Mello, essa é para quem não é assinante da Folha. Não sei se você leu o artigo de ontem. É sobre o Imposto sobre as Grandes Fortunas. O link é http://www1.folha.uol.com.br/fsp/opiniao/fz1412200709.htm Segue o texto:
O imposto (cuidadosamente) esquecido
ALMIR TEUBL SANCHES
Rejeitada a prorrogação da CPMF, torna-se premente a retomada do debate acerca da instituição do Imposto sobre Grandes Fortunas
DE TUDO o que foi dito no longo debate sobre a prorrogação da CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira), o que mais causa espanto é justamente aquilo que foi esquecido. Quando de sua criação, na reforma tributária de 1993, a CPMF (então ainda IPMF) foi uma manobra da União para que pudesse resolver seu problema de caixa sem precisar instituir o Imposto sobre Grandes Fortunas (IGF). Ou seja, por meio de uma reforma, criou-se um tributo até então inexistente para deixar cuidadosamente esquecido aquele que era previsto pela Constituição (artigo 153, VII), mas que mexia com grandes interesses. Após quase 20 anos da promulgação da nossa Carta Magna, o IGF permanece, sintomaticamente, o único imposto de previsão constitucional não instituído. Timidamente, apresentou-se, no início da década de 1990, uma meia dúzia de projetos de lei para cuidar dessa questão. As propostas que tratavam do IGF, claro, tiveram o mesmo destino da grande maioria das que atentam contra os interesses dos poderosos: a gaveta do Congresso Nacional, essa gaveta em que se guarda boa parte da história do que poderia ter sido nosso país. Para ter uma idéia dos gigantescos interesses em jogo, numa síntese dos projetos apresentados, o IGF incidiria anualmente sobre o patrimônio líquido de pessoas físicas que ultrapassasse algo em torno de R$ 6 milhões, em valores atualizados. As alíquotas obedeceriam a uma tabela progressiva, variando entre 0,3% e 1%, sendo tanto maior quanto maior fosse a fortuna. Seria uma espécie de complementação do Imposto de Renda. Assim, o IGF é o tributo que, por excelência, atende ao princípio basilar da capacidade contributiva, espinha dorsal da justiça tributária, ao dizer que cada pessoa deve contribuir na medida de sua aptidão econômica. Curiosamente, entre os argumentos que derrubaram a CPMF, um dos mais eloqüentes foi justamente o de que ela desrespeitaria o princípio da capacidade contributiva. Que um princípio tão importante quanto esse seja usado quando interessa, mas esquecido quando convém, é algo que seria cômico se não fosse trágico. Infelizmente, é preciso dizer que não passa de econômica a aptidão dos que têm grandes fortunas a contribuir, sendo ela barrada pela "inaptidão política" -o que fica patente pelo forte lobby no esquecimento do IGF, sob a roupagem de argumentos técnicos que não se sustentam. Entre estes, o que mais espanta é a alegação de que, uma vez instituído, o IGF seria vítima de fraudes. Com efeito, a fraude às obrigações tributárias é uma realidade brasileira, mas não se pode conceber que o legislador deixe de exercer sua função, acovardando-se por temer não ser respeitado. Ora, as leis devem coibir as fraudes, e não o contrário. Do inverso, agiríamos como o covarde que, temendo perceber que está cego, jamais voltará a abrir seus olhos. Inclusive, o IGF poderia, ele mesmo, transformar-se em um importante instrumento de fiscalização de inúmeros outros tributos, ao possibilitar o cruzamento de dados com outras declarações tributárias -função, aliás, que a CPMF exercia com louvor. Um outro argumento, de que o IGF poderia reduzir a poupança interna e desestimular a interiorização de capitais externos, pode ser abandonado com facilidade: basta ver que a Suíça, sabidamente um dos países que mais recebem capitais externos do mundo, adotou imposto semelhante. Um último argumento contrário ao IGF é a estimativa de que a arrecadação por ele gerada seria de pequena expressividade. Os que argumentam nesse sentido se baseiam na experiência internacional, mas se esquecem de que os países examinados têm em comum justamente aquilo em que se diferenciam do Brasil: são países desenvolvidos, com excelentes níveis de distribuição de renda. Sem grandes desnivelamentos sociais, é natural que a arrecadação de um imposto sobre grandes fortunas não seja muito expressiva quando comparada à de outros tributos. Não é viável, no entanto, um país marcado pela injustiça social, em que a concentração de renda é uma das dez maiores do mundo, se dar ao luxo de esnobar o IGF ao fundamento de que a arrecadação seria baixa. Com a rejeição da prorrogação da CPMF e os decorrentes problemas de caixa que a União fatalmente voltará a enfrentar, torna-se premente a retomada do debate sobre a instituição desse imposto. Do contrário, se continuarmos encarando o IGF como um mero deslize do constituinte, melhor seria que o esquecêssemos de uma vez e, com ele, jogássemos fora o princípio da capacidade contributiva, que, no Brasil, infelizmente, se presta a pouco mais do que sustentar hipocrisias. Como alguém consegue dormir com todo esse silêncio? ALMIR TEUBL SANCHES, 28, mestrando em filosofia do direito pela USP, é procurador da Fazenda Nacional.
Era uma vez, em um país não muito distante, um famoso fora-da-lei de nome CPMF. Viveu nos século XX e XXI e segundo a lenda, retirava dinheiro de todos que moravam nesse país e distribuía toda quantia, para os ricos e aos pobres. No começo, sendo a distribuição maior para os ricos e nobres. Era filho do Conde F.H. Coração de Melão que segundo o seu criador, o CPMF era um malfeitor necessário, mas com promessas de que iria ajudar a todos os pobres, o que no inicio da sua adolescência, nada que fora prometido ocorreu ocorreu. Com o passar do tempo, esse personagem foi abandonado pelo seu pai. Em um belo dia o CPMF foi adotado pelo Conde Lula, que o levou para habitar as florestas do Castelo da Esplanada. O seu novo tutor sempre procurava fazer a cabeça do rapaz, para que parasse de ser generoso somente para com os mais ricos e se doasse mais para os pobres, caso contrário seria preso e morto pelos habitantes do reino, contrários a sua existência. No inicio do século XXI, o CPMF foi preso pelos amigos do Conde FHC que decretara guerra ao Conde Lula, por ele ter-lhe tomado o reino em uma memorável batalha pelo poder. O CPMF aguardava julgamento preso em um escuro e horrendo calabouço, enquanto o reino permanecia dividido entre, solta-lo ou não. Para salvá-lo, o Conde Lula conforme promessa decretada em público, de que o CPMF já estava sendo preparado psicologicamente, para retirar dinheiro somente dos mais ricos e doar em tributos aos mais pobres. Até mesmo, por isso, o CPMF recebeu carinhosamente o apelido de Robin Hood do reino, igual àquele inglês que retirava dos ricos e em seguida distribuía para os menos afortunados. O seu criador o Conde F.H.Coração de Melão, ficou possesso com a possível mudança de caráter do CPMF e procurou pregar pelos quatro cantos da floresta, o fim do Robin Hood pois temia que ele fosse se apossar, somente, do dinheiro dos ricos e poderosos e deixar os mais pobres, impunes. O que fez então o Conde FHC? Ele aproveitou a situação do Robin Hood estar preso, e começou a fomentar a cabeça dos que iria julgá-lo, achando que com isso iria sangrar o seu magnânimo inimigo, o Conde Lula. Chegou o dia do julgamento, apesar dos apelos do Conde Lula para salvar o único fora-da-lei que poderia ajudar aos pobres e miseráveis a terem uma vida mais justa e sempre as custas dos mais ricos. Não foi possível salvar o nosso Robin Hood, ele foi julgado pelos nobres e condenado à morte. E assim termina a pobre estória do CPMF, assassinado com ajuda do próprio pai.
Apenas como contribuição estou repassando o 'libelo' do Alexei:
Senadores da Oposição: os que vão morrer lhes saúdam
Excelentíssimos Senadores da Oposição:
Nós, todas as mães que dependemos do Bolsa-Família para comprar o leite, o arroz e o feijão de nossos filhos, vos saudamos! Os senhores são gente de bem, sabemos. O fato de vocês terem votado contra a CPMF e nos retirado o leite, o arroz e o feijão, é só um pequeno detalhe. Detalhe irrevelante, dada a fúria patriótica com que os senhores nos retiraram o sonho e a esperança de criarmos nossos filhos com um pouquinho de dignidade! Os senhores se detém apenas nos assuntos de alta relevância nacional, bem o sabemos. Os senhores têm um ódio visceral ao presidente Lula e a sua renitente popularidade! Como pode? Um torneiro mecânico adorado pelo seu povo! Isso é uma heresia! Como tentaram sangrá-lo nesses 5 anos e não conseguiram, os senhores finalmente encontraram uma maneira de atingí-lo: nos massacrando! Sabem que Lula é um dos nossos e por isso viraram pra nós o canhão do vosso ódio de classe!
Os senhores finalmente conseguiram! Devem estar esfregando as mãos de satisfação! Conseguiram impor uma derrota ao presidente Lula! Pouco importa se nós, as mães que carregamos essa nação nas costas, perdermos nossos filhos de fome e subnutrição! É irrelevante que nossos filhos morram nas filas do SUS ou esperando um tratamento de referência, que dependia do dinheiro que os senhores nos tiraram! Mas o que isso representa na escala de vossas prioridades, não é mesmo?
Nós, que choraremos a morte de nossos filhos vos agradecemos, senadores da oposição! Agradecemo-vos por nos terem colocado em nossos lugares. Nós, que com o governo de Lula, ousamos pensar que tínhamos sido promovidos à categoria de seres humanos, descobrimos que a alegria de pobre dura pouco. Os senhores senadores da oposição, com a vossa realpolitik nos mandaram de volta ao nosso verdadeiro lugar! Sim. Somos a escória desse país e temos que nos recolher à nossa miséria para que os senhores possam degustar vosso caviar e vosso champanhe Don Perignon!
Allez, miserables! Nós cometemos o grave pecado de ascendermos ao mercado de consumo, e isso Vossas Excelências não toleram! Nós ousamos comprar uma TV melhorzinha, até um computador, já pensou? Que ousadia, não é mesmo? Vosso sonho é ter uma nação sem povo! Sem essa pobraiada para sujar vossos tapetes, comer vossa comida, tomar o leite de vossas crianças! Sem nós, o "vosso" país seria um paraíso!
Por isso, a noite de 12 de dezembro e 2007, ficará conhecida como a vossa "Noite de São Bartolomeu"! Vossos pogroms agora são mais modernos! Não mais usam os punhais parisienses! De vossas poltronas acolchoadas do Senado da República, saíram os comandos para nos assassinar! Para nos negar o direito de existir!
Muito obrigado, senhores senadores da oposição! A Indignidade e a Ignomínia saem de vossas bocas com um timbre tão macio e cordato que até nós nos convencemos que a culpa das mazelas brasileiras é mesmo nossa; dessa imensa massa de miseráveis que teima em continuar existindo!
Parabéns, Senhores Senadores da Oposição! Que nosso sangue ralo recaia sobre vossas cabeças! Os que vamos morrer vos saudamos!
Valeu Mello. Excelente trabalho. Vamos repercutir também. E segundo a folha de hoje, Crescimento tira 20 milhões da classe D/E. Digo eu, nisso consiste o governo Lula retirar milhões de pessoas da miséria. No entanto, os 35 BESTAS-FERAS, os 34 Senadores mais o FHC, não renovaram a CPMF visando apenas inviabilizar o governo Lula, sonhando, com isso, o retorno do neoliberalismo podre ao Poder. Acho que o Lula tem que bater com mais força e exigir lealdade da base aliada. Os sete desertores devem serem tratados assim, como desertores. O achaque e prejuízo que esses 35 BESTAS-FERAS fizeram ao País deve ser tratado como crime de lesa-pátria. Parlamentar tem que ter responsabilidade, não pode votar contra somente porque quer inviabilizar o Governo adversário. Trata-se de um voto corrupto, provavelmente, pago pela Fiesp e congêneres. O fato real é que nenhum ato de corrupção causou tanto malefício ao País quanto esse crime de irresponsabilidade praticado por esses 35 BESTAS-FERAS, (exceto, é claro, as privatizações irresponsáveis do FHC, cujo prejuízo à Nação é incalculável).
Não adianta chorar A economia é implacavel Se o estado gastar mais do que arrecadar vai haver inflação e vamos voltar aos anos Sarney de inflação 80% ao mes Se o estado continuar na sua gula arrecadatória vai inibir o crescimento e o emprego. O estado deve gastar bem sem desperdicio com o que é imprescindivel e universal 'EDUCAÇÂO BASICA` principalmente pois cria as bases para melhor higiene, controle de natalidade autonomo, prevenção de doenças,consciencia política social e ambiental. Portanto redução de 50% nos impostos 50% nos ministérios, 50% no congresso e maior eficiencia no gasto publico.
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Parabéns, Mello, sensacional.
ResponderExcluirLuisa P.
Curto e seco, bem na veia desses sem votos, como você diz.
ResponderExcluirMello,
ResponderExcluiressa é para quem não é assinante da Folha. Não sei se você leu o artigo de ontem. É sobre o Imposto sobre as Grandes Fortunas. O link é http://www1.folha.uol.com.br/fsp/opiniao/fz1412200709.htm
Segue o texto:
O imposto (cuidadosamente) esquecido
ALMIR TEUBL SANCHES
Rejeitada a prorrogação da CPMF, torna-se premente a retomada do debate acerca da instituição do Imposto sobre Grandes Fortunas
DE TUDO o que foi dito no longo debate sobre a prorrogação da CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira), o que mais causa espanto é justamente aquilo que foi esquecido. Quando de sua criação, na reforma tributária de 1993, a CPMF (então ainda IPMF) foi uma manobra da União para que pudesse resolver seu problema de caixa sem precisar instituir o Imposto sobre Grandes Fortunas (IGF).
Ou seja, por meio de uma reforma, criou-se um tributo até então inexistente para deixar cuidadosamente esquecido aquele que era previsto pela Constituição (artigo 153, VII), mas que mexia com grandes interesses.
Após quase 20 anos da promulgação da nossa Carta Magna, o IGF permanece, sintomaticamente, o único imposto de previsão constitucional não instituído.
Timidamente, apresentou-se, no início da década de 1990, uma meia dúzia de projetos de lei para cuidar dessa questão. As propostas que tratavam do IGF, claro, tiveram o mesmo destino da grande maioria das que atentam contra os interesses dos poderosos: a gaveta do Congresso Nacional, essa gaveta em que se guarda boa parte da história do que poderia ter sido nosso país.
Para ter uma idéia dos gigantescos interesses em jogo, numa síntese dos projetos apresentados, o IGF incidiria anualmente sobre o patrimônio líquido de pessoas físicas que ultrapassasse algo em torno de R$ 6 milhões, em valores atualizados. As alíquotas obedeceriam a uma tabela progressiva, variando entre 0,3% e 1%, sendo tanto maior quanto maior fosse a fortuna. Seria uma espécie de complementação do Imposto de Renda.
Assim, o IGF é o tributo que, por excelência, atende ao princípio basilar da capacidade contributiva, espinha dorsal da justiça tributária, ao dizer que cada pessoa deve contribuir na medida de sua aptidão econômica.
Curiosamente, entre os argumentos que derrubaram a CPMF, um dos mais eloqüentes foi justamente o de que ela desrespeitaria o princípio da capacidade contributiva. Que um princípio tão importante quanto esse seja usado quando interessa, mas esquecido quando convém, é algo que seria cômico se não fosse trágico.
Infelizmente, é preciso dizer que não passa de econômica a aptidão dos que têm grandes fortunas a contribuir, sendo ela barrada pela "inaptidão política" -o que fica patente pelo forte lobby no esquecimento do IGF, sob a roupagem de argumentos técnicos que não se sustentam. Entre estes, o que mais espanta é a alegação de que, uma vez instituído, o IGF seria vítima de fraudes.
Com efeito, a fraude às obrigações tributárias é uma realidade brasileira, mas não se pode conceber que o legislador deixe de exercer sua função, acovardando-se por temer não ser respeitado. Ora, as leis devem coibir as fraudes, e não o contrário. Do inverso, agiríamos como o covarde que, temendo perceber que está cego, jamais voltará a abrir seus olhos.
Inclusive, o IGF poderia, ele mesmo, transformar-se em um importante instrumento de fiscalização de inúmeros outros tributos, ao possibilitar o cruzamento de dados com outras declarações tributárias -função, aliás, que a CPMF exercia com louvor.
Um outro argumento, de que o IGF poderia reduzir a poupança interna e desestimular a interiorização de capitais externos, pode ser abandonado com facilidade: basta ver que a Suíça, sabidamente um dos países que mais recebem capitais externos do mundo, adotou imposto semelhante.
Um último argumento contrário ao IGF é a estimativa de que a arrecadação por ele gerada seria de pequena expressividade. Os que argumentam nesse sentido se baseiam na experiência internacional, mas se esquecem de que os países examinados têm em comum justamente aquilo em que se diferenciam do Brasil: são países desenvolvidos, com excelentes níveis de distribuição de renda.
Sem grandes desnivelamentos sociais, é natural que a arrecadação de um imposto sobre grandes fortunas não seja muito expressiva quando comparada à de outros tributos. Não é viável, no entanto, um país marcado pela injustiça social, em que a concentração de renda é uma das dez maiores do mundo, se dar ao luxo de esnobar o IGF ao fundamento de que a arrecadação seria baixa.
Com a rejeição da prorrogação da CPMF e os decorrentes problemas de caixa que a União fatalmente voltará a enfrentar, torna-se premente a retomada do debate sobre a instituição desse imposto.
Do contrário, se continuarmos encarando o IGF como um mero deslize do constituinte, melhor seria que o esquecêssemos de uma vez e, com ele, jogássemos fora o princípio da capacidade contributiva, que, no Brasil, infelizmente, se presta a pouco mais do que sustentar hipocrisias.
Como alguém consegue dormir com todo esse silêncio?
ALMIR TEUBL SANCHES, 28, mestrando em filosofia do direito pela USP, é procurador da Fazenda Nacional.
Mello,
ResponderExcluirAté parece que Villa Lobos compôs as "Baquianas" para acompanhar o féretro de tucanos e DEMos.
Dr. Almir,
Você foi brilhante em sua análise. Parabéns.
Era uma vez, em um país não muito distante, um famoso fora-da-lei de nome CPMF.
ResponderExcluirViveu nos século XX e XXI e segundo a lenda, retirava dinheiro de todos que moravam nesse país e distribuía toda quantia, para os ricos e aos pobres.
No começo, sendo a distribuição maior para os ricos e nobres. Era filho do Conde F.H. Coração de Melão que segundo o seu criador, o CPMF era um malfeitor necessário, mas com promessas de que iria ajudar a todos os pobres, o que no inicio da sua adolescência, nada que fora prometido ocorreu ocorreu.
Com o passar do tempo, esse personagem foi abandonado pelo seu pai.
Em um belo dia o CPMF foi adotado pelo Conde Lula, que o levou para habitar as florestas do Castelo da Esplanada. O seu novo tutor sempre procurava fazer a cabeça do rapaz, para que parasse de ser generoso somente para com os mais ricos e se doasse mais para os pobres, caso contrário seria preso e morto pelos habitantes do reino, contrários a sua existência.
No inicio do século XXI, o CPMF foi preso pelos amigos do Conde FHC que decretara guerra ao Conde Lula, por ele ter-lhe tomado o reino em uma memorável batalha pelo poder.
O CPMF aguardava julgamento preso em um escuro e horrendo calabouço, enquanto o reino permanecia dividido entre, solta-lo ou não.
Para salvá-lo, o Conde Lula conforme promessa decretada em público, de que o CPMF já estava sendo preparado psicologicamente, para retirar dinheiro somente dos mais ricos e doar em tributos aos mais pobres. Até mesmo, por isso, o CPMF recebeu carinhosamente o apelido de Robin Hood do reino, igual àquele inglês que retirava dos ricos e em seguida distribuía para os menos afortunados.
O seu criador o Conde F.H.Coração de Melão, ficou possesso com a possível mudança de caráter do CPMF e procurou pregar pelos quatro cantos da floresta, o fim do Robin Hood pois temia que ele fosse se apossar, somente, do dinheiro dos ricos e poderosos e deixar os mais pobres, impunes. O que fez então o Conde FHC? Ele aproveitou a situação do Robin Hood estar preso, e começou a fomentar a cabeça dos que iria julgá-lo, achando que com isso iria sangrar o seu magnânimo inimigo, o Conde Lula.
Chegou o dia do julgamento, apesar dos apelos do Conde Lula para salvar o único fora-da-lei que poderia ajudar aos pobres e miseráveis a terem uma vida mais justa e sempre as custas dos mais ricos. Não foi possível salvar o nosso Robin Hood, ele foi julgado pelos nobres e condenado à morte. E assim termina a pobre estória do CPMF, assassinado com ajuda do próprio pai.
Valdirio Antonio - Guerra v3guerra@terra.com.br
Muito bom, Mello! Que bando de canalhas! Espero realmente que seja o fim da carreira política desses bandidos.
ResponderExcluirApenas como contribuição estou repassando o 'libelo' do Alexei:
ResponderExcluirSenadores da Oposição: os que vão morrer lhes saúdam
Excelentíssimos Senadores da Oposição:
Nós, todas as mães que dependemos do Bolsa-Família para comprar o leite, o arroz e o feijão de nossos filhos, vos saudamos! Os senhores são gente de bem, sabemos. O fato de vocês terem votado contra a CPMF e nos retirado o leite, o arroz e o feijão, é só um pequeno detalhe. Detalhe irrevelante, dada a fúria patriótica com que os senhores nos retiraram o sonho e a esperança de criarmos nossos filhos com um pouquinho de dignidade!
Os senhores se detém apenas nos assuntos de alta relevância nacional, bem o sabemos. Os senhores têm um ódio visceral ao presidente Lula e a sua renitente popularidade! Como pode? Um torneiro mecânico adorado pelo seu povo! Isso é uma heresia! Como tentaram sangrá-lo nesses 5 anos e não conseguiram, os senhores finalmente encontraram uma maneira de atingí-lo: nos massacrando! Sabem que Lula é um dos nossos e por isso viraram pra nós o canhão do vosso ódio de classe!
Os senhores finalmente conseguiram! Devem estar esfregando as mãos de satisfação! Conseguiram impor uma derrota ao presidente Lula! Pouco importa se nós, as mães que carregamos essa nação nas costas, perdermos nossos filhos de fome e subnutrição!
É irrelevante que nossos filhos morram nas filas do SUS ou esperando um tratamento de referência, que dependia do dinheiro que os senhores nos tiraram! Mas o que isso representa na escala de vossas prioridades, não é mesmo?
Nós, que choraremos a morte de nossos filhos vos agradecemos, senadores da oposição! Agradecemo-vos por nos terem colocado em nossos lugares. Nós, que com o governo de Lula, ousamos pensar que tínhamos sido promovidos à categoria de seres humanos, descobrimos que a alegria de pobre dura pouco. Os senhores senadores da oposição, com a vossa realpolitik nos mandaram de volta ao nosso verdadeiro lugar! Sim. Somos a escória desse país e temos que nos recolher à nossa miséria para que os senhores possam degustar vosso caviar e vosso champanhe Don Perignon!
Allez, miserables! Nós cometemos o grave pecado de ascendermos ao mercado de consumo, e isso Vossas Excelências não toleram! Nós ousamos comprar uma TV melhorzinha, até um computador, já pensou? Que ousadia, não é mesmo? Vosso sonho é ter uma nação sem povo! Sem essa pobraiada para sujar vossos tapetes, comer vossa comida, tomar o leite de vossas crianças! Sem nós, o "vosso" país seria um paraíso!
Por isso, a noite de 12 de dezembro e 2007, ficará conhecida como a vossa "Noite de São Bartolomeu"! Vossos pogroms agora são mais modernos! Não mais usam os punhais parisienses! De vossas poltronas acolchoadas do Senado da República, saíram os comandos para nos assassinar! Para nos negar o direito de existir!
Muito obrigado, senhores senadores da oposição! A Indignidade e a Ignomínia saem de vossas bocas com um timbre tão macio e cordato que até nós nos convencemos que a culpa das mazelas brasileiras é mesmo nossa; dessa imensa massa de miseráveis que teima em continuar existindo!
Parabéns, Senhores Senadores da Oposição! Que nosso sangue ralo recaia sobre vossas cabeças! Os que vamos morrer vos saudamos!
Assinado: O povo da nação sem povo!
http://alexeievitchromanov.zip.net/
Li no blog Por 1 novo Brasil que esse vídeo era imperdível e tem razão, é mesmo, valeu, dez.
ResponderExcluirValeu Mello. Excelente trabalho. Vamos repercutir também. E segundo a folha de hoje, Crescimento tira 20 milhões da classe D/E. Digo eu, nisso consiste o governo Lula retirar milhões de pessoas da miséria.
ResponderExcluirNo entanto, os 35 BESTAS-FERAS, os 34 Senadores mais o FHC, não renovaram a CPMF visando apenas inviabilizar o governo Lula, sonhando, com isso, o retorno do neoliberalismo podre ao Poder. Acho que o Lula tem que bater com mais força e exigir lealdade da base aliada. Os sete desertores devem serem tratados assim, como desertores. O achaque e prejuízo que esses 35 BESTAS-FERAS fizeram ao País deve ser tratado como crime de lesa-pátria. Parlamentar tem que ter responsabilidade, não pode votar contra somente porque quer inviabilizar o Governo adversário. Trata-se de um voto corrupto, provavelmente, pago pela Fiesp e congêneres. O fato real é que nenhum ato de corrupção causou tanto malefício ao País quanto esse crime de irresponsabilidade praticado por esses 35 BESTAS-FERAS, (exceto, é claro, as privatizações irresponsáveis do FHC, cujo prejuízo à Nação é incalculável).
Não adianta chorar
ResponderExcluirA economia é implacavel
Se o estado gastar mais do que arrecadar vai haver inflação e vamos voltar aos anos Sarney de inflação 80% ao mes
Se o estado continuar na sua gula arrecadatória vai inibir o crescimento e o emprego.
O estado deve gastar bem sem desperdicio com o que é imprescindivel e universal 'EDUCAÇÂO BASICA` principalmente pois cria as bases para melhor higiene, controle de natalidade autonomo, prevenção de doenças,consciencia política social e ambiental. Portanto redução de 50% nos impostos 50% nos ministérios, 50% no congresso e maior eficiencia no gasto publico.