O Eduardo Guimarães, em seu Blog Cidadania, abriu para a jornalista da Folha Eliane Cantanhêde o que a Folha negou a ele: espaço.
Cantanhêde diz que vem sofrendo violentos ataques, desde que escreveu uma coluna alarmista na Folha, anunciando uma iminente epidemia de febre amarela. Disse que não queria espalhar o pânico, apenas fazer um alerta.
Mas basta ler os dois primeiros parágrafos do texto de Cantanhêde (chamado Alerta Amarelo!), que originou toda a celeuma, para a argumentação dela rolar ladeira abaixo: [o grifo é meu]
Com sua licença, vou usar este espaço para fazer um apelo para você que mora no Brasil, não importa onde: vacine-se contra a febre amarela! Não deixe para amanhã, depois, semana que vem... Vacine-se logo!
A febre amarela é uma doença infecciosa causada por vírus e pode ser fatal. Hoje mesmo (terça, 08/01), morreu um homem de 38 anos em Brasília, plena capital da República, com febre alta, dores musculares, náuseas e vômitos. Possivelmente, foi vítima da doença. O alerta nem é mais amarelo, já é vermelho. E a vacina é altamente eficaz. Tomou, está livre da doença. (A íntegra do texto está aqui)
Mandar todo mundo se vacinar porque um homem morreu possivelmente vítima da doença, dona Cantanhêde... Como diria o falecido Bussunda, Fala sério!...
Fico imaginando qual seria a reação da colunista da Folha, caso o morto de Brasília tivesse realmente (e não apenas possivelmente) sido vítima da doença.
Ela atearia fogo às vestes? Incendiaria o Planalto, como uma Nera hodierna? Pediria o impeachment de Lula?
Qual a sua opinião, meu arguto leitor, minha sagaz leitora? Terá alguma raiz freudiana a reação histérica de Cantanhêde ante a picadura do mosquito? É coisa do demo? Ou só tucanagem?
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