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Folha mente sobre Lula, corrige na matéria, mas mantém título mentiroso

Em mais uma etapa de sua perseguição política ao presidente Lula, a Folha publicou na rede X, antigo Twitter, o anúncio de uma notícia falsa que remetia a um link do jornal protegido por paywall. Ou seja, somente assinantes podem ler a matéria.

O título diz: "Lula não menciona morte de brasileiro refém do Hamas e mantém críticas a Israel".

 


Repare no horário e na data da publicação: 2:35 PM (14h35), 25 de maio.

Só que, no dia anterior, 24 de maio, às 7:55 AM (7h55), portanto, quase 31 horas antes da postagem da Folha, Lula postou em seu perfil na mesma rede X:

"Soube, com imensa tristeza, da morte de Michel Nisembaum, brasileiro mantido refém pelo Hamas. Conheci sua irmã e filha, e sei do amor imenso que sua família tinha por ele. Minha solidariedade aos familiares e amigos de Michel. O Brasil continuará lutando, e seguiremos engajados nos esforços para que todos os reféns sejam libertados, para que tenhamos um cessar-fogo e a paz para os povos de Israel e da Palestina."



A Folha corrigiu a informação no jornal (onde só assinantes podem ler) mas manteve a mentira na rede X. Ela continua lá, desinformando.

No jornal, a matéria continua a mesma, com um acréscimo sem vergonha na linha fina e no corpo, que desmentem o título.

Na linha fina:

"Presidente pediu em Guarulhos solidariedade a palestinos; na véspera, petista se manifestou sobre Michel Nisenbaum nas redes

No corpo da matéria:

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a criticar neste sábado (25) Israel por sua atuação na Faixa de Gaza, afirmando que não pode se calar "diante de aberrações". Ele também pediu solidariedade às mulheres e crianças palestinas.

Embora tenha abordado o conflito no Oriente Médio, Lula não mencionou a confirmação da morte do brasileiro Michel Nisenbaum, 59, que era um dos reféns do grupo terrorista, durante discurso feito em Guarulhos (Grande SP).

O mandatário se manifestou sobre o tema logo após a confirmação da morte, ocorrida nesta sexta-feira (24), mas pelas redes sociais.

Em vez de fazer o óbvio, reconhecer o erro, a Folha prefere manter a mentira do título e apenas citar que o presidente não se manifestou sobre o brasileiro morto em Guarulhos, mas pelas redes sociais, quase 31 horas antes da Folha vir com sua mentira.

É a inversão da realidade. É caso do rabo balançar o cachorro. Quer dizer que a notícia só vale se for na presença de repórter da Folha? Se a Folha não viu não aconteceu?

Fato é que a notícia mentirosa continua na rede X, desinformando e alimentando os adversários do governo do presidente Lula.



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Folha faz propaganda disfarçada de produto proibido e leitores não perdoam

A Folha parece que adotou ou foi adotada pela indústria do tabaco. Além de ter seu projeto de checagem patrocinado pela Philip Morris Brasil, publicou uma propaganda descarada de produto proibido pela Anvisa, disfarçada de matéria. Um oferecimento da BAT Brasil, que significa British American Tobacco do Brasil. Mais conhecida como antiga Souza Cruz.

O título já diz tudo o que interessa ao capitalismo: "Governo perdeu R$ 3,4 bilhões em impostos com veto a cigarros eletrônicos, diz Fiemg (Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais )". O estudo foi patrocinado pela BAT Brasil e trabalha com valores que deixam os neoliberais em gozo.

Mesmo sendo proibido no Brasil, "somente entre 2022 e 2023, as vendas cresceram tanto que a projeção de tributos que o governo deixou de receber chegou a R$ 3,4 bilhões —R$ 1,2 bilhão a mais do que o projetado para 2022". Fala também na até possível geração de 124,5 mil novos postos de trabalho formais e informais.

"Dentre os benefícios, estima-se que a demanda potencial poderia representar um mercado de R$ 10,5 bilhões ao ano, enquanto a arrecadação poderia chegar a R$ 3,4 bilhões em impostos federais", diz o economista-chefe da Fiemg, João Gabriel Pio.

Os leitores perceberam a manobra da propaganda travestida de reportagem e desceram o pau na Folha. A começar pelos comentários no próprio jornal: 

  • "Vocês não tem vergonha na cara em fazer esse tipo de conta? Quanto vale a vida humana?"
  • "Isso Julio, recomendo estão que você, seus filhos e seus netos se empenhem bastante em fumar esses dispositivos, no intento de colaborar com a economia do país!!"
  • "Que matéria vergonhosa e absurda FSP!! "Postos de trabalho" às custas de câncer na população??? Tudo pelo dinheiro? Por isso que nosso país está essa maravilha....veja o nível da "elite" intelectual...."
  • "Abrir o mercado para a venda de produtos nocivos à saúde da população para arrecadar impostos. Qualquer comentário a respeito dessa ideia com certeza seria censurado por causa da linguagem usada: agressiva e de baixíssimo calão."
  • "Estudo patrocinado por produtora de cigarro. Isso é assessoria de imprensa. E o impacto dos cigarros no SUS? Certamente muito maior. Quais doenças esse cigarro acarreta? Vocês deviam ter vergonha de publicar isso."

Os nomes dos assinantes estão na Folha, e esses são apenas alguns dos comentários negativos.

No X, antigo Twitter, a reação não foi menor. São mais de mil comentários, uma maioria de mais de 90% criticando de modo veemente o jornalão.



Na luta pela sobrevivência a mídia corporativa lança mão de qualquer recurso, até propagandear um produto proibido no Brasil, que mata, fingindo que faz reportagem. 


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Para Checamos, da Folha: É fato que 4 Marlboro Men morreram de câncer no pulmão?

A Folha lança hoje o projeto Checamos. O jornal publicou matéria ontem anunciando o projeto, que teria "o objetivo de verificar conteúdos potencialmente falsos que estão viralizando nas redes sociais e aplicativos de mensagem para levar a informação correta ao leitor".

"Combater a desinformação é atividade precípua do jornalismo; combatê-la em tempos do acelerador de partículas de fake news que são as redes sociais torna-se imperativo", afirma Sérgio Dávila, diretor de Redação.

O projeto é financiado pela Philip Morris Brasil, indústria de tabaco, mundialmente conhecida pela marca Marlboro.

Comentamos aqui a incoerência de um projeto que busca a verdade ser apoiado por uma indústria que tem que se apoiar em mentiras ou pelo menos ocultar a verdade para sobreviver.

Se dissessem a verdade sobre o produto que vendem à população, quem os consumiria, sabendo que podem adquirir:

  • dependência da nicotina,
  • doenças respiratórias e cardiovasculares,
  • diversos tipos de câncer, como de boca, garganta e principalmente pulmão?

Uma das primeiras perguntas feitas pelos médicos numa consulta é se o paciente fuma ou não, tamanhos os malefícios que o tabaco provoca na saúde.

Aproveitando os dois temas, a criação do Checamos e o patrocínio da Philip Morris Brasil, gostaria que me tirassem uma dúvida.

Muita gente não acredita nas informações contidas na Wikipedia. Lá eu li as seguintes informações sobre o Marlboro Man, o Homem de Marlboro no Brasil, uma das mais famosas campanhas publicitárias de todos os tempos. Quem assistiu à excelente série Mad Man acompanhou a discussão em torno da campanha.

Pela Wikipedia, quatro de cinco atores que participaram da campanha como Marlboro Man morreram de câncer no pulmão. O quinto, de enfisema pulmonar. Todas ligadas ao consumo de cigarro.

Cinco homens que apareceram em anúncios morreram de doenças pulmonares:

  1.     David Millar, Jr., o original Marlboro man, morreu de enfisema pulmonar em 1987.
  2.     David McLean, outro Marlboro man, morreu de câncer de pulmão aos 51 anos.
  3.     Dick Hammer, o único que não era um cowboy na vida real, morreu de câncer de pulmão, mas não era fumante.
  4.     Wayne McLaren, o primeiro que interpretou o Marlboro man, morreu de câncer de pulmão em 1992, aos 52 anos. McLaren testemunhou a favor da legislação antitabagismo na idade de 51. Durante o tempo de ativismo antitabagismo de McLaren, a Philip Morris negou que a McLaren já tivesse aparecido em qualquer anúncio de Marlboro, em resposta, McLaren recolheu o depoimento de uma agência de talentos que o representou e um cheque de pagamento confirmando que ele tinha sido pago para um trabalho "impresso da Marlboro".
  5.     Eric Lawson, que era fumante desde os 14 anos, foi contratado para participar nos anúncios da Marlboro entre 1978 e 1981, e morreu com câncer no pulmão, aos 72 anos no dia 10 de janeiro de 2014.

Gostaria que o projeto Checamos confirmasse a veracidade da informação.



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Folha lança projeto de checagem com patrocínio da 'indústria da mentira'

A Folha lança hoje oficialmente o projeto Checamos, com o objetivo de checar a veracidade das notícias e combater as fake news, a desinformação. 

O problema é que o projeto tem o patrocínio da "indústria da mentira", representada pela Philip Morris Brasil, produtora de tabaco, que mente no primeiro parágrafo de sua apresentação ao visitante de seu site:

"Bem-vindo à Philip Morris Brasil. Somos a segunda maior empresa de tabaco do país e temos o orgulho de oferecer produtos de qualidade para adultos fumantes brasileiros há 50 anos."

Qual a qualidade de um produto que é responsável pela morte de mais de 8 milhões de pessoas por ano no mundo, sete milhões por uso direto do tabaco e mais de 1,2 milhão de mortes por fumo passivo? Esses são números da Organização Pan-Americana da Saúde.

  • O tabaco mata até metade de seus usuários.
  • O tabaco mata mais de 8 milhões de pessoas a cada ano. Mais de 7 milhões dessas mortes são resultado do uso direto do tabaco, enquanto cerca de 1,2 milhão são resultado de não-fumantes expostos ao fumo passivo.
  • Quase 80% dos 1,1 bilhão de fumantes do mundo vivem em países de baixa e média renda.

No Brasil, houve época em que a propaganda do fumo era permitida. As indústrias do setor estavam entre os maiores anunciantes do país.

Os anúncios associavam o consumo de cigarros ao esporte, a um mundo de aventuras, à companhia de belas mulheres, "ao sucesso" — como dizia o slogan de uma das marcas mais famosas.

Tudo mentira. O consumo de cigarro leva o indivíduo ao enfisema pulmonar, a diversos tipos de cânceres, a doenças cardíacas e respiratórias.

Como é uma indústria poderosa, que emprega ainda muita gente, sobrevive como pode, cada vez mais bloqueada por leis, que sabem dos prejuízos causados à saúde dos cidadãos e ao sistema de saúde dos países, sobrecarregado por consumidores vítimas do tabaco.

Mas a restrição ao consumo de tabaco no mundo é cada vez maior. A Finlândia tem um projeto de abolir o tabaco no país até 2040. O plano tem duas frentes:

  • prevenir que cidadãos comecem a fumar
  • ajudar fumantes a largar o vício

 

Mundo sem Tabaco (e sem fake news)

 

No Dia Mundial sem Tabaco, 31 de maio, do ano passado, o diretor executivo da Fundação do Câncer, cirurgião oncológico Luiz Augusto Maltoni, reconheceu que esse é um desafio imenso ainda.

“Porque a gente sabe que o Brasil é um grande produtor de tabaco, principalmente na Região Sul. E é difícil sensibilizar aquela população do cultivo de que é importante mudar a cultura para outros tipos de plantio. Sobretudo porque naquela região existem incentivos por parte dos governos locais. Fica difícil mudar uma cultura que vem, muitas vezes, de gerações de famílias que cultivam tabaco. É um trabalho que ocorre não só no Brasil, mas no mundo todo e a OMS pegou isso como uma bandeira importante no contexto todo do controle do tabaco”, disse o médico.

Além de causar dependência, o fumo provoca quatro vezes mais doenças coronarianas, acidente vascular cerebral (AVC); 12 vezes mais doenças de pulmão; no caso das mulheres, de 12 a 13 vezes mais câncer de pulmão; no caso do homem, mais 23 vezes câncer de pulmão. “A gente está cansado de saber o mal que o hábito de fumar traz para o organismo humano. Fora isso, a ideia este ano é chamar a atenção para o mal que faz para a natureza e a sociedade como um todo, a poluição que causa”.

A indústria do tabaco produz toneladas de lixo tóxico, com substâncias jogadas nos mais diversos lugares: ruas, praias, oceanos, rios. Um volume gigantesco de material não reciclável com um volume grande de substâncias tóxicas. Além de poluir nossos corpos, polui o meio ambiente, degrada a natureza.

Proibida de anunciar, a indústria se reinventa com os cigarros eletrônicos, que a Anvisa recentemente confirmou a proibição no Brasil, e com a busca de limpeza de sua imagem. 

Porque não é fácil admitir que você vive de fabricar produtos que vão causar mais malefícios que benefícios a seus utilizadores.


 
Associando a indústria ao combate à desinformação, a Philip Morris Brasil quer ligar sua marca a uma ideia positiva. Associar a marca à verdade, à informação correta. Quando a informação correta está contida, obrigatoriamente e por lei, nas diversas advertências nos maços de cigarro.

Encontrou a Folha, disposta a queimar o que resta de credibilidade de sua marca servindo de lavagem de imagem da indústria do tabaco.




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Lula diminui preço da conta de luz. Folha vai lá e aumenta

Saudosa dos tempos de Paulo Guedes, a Folha não se permite anunciar uma medida positiva do governo Lula, sem procurar uma adversativa ou suposto problema futuro

O presidente Lula assinou nesta terça-feira (9) uma Medida Provisória com o objetivo de diminuir o preço da conta de luz. A medida trará uma diminuição de 3,5% a 5% no valor da conta.

Isso a Folha não diz no título. Prefere destacar um hipotético aumento que pode vir a acontecer daqui a cinco anos, em 2029, de 7%.


 

Vamos supor uma conta de R$ 100, e perguntar ao povo se ele prefere:

  • continuar a pagar os R$ 100, ou
  • pagar R$ 95 agora e R$ 101.65 (95 + 7%) em 2029.

A má-vontade da Folha em relação ao governo Lula beira a má-fé. O país está se recuperando do terremoto com tsunami que foi o governo Bolsonaro, cuja política econômica a Folha aplaudiu de pé, criticando apenas os maus modos de Bolsonaro à mesa...

No entanto, toda ação positiva do governo vem sempre acompanhada de uma adversativa: mas, porém, contudo.

No caso do barateamento do custo da energia elétrica, que dói fundo no bolso, em vez de mirar o desconto de agora, prefere destacar um possível aumento futuro.

O ministro das Minas e Energia Alexandre Silveira comentou sobre essa cobrança da mídia e reconheceu que será um desafio manter a tarifa mais baixa nos anos seguintes. 

 "É um desafio que nós não teremos trégua. Vocês [da imprensa] sempre demandando e nós sempre tentando dar respostas, buscando cada vez mais criatividade e vigor na busca de equilibrar.

"Vamos corrigir um erro grotesco do governo anterior. Alguém achou uma ótima ideia fazer negócios com juros elevadíssimos e jogar o boleto no colo dos brasileiros e das brasileiras mais pobres e da classe média, que são os consumidores regulados", afirmou Silveira na cerimônia.


Além dos juros do Banco Central, dos urros da extrema direita, do Centrão glutão, o governo do presidente Lula tem que enfrentar a batalha diária que lhe impõe a mídia, que vocaliza o mercado financeiro e não o dia a dia da maioria da população.

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No dia do aniversário da tentativa de golpe, Folha deu manchete negativa para autistas. Por quê?

Difícil entender. Ontem, dia 8, a tentativa de instaurar uma ditadura militar no Brasil completou um ano. No entanto, a Folha escolheu uma manchete que não tinha nada a ver com o fato, exatamente o que aconteceria, caso o golpe tivesse sido bem sucedido e a censura instaurada no Brasil.

"Autismo custa mais a planos de saúde o que câncer, diz setor". Esta a manchete principal da Folha de ontem.

Em vez de estar "de rabo preso com o leitor", como já foi seu slogan, a Folha assume o lado dos planos de saúde e faz uma "queixa deles". 

E até nisso são mais realistas que o rei. Pois a própria FenaSaúde (Federação Nacional de Saúde Suplementar) diz que o problema principal é outro:

Segundo Vera Valente, diretora da FenaSaúde, o setor tem enfrentado casos de fraudes praticadas por clínicas que estão pagando planos de saúde em nome de pacientes para solicitar reembolso de tratamentos com sobrecarga de horário, entre outras distorções.

"O que questionamos são os abusos. A maioria dos beneficiários, que age corretamente, está pagando a conta de quem faz abusos. Há situações escancaradamente fraudulentas. Há casos de paciente com 82 horas de terapia semanal. É inviável. Um paciente de 11 anos apresentou 154 solicitações de reembolso em pouco mais de dois anos. Só em psicoterapia foram 1.800 sessões, um total de R$ 550 mil", diz Valente.

Como diz a diretora do FenaSaúde, na própria matéria da Folha, o problema não está nos autistas, mas nas fraudes. E isso quem tem que resolver são os planos de saúde aperfeiçoando seus processos.

Manchetar contra os autistas e seus familiares é covarde, pois são as partes mais fracas no processo. E, como vimos na matéria, a parte principal do problema são as fraudes, que devem ser combatidas pelos próprios planos de saúde em seus processos de gestão. Os autistas e seus familiares não podem ser responsabilizados por isso.

 

Por outro lado... Faltou a Folha informar

 

As reclamações contra os planos de saúde aumentaram quase 50% em 2023, segundo a Agência Brasil, citando dados divulgados pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). 

Segundo a agência reguladora, o número de reclamações assistenciais e não assistenciais em 2023 superou os três anos anteriores em todos os meses do ano e chegou ao maior patamar em agosto, com 36.799 notificações de usuários dos planos de saúde. As reclamações referentes à assistência dos planos somaram 82,7% das notificações registradas pela agência até outubro.

Os dados da ANS permitem calcular o Índice Geral de Reclamações, que aumenta conforme a insatisfação dos usuários. Segundo a agência, os planos de assistência médica tiveram 55,1 reclamações para cada 100 mil beneficiários. Essa proporção era de 24,1 em 2020; de 30,2 em 2021 e de 36,8 em 2022.

A manchete da Folha no dia do golpe foi um jabuti em cima da árvore, provavelmente colocado lá pelo departamento comercial em busca de anúncios.

Ou será que, mais que isso, é propaganda disfarçada de jornalismo como na parceria da Folha com o prefeito Ricardo Nunes?


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Eleitor de São Paulo: Em matérias da Folha sobre eleições, lembre-se disto

A Folha tem historicamente uma, digamos, implicância com a esquerda, o PT e especialmente o presidente Lula. 

A Folha, que já defendeu que a ditadura militar foi uma ditabranda, publicou em sua primeira página uma infame ficha falsa de Dilma, ainda com uma acusação também falsa de um suposto plano de sequestro do então ministro da Fazenda da ditadura Delfim Netto.

Mas, especificamente na eleição para a prefeitura de São Paulo, o eleitor paulistano tem que se lembrar de uma denúncia do ano passado, que pode já estar esquecida em meio a tantas outras notícias: durante pelo menos 11 meses a Folha recebeu pagamentos milionários da prefeitura de Ricardo Nunes para travestir propaganda de reportagem. O assinante do jornal pensava estar lendo uma reportagem, mas era propaganda disfarçada, como mostrou o Intercept em agosto de 2023: 

Desde o ano passado, foram quase R$ 3 milhões despejados pela prefeitura de Ricardo Nunes na Folha por meio de um contrato com a agência de publicidade Propeg. Como resultado, só nos últimos dois meses, 61 artigos elogiosos à prefeitura foram publicados no jornal, inclusive com tuítes patrocinados. 

Era propaganda fingindo ser jornalismo.

Com a denúncia, a Folha passou a destacar a propaganda. Mas a máscara ficou pregada à cara.

Durante quase um ano a Folha enganou seus leitores, em troca de aproximadamente R$ 3 milhões — apenas entre o que foi levantado pela reportagem e naquele período.

Isso não pode ser esquecido. Especialmente nas eleições da capital de São Paulo este ano.

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Racha na midiazona. O Globo e Folha batem cabeça em editoriais antagônicos sobre decisão do STF

A decisão do STF de que meios de comunicação podem ser responsabilizados civilmente no caso de publicação de entrevista que impute de forma falsa crime a terceiros, quando há indícios concretos de que as declarações são mentirosas, conseguiu o impensável: rachou o monolítico grupo da mídia comercial brasileira.

Ontem, Folha e O Globo lançaram editoriais antagônicos sobre o tema.

O Globo começou compreendendo o sentido da decisão do STF, já no título e na linha-fina:

Decisão do STF respeita caráter do jornalismo

Ao divulgar acusações falsas de terceiros, veículo de imprensa só poderá ser punido se houver má-fé

A Folha vai no sentido oposto já chutando a canela:

Capítulo sombrio

Contra a própria história, STF abre brecha para ataque à liberdade de informação

O primeiro parágrafo do Globo segue positivo com a medida:

Foi positiva a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que fixou uma tese para os casos em que veículos de imprensa publicam em entrevistas declarações com acusações falsas. Embora ainda haja dúvida sobre como será interpretada, a tese consagra de forma clara a plena liberdade de informação e expressão, determinando que uma empresa jornalística só pode ser considerada responsável por declarações caluniosas de seus entrevistados se tiver sido deliberadamente negligente na tentativa de apurar os fatos.

Já a Folha vai em sentido oposto, nos dois primeiros parágrafos:

Capitaneados por Alexandre de Moraes, os atuais ministros do Supremo Tribunal Federal mostraram-se dispostos, na última quarta-feira (29), a inaugurar um capítulo sombrio na história da corte.

Como se ignorassem que o STF tem longa tradição na defesa inequívoca da liberdade de imprensa, resolveram flexibilizá-la; como se desconhecessem a relação vital entre democracia e liberdade de informação jornalística, cercearam esta e arriscaram aquela; como se pudessem desconsiderar a Constituição, deram as costas para ela.
Mais adiante em seu editorial, O Globo vê a medida como positiva para o jornalismo:

A tese consensual, que deverá ser aplicada a pelo menos 119 outros casos, reitera a jurisprudência consagrada no Supremo sobre liberdade de expressão. Reafirma que a Constituição proíbe qualquer tipo de censura prévia, mas há possibilidade de responsabilização posterior pela publicação de informações “comprovadamente injuriosas, difamantes, caluniosas, mentirosas”. No caso de um entrevistado atribuir falsamente crime a terceiros, o veículo de comunicação só poderá ser considerado responsável se duas condições forem satisfeitas. Primeiro, se na época da publicação havia “indícios concretos” de que a acusação era falsa. Segundo, se ele tiver deixado de “observar o dever de cuidado” ao verificar os fatos.

A principal virtude da tese é contemplar as circunstâncias singulares da atividade jornalística. A imprensa tem o dever de divulgar informações no calor dos acontecimentos e, embora deva ser responsável pelo que publica, não está à prova de erros. Se fatos ou declarações de terceiros depois se revelam equivocados, a única justificativa para punição é ter havido negligência ou má-fé. É esse o espírito da tese.

Já a Folha segue mostrando os dentes e atacando até a decisão do  STF no caso singular que gerou a medida mais ampla, a condenação do Diário de Pernambuco por publicar durante anos notícia sabidamente mentirosa e caluniosa, classificada pela Folha como absurda.

Não são outras as consequências do julgamento sobre um pedido de indenização feito ao Diário de Pernambuco por conteúdo publicado em 1995, no qual o STF deliberou que o veículo de comunicação pode ser responsabilizado na esfera civil pelas declarações de um entrevistado que impute falsamente prática de crime a terceiro.

O que seria apenas uma decisão absurda tomada por um órgão judicial adquiriu outra dimensão quando o Supremo, sem necessidade, optou por extrapolar do caso concreto para o universal, fixando uma tese geral a ser utilizada como baliza em situações semelhantes.

De acordo com o STF, na hipótese de um entrevistado atribuir a outrem a prática de um crime, a empresa jornalística somente poderá ser responsabilizada se, "à época da divulgação, havia indícios concretos da falsidade da imputação" e, ao mesmo tempo, o veículo não tiver observado "o dever de cuidado na verificação da veracidade dos fatos".

O que fica claro nos dois editoriais é que O Globo concorda com a medida e a Folha acha um absurdo que o STF possa vir a cercear seu direito de mentir.

O jornalismo declaratório praticado pela mídia comercial muitas vezes é usado para objetivos que não têm nada a ver com jornalismo.

Quando, por exemplo, seguem manchetando declarações mentirosas de Bolsonaro de que foi roubado nas eleições, o que é sabidamente tão falso que ele já está até condenado por isso, não estão praticando jornalismo, estão desinformando, o que é o exato oposto de jornalismo.

Ao defender que se possa divulgar apenas a declaração mentirosa sem contextualizá-la e não ser punida por isso, a Folha não está exercendo a liberdade de informação, mas o antijornalismo, com um objetivo que só ela pode esclarecer. 

A verdade é que o STF decidiu não contra a liberdade de imprensa, mas contra a liberdade de mentir.

O Globo entendeu o espírito da decisão. A Folha da ditabranda, da ficha falsa de Dilma defende que possa continuar a mentir impunemente.

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Cruel. Folha publica que 'Taylor Swift ignora morte e deixa público eufórico'

Depois de ter publicado no dia anterior que o governo de presidente Lula queria obrigar as pessoas a beberem água nos shows, a Folha hoje lança esse título no mínimo infeliz, mas, na verdade, cruel.

"Taylor Swift ignora morte e deixa público eufórico" liga diretamente um acontecimento triste à euforia dos fãs da cantora. Como se uma coisa fosse consequência da outra. Tipo "não me fale em morte, paguei para me divertir". Será?

Não é possível que não tenha ninguém ali na redação para dizer que juntar as duas informações leva à conclusão de que cantora e plateia não estavam nem aí para a morte de outra fã de Taylor Swift, a jovem Ana Clara Benevides Machado, de 23 anos. 

Ou será que, no fundo, o título está certo e nossa sociedade é que está muito errada?

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Segue o viés negativo da Folha contra o governo do presidente Lula

Ao que parece, a Folha deseja ser a Veja atualizada: uma versão 2.3 da perseguição infame que Veja moveu contra os governos passados de Lula e Dilma.

O viés é sempre negativo e, como no caso da imagem acima, desmoralizado pela própria matéria, a tal ponto que chego a pensar que o título não é de Mônica Bergamo, mas de um editor executor do folhismo. 

O que o corpo da matéria mostra é que Janja é aprovada por todos os segmentos (uns mais, outros menos), exceto obviamente e, me arrisco a dizer por enquanto, os eleitores do criminoso fujão. Confiram:

A primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, tem uma pior avaliação entre evangélicos do que entre católicos e praticantes de outras religiões, mostra pesquisa Quaest. Entre os que se declaram protestantes, 29% rejeitam a socióloga, percentual praticamente idêntico aos 30% que a aprovam.

Já entre católicos a reprovação é de apenas 15%, contra 46% que têm uma avaliação positiva da mulher de Lula (PT). A aprovação da primeira-dama é de 52% entre os respondentes que dizem ser adeptos de outras denominações e de 41% entre os que declaram não ter religião alguma.

No total geral da população, 41% dizem ver a atuação da primeira-dama como positiva, 22% acreditam que ela é regular e 19% dizem que ela é negativa.

Na divisão por regiões, a pesquisa ainda mostra que Janja é mais bem avaliada entre nordestinos (56% avaliam sua atuação positivamente, contra 11% de negativo), mulheres (46% delas aprovam a primeira-dama, contra 36% dos homens), negros (43%, contra 40% dos brancos) e aqueles que recebem até dois salários mínimos (44%).

Entre os entrevistados que votaram em Lula no segundo turno das eleições de 2022, Janja tem a sua atuação vista como positiva por 66%, como regular por 19% e como negativa por 3%. Já entre os eleitores de Jair Bolsonaro (PL) o índice de rejeição é de 46% e o de aprovação, de 12%.

A pesquisa ouviu 2.016 pessoas da última sexta-feira (10) até segunda (13) e tem margem de erro de 2,2 pontos percentuais para mais ou para menos. O levantamento é financiado pela corretora de investimentos digital Genial Investimentos, controlada pelo banco Genial.

A margem de erro para as respostas sobre religião, por sua vez, é de quatro pontos percentuais para mais ou para menos. Para o subgrupo das mulheres essa margem é de três pontos percentuais para mais ou menos, e para o Nordeste, de quatro pontos.

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