralf ou Rogério [Buratti]."- trecho da entrevista à Folha). Já Palocci afirma que nunca dirigiu em Brasília nem pôs os pés na tal casa.
Até aí, como diriam os antigos, morreu o Neves. Mas há um porém. Nildo afirma que "viu Palocci" na casa e falou com ele, num dia em que o ministro se perdeu na saída e pediu auxílio sobre o caminho a tomar.
Se Palocci não dirige em Brasília e sempre (segundo o próprio caseiro) tomava cuidados como mandar apagar a luz etc. para não ser visto, por que se expôs voltando à casa e mostrando-se ao caseiro? Deveria ter usado o motorista da ocasião para fazê-lo em seu lugar - sempre na suposição de que o ministro não dirige em Brasília.
Mas se, ao contrário, Palocci está mentindo e o caseiro falando a verdade, e na realidade o ministro chegava dirigindo o carro, por que o motorista foi tão peremptório na sua afirmação ("Não, ele nunca dirigiu aqui em Brasília.")?
Foi induzido pelo noticiário, pelo repórter, ou por alguém? Quem?

2 comentários:

  1. É o seguinte: o caseiro trabalha para um militante do PSDB num imóvel de sua propriedade que alugou para o grupo que promovia as tais "orgias sexuais" das quais o ministro da Fazenda está sendo acusado de participar. Coincidentemente, as denúncias de Nildo são contra os adversários políticos de seu patrão; coincidentemente, descobre-se que Nildo, que ganha salário de 700 reais e que tinha cerca de 20 reais na conta bancária até 6 de fevereiro, daquele dia em diante passa a receber depósitos que somam quase 40 mil reais; e, convenientemente, todos esses depósitos tiverem que ser feitos EM DINHEIRO VIVO. Esses, aí em cima, são os fatos, independentemente das alegações não-comprovadas do caseiro. texto completo em http://edu.guim.blog.uol.com.br/

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  2. Anônimo19.3.06

    Acho que os senadores Heráclito Fortes e o bobo do senado, Mão Santa, têm algo a dizer à CPI dos "Bingos". Quem assistiu à sessão plenária do Senado, na quinta-feira, percebeu nitidamente a apreensão dessas duas figuras da República do Piauí. Sabiam que algo iria estourar na mídia. Acho que esse pródigo pai não resistiria a uma quebra de sigilos bancário e telefônico. O sigilo fiscal nem carece ser quebrado.

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