Palocci, motorista, caseiro: faltou combinar

volanteO caseiro e o motorista têm que chegar a um acordo e combinar. O caseiro afirma que Palocci chegava dirigindo o carro, à noite, sozinho. O motorista afirma o oposto: ("Não, ele nunca dirigiu aqui em Brasília. Quem dirigia sempre era o Ademirson. Muitas vezes o Ralf ou Rogério [Buratti]."- trecho da entrevista à Folha). Já Palocci afirma que nunca dirigiu em Brasília nem pôs os pés na tal casa.
Até aí, como diriam os antigos, morreu o Neves. Mas há um porém. Nildo afirma que "viu Palocci" na casa e falou com ele, num dia em que o ministro se perdeu na saída e pediu auxílio sobre o caminho a tomar.
Se Palocci não dirige em Brasília e sempre (segundo o próprio caseiro) tomava cuidados como mandar apagar a luz etc. para não ser visto, por que se expôs voltando à casa e mostrando-se ao caseiro? Deveria ter usado o motorista da ocasião para fazê-lo em seu lugar - sempre na suposição de que o ministro não dirige em Brasília.
Mas se, ao contrário, Palocci está mentindo e o caseiro falando a verdade, e na realidade o ministro chegava dirigindo o carro, por que o motorista foi tão peremptório na sua afirmação ("Não, ele nunca dirigiu aqui em Brasília.")?
Foi induzido pelo noticiário, pelo repórter, ou por alguém? Quem?