Roberto Civita quer imprensa acima da lei

Ainda a respeito da Conferência sobre Liberdade de Imprensa, que está acontecendo na Câmara dos Deputados, em Brasília, destaco outro trecho da reportagem de O Globo, hoje:

O presidente da Editora Abril, Roberto Civita, afirmou que nenhuma lei deve restringir a atividade dos meios de comunicação.

Ele disse que a auto-regulação e a livre concorrência são as melhores formas de evitar eventuais abusos ou distorções na circulação das notícias.

- Na imprensa, quanto menos legislação, melhor. Todas as vezes em que se tenta legislar ou enquadrar atividades que deveriam ser livres, a democracia corre riscos - alertou.

Essas, segundo O Globo, são palavras do homem que já afirmou que a revista Veja, publicada pelo grupo presidido por ele, tem que se curvar ao desejo de seus leitores por uma revista indignada, que pegue pesado. Da revista especialista em assassinatos de reputação, como tem mostrado o dossiê Veja. Da revista que tem um blog infame, que usa de todos os artifícios para ofender, difamar e desqualificar os que pensam de forma diferente.

Quer dizer, então, senhor Civita, que se deve liberar geral, pois a livre concorrência entre vocês (Abril, Estadão, Folha, Organizações Globo) e a auto-regulação também exercida por vocês (Abril, Estadão, Folha, Organizações Globo) seriam suficientes para garantir a liberdade e a democracia no Brasil?

Mas, como assim, liberdade, se as Organizações Globo detêm 70% dos investimentos em publicidade e propaganda, e são praticamente monopolistas no Rio de Janeiro, por exemplo, com a concentração de rádios, TV, jornais e internet? Como assim, liberdade, se a Abril detém hoje o monopólio da distribuição de revistas em bancas, com uma concentração de absurdos 100%?

A liberdade de imprensa deve ser total, assim como a liberdade de expressão de todo cidadão brasileiro. Sem censura prévia. Mas dentro dos limites estabelecidos em lei. Portanto, todos devem responder pelo que afirmam, informam, fazem.

Sem Lei há o império do mais forte. É isso o que vocês pretendem. Agir sem limites. Mas, por quê? Quem lhes concedeu esse direito?

Na democracia representativa, só quem tem opinião absolutamente livre, sem restrição alguma, são os eleitos pelo povo, em votação direta. Estes não podem ser condenados por delitos de opinião.

Candidatem-se, elejam-se e falem à vontade. Como jornalistas, são cidadãos comuns, como qualquer de nós.

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Miro Teixeira pensa que todo brasileiro é deputado

Está havendo uma Conferência sobre Liberdade de Imprensa, na Câmara dos Deputados, em Brasília. O Globo de hoje publica uma inacreditável declaração do deputado e ex-ministro das Comunicações do governo Lula, Miro Teixeira (PDT-RJ).

Segundo Miro, a Justiça deveria parar com a obrigatoriedade da publicação ou exibição dos direitos de resposta, como a reprodução de sentenças etc., como é feito hoje. A medida impediria, por exemplo, o direito de resposta de Leonel Brizola (líder e fundador do partido a que pertence Miro), um dos momentos imperdíveis da televisão brasileira em todos os tempos [clique aqui para assistir Vale a pena ver de novo: Cid Moreira lê direito de resposta de Brizola no Jornal Nacional].

Segundo declaração que O Globo atribui ao deputado, Miro acha que “quem se julga ofendido pela imprensa deveria convocar entrevistas coletivas e disputar espaço no noticiário para se defender”.

É uma declaração que só pode ser vista como piada, e sem graça alguma. Imagine você que me lê sendo acusado pela Veja e convocando uma coletiva para se defender...

Pense comigo: se nem o dossiê Veja, do jornalista Luis Nassif - que fez parte do conselho editorial da Folha de S. Paulo - recebe uma linha sequer da grande imprensa, imagine sua defesa, meu caro leitor, minha querida leitora...

Deputado, a imensa maioria dos brasileiros só consegue atenção da imprensa quando é vítima de crime ou comete um. Nem todo mundo é parlamentar ou prefeito ou governador de estado para convocar coletivas...

O dever da Justiça é proteger os mais fracos da força dos mais poderosos e não liberar geral para os grandes grupos de mídia escreverem a seu modo a História do Brasil.

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Documentos comprovam envolvimento dos EUA na tentativa de desestabilização da Bolívia

Veja esta entrevista em que a advogada venezuelana-americana Eva Gollinger denuncia, no programa La Hojilla, da emissora venezuelana VTV, o envolvimento direto dos Estados Unidos na vida política boliviana, com o objetivo de fomentar movimentos oposicionistas ao governo de Evo Morales.

Gollinger exibe documentos oficiais do governo americano que comprovam a remessa de milhões de dólares para o patrocínio de movimentos separatistas e golpistas da chamada Media Luna boliviana.

Na entrevista, a advogada apresenta um dossiê sobre o embaixador americano, Philip Goldberd, que serviu como embaixador no episódio separatista do Kosovo, e assumiu o cargo na Bolívia logo após a posse de Evo Morales.

Entre os documentos apresentados por ela há um que mostra que o governo americano paga a jornalistas para escreverem matérias e artigos favoráveis às diretrizes traçadas por Washington.

Nada disso é novidade. É a mesma estratégia aplicada em outros países, desde o Chile de Allende, em 1973, passando pela Venezuela e agora a Bolívia.

Fico pensando quando teremos uma Eva Gollinger brasileira, que denuncie o esquema no Brasil e aponte jornalistas que recebem para desestabilizar o governo Lula.

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FHC entregou o petróleo aos ban...queiros

Mais uma dos arquivos do jornalista Aloysio Biondi. Este artigo foi publicado na revista Caros Amigos, em março de 2000. E mostra a indignação do jornalista com o entreguismo do governo tucano de FHC.

O assunto é atual, pois trata da descoberta, à época, dos campos de Marlim e Roncador, exatamente como estão sendo descobertas novas reservas de petróleo agora. Só que o governo FHC, segundo Biondi, entregou de mão beijada um dinheiro que poderia vir integralmente para o país a “espertos” empresários:

(...)... o povo brasileiro, com as reservas de petróleo, e mais ainda, com os campos fantásticos descobertos pela Petrobrás, tirou a Mega-Mega Sena. Virou trilionário. Mas não sabe disso. O povo não sabe, o Congresso não sabe. Por isso, o governo FHC prepara-se para nova rodada de leilões destinados a entregar o petróleo brasileiro a multinacionais. Ou, mesmo, já vem entregando indecentemente o petróleo descoberto peta Petrobrás, que pertence efetivamente a cada cidadão brasileiro, a meia dúzia de empresários nacionais e banqueiros nacionais e estrangeiros. Exemplo? O fantástico campo de Marlim, com sua produção de 400.000 barris/dia, por exemplo, foi “repartido” agora com meia dúzia de sócios que se juntaram em uma empresa de fundo de quintal para... fornecer parte do dinheiro necessário para duplicar a produção. Essa operação já seria um assalto contra a sociedade brasileira, mesmo que os “sócios” realmente desembolsassem a cifra de 1,5 bilhão de reais para financiar sua parte no projeto de exploração de Marlim. Nem isso existe. A empresoca de fundo de quintal tem um capital bruto de 200 milhões de reais e foi formada – como narrado em nosso livrinho O Brasil Privatizado – apenas... para tomar 1,2 bilhão de reais emprestados no exterior, que obviamente a própria Petrobrás poderia obter. Um negócio da China, um assalto, uma mina de ouro, capaz de faturar centenas de bilhões de reais, entregue por 200 tostõezinhos fajutos. [Leia o artigo completo aqui, e aproveite para conhecer o site que preserva o trabalho do Biondi, que morreu em 2000]

Leia também:

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O poder das Organizações Globo é um risco para a democracia no Brasil (III)

A Rede Globo consegue mudar até o fuso horário do Brasil.

O Brasil inteiro dormia e acordava inocente da necessidade premente de o Acre, o Pará e mais algumas dezenas de municípios do Amazonas mudarem seu fuso horário. Mas foi só as emissoras de TV (à frente a hegemônica Rede Globo) terem que adequar sua programação aos fusos horários do país, respeitando a classificação indicativa, para que a necessidade de uma mudança geral acontecesse.

Veja bem, esse fuso horário foi adotado em 1913, mas só agora, quase cem anos depois, após ameaças da Rede Globo de apenas transmitir em VT os jogos de futebol para aqueles estados da região Norte, descobre-se que ele prejudica atividades econômicas, tem mau hálito e chulé.

O presidente Lula sancionou na última quinta-feira o projeto de lei do senador petista Tião Viana, lá do Acre, que diminui em uma hora o fuso daquela região, em relação a Brasília. Com isso, descobrimos que há quase cem anos eles são prejudicados, pois agora o novo fuso lhes vai proporcionar economia de energia, integração de transportes e facilitará as transações econômicas com os demais estados. Parece piada.

O Altino Machado, nosso blogueiro acreano, postou uma foto da capital, Rio Branco, no novo horário em que as crianças sairão para as escolas e os trabalhadores para o trabalho. Clique aqui para vê-la. É um breu. Mesmo assim o presidente assinou o projeto que entrará em vigor daqui a 60 dias, para alegria da Globo.

Por isso reproduzo a seguir trechos de uma postagem de junho do ano passado:

As Organizações Globo têm um peso descomunal no Brasil. Esse peso descomunal deve ser discutido no Congresso. É necessário que se criem mecanismos regulatórios para garantir a liberdade de expressão. E a liberdade só pode existir se for plural, se não houver uma instância - como as Organizações Globo - com o poder de influenciar mais de 70% da população. Mecanismos que proibissem – como acontece em outros países, inclusive os EUA - a concentração de veículos de comunicação nas mãos de um só grupo, numa mesma cidade ou estado. Aqui no Rio, por exemplo, as Organizações Globo têm a TV Globo (RGTV), os jornais mais vendidos - O Globo e Extra -, estações de rádio - Globo, CBN... - além da revista Época, do portal de notícias etc., etc.

(...)... Até quando se vai permitir a concentração de poder que as Organizações Globo têm no país? Isso não faz bem para a informação livre, muito menos para a democracia. Ao contrário: não permite uma e ameaça a outra.

Leia e assista também:

» 'Além do Cidadão Kane': Assista na íntegra o vídeo proibido pela Rede Globo

» Baixe o vídeo proibido pela Globo para seu computador

» Vídeo: Brizola detona Globo em 50 segundos

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Assista ‘Guerreros del Arcoiris’: Documentário mostra preparação de golpe de Estado na Bolívia

Não deixe de assistir a este documentário, Guerreros del Arcoiris, que foi exibido pela primeira vez na noite de ontem, sábado, 26 de abril, às 22h30 de Brasília, pelo canal Vive TV, da Venezuela.

Assistindo-o, você vai ter um panorama geral do que está acontecendo neste momento na Bolívia, onde um grupo separatista, racista e violento, patrocinado pelos Estados Unidos, quer declarar sua independência da Bolívia, dividindo o país para não ter que compartilhá-lo com os demais povos que formam a nação boliviana.

Logo após a eleição de Evo Morales, os Estados Unidos deslocaram para a Bolívia seu embaixador que estava na Sérvia, portanto, um especialista em fomentar ambições separatistas.

O documentário mostra como os EUA investem milhões de dólares patrocinando movimentos separatistas da chamada Media Luna, que reúne quatro departamentos da Bolívia, entre eles o de Santa Cruz, que agora, no próximo dia 4 de maio, vai votar um referendo ilegal, convocado à margem do Estado Boliviano, pela aprovação de sua autonomia.

Já falei dos “cruceños” aqui. Nos links abaixo você pai poder ver, ou rever, a agressão covarde que praticam contra um homem desarmado e indefeso e como não se deram nem ao trabalho de criar um estatuto próprio, copiando o da Catalunha.

Ao referendo do próximo dia 4, nem a OEA, nem a Comunidade Européia, nem a ONU enviarão representantes, porque reconhecem sua ilegalidade. Apenas um país vai apoiar e respaldar o referendo, os Estados Unidos.

Há um golpe em marcha na Bolívia, com data marcada. É isso o que mostra Guerreros del Arcoiris.

Leia também:

» Documentos comprovam envolvimento dos EUA na tentativa de desestabilização da Bolívia

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Anistia Internacional lança campanha contra ‘waterboarding’


A Anistia Internacional começa a veicular esta semana na Inglaterra o vídeo acima, contra a técnica interrogatória - na verdade, tortura, como fica claro no vídeo -, que é defendida pelo presidente George W. Bush. Li a notícia no blog Na Periferia do Império.

Leia também:

» São a favor da tortura 42% dos brasileiros que ganham acima de R$ 2 mil e 40% dos que têm curso superior

» Músicas que os americanos usam para torturar prisioneiros

» Exército americano tortura prisioneiros desde 1901

» Bush defende a tortura. Bush defende a tortura

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Jânio de Freitas, o general Heleno e os golpistas demo-tucanos

A coluna de Jânio de Freitas na Folha hoje, Em busca da crise, toca em tantos pontos interessantes que a dividi em tópicos. [assinante clica que aqui para lê-la sem entretítulos].

A tentativa de fabricar uma crise militar pelos demo-tucanos

As portas estão abertas, e hoje haverá quem tente escancará-las, para um investimento fácil, no Brasil, além das aplicações nas suas Bolsas e nos seus juros. É o investimento em uma crise militar, no qual há mais aplicadores, muito mais do que supõem os otimistas da democracia, entre civis. Por exemplo, no PSDB e no DEM-PFL, que pretendem tentar, logo mais, a convocação do general Augusto Heleno Ribeiro Pereira para outra palestra incandescente, desta vez no Senado, sobre a oposição de militares à política indigenista do governo.
Nessa iniciativa em que se unem os comandos dos dois partidos oposicionistas, a busca de oposição ao governo se confunde com a atitude de oposição à ordem institucional da democracia incipiente. No mínimo, é um ato irresponsável de desespero pelo aturdimento, decorrente da própria incapacidade de encontrar políticas inteligentes de oposição e, como conseqüência, perspectivas promissoras para os seus partidos.

Demarcação da Reserva Raposa Serra do Sol foi feita no governo PSDB-PFL (aliança demo-tucana) de FHC

Nada se salva na iniciativa, originária dos senadores Sérgio Guerra e Arthur Virgílio, presidente e líder do PSDB no Senado, em momento de contraditório esquecimento. Seu apoio à corrente das Forças Armadas ainda proveniente do regime militar, agora de volta à ação publicamente política, desconsidera um dado fundamental: foi o governo do PSDB que fez a demarcação da reserva indígena Raposa/Serra do Sol. E as razões pelas quais militares atacam a política indigenista do governo Lula advêm, todas, da modalidade que aquela demarcação deu, com a aprovação de Fernando Henrique e do PSDB, à reserva já discutida por uns 30 anos.
O DEM-PFL não fica melhor. Sua nota de apoio ao ato no Clube Militar e ao general Augusto Heleno Pereira, que incluíram a exigência peremptória de que o governo faça a "mudança imediata" da política indigenista e suspenda a homologação da reserva, foi primária como teor e também irresponsável como propósito. Nem como oportunismo barato, em um partido que vê Lula carrear suas velhas bases nordestinas e nortistas, o açodamento teria sentido. A nota não chegou a um só daqueles eleitores evaporados, e de outros não traria nem um só voto para os demistas - que, se vê mais uma vez com esse caso, não justificam que a mídia os chame de "os democratas".
O requerimento de convocação do general, prometido para hoje na Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional do Senado, refere-se a depoimento em sessão secreta. Nada mais vazio, em política, do que o sentido de secreto. A maioria dos presentes estará logo pronta a abastecer jornalistas (muito agradecido, pelo que me toca) de relatos do que foi dito e quem o disse na sessão secreta. O pormenor no requerimento é, digamos, uma concessão ao pudor. Mesmo porque Arthur Virgílio, em seu primeiro comentário à exaltada manifestação do general, ao apoio contraditório juntou a ressalva de que a manifestação militar era imprópria por ser pública e por ser no Clube Militar.

General Heleno e suas ligações com o juiz Lalau

Secreta ou não, a pretendida convocação tem óbvia finalidade agitadora - nem haveria como ter outra. O general Augusto Heleno Pereira, tido como identificado com a velha linha dura, constitui-se em uma figura polêmica. Chegou ao noticiário por ocasião das investigações em torno do (ex) juiz Nicolau dos Santos Neto, quando foram descobertos quase 200 telefonemas desse hoje condenado para o Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, cerca de metade reconhecida pelo general como destinada a ele.

A polêmica passagem do general Heleno pelo Haiti

Em junho de 2004, o general Augusto Heleno Pereira assumiu a chefia da Força de Estabilização do Haiti (chamada Minustah), tropa composta pela ONU com 6.500 soldados de 12 países para deter a desordem posterior à derrubada, pelo governo Bush, do presidente (eleito) Jean-Bertrand Aristide. Em março de 2005, porém, foi lançado nos Estados Unidos e na Suíça o relatório "Mantendo a paz no Haiti?", do Centro de Justiça Global e da Universidade Harvard, com críticas severas envolvendo o comando do general brasileiro. Eis um trecho:
"A Minustah tem dado cobertura à campanha de terror da polícia nas favelas de Porto Príncipe. E mais impressionante do que a cumplicidade com abusos da Polícia Nacional do Haiti são as acusações de violações de direitos humanos perpetradas pela própria Minustah". Seguiam-se casos, com dados. O general, como esperado, refutou as críticas. Mas já provocara um incidente internacional, alguns meses depois de chegar ao Haiti: atribuiu a violência no país ao então candidato democrata à Presidência dos EUA, John Kerry, que criticara a derrubada de Aristide. O general, como foi dito à época, "recuou das declarações".
Com apenas um ano e dois meses no Haiti, o general Augusto Heleno Pereira deixou o comando. Sua explicação pessoal para a volta, ao chegar, foi de pedido seu, por já ter "ficado bastante lá" (a tropa e os brasileiros estão até hoje no Haiti). No discurso de passagem do comando, fizera emocionado agradecimento à família pela "força dada diante das críticas injustas".
Com sua manifestação para a platéia do Clube Militar, o general Augusto Heleno Ribeiro Pereira reabriu portas para o que pode ficar como polêmica mal posta, mas há quem prefira involuí-la para crise.

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Xuxa, Zezé de Camargo, Padre Marcelo e a grande atração...

...a mãe de Isabella. Pelo que eu vi no JN, esse deve ser o novo show da Globo.

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Caso Isabella: O que não se investiga

Quem vaza tudo - depoimentos, laudos, investigações - para o Jornal Nacional?

Quem é o delegado Bruno do caso Isabella, qual seu interesse no caso?

Por que as demais emissoras não reclamam do tratamento preferencial da polícia à Rede Globo?

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Segunda parte da entrevista de David Beriain com líder das FARC


Neste trecho, de pouco mais de oito minutos, o líder guerrilheiro conhecido como Pastor Alape conversa com o repórter David Beriain sobre outros movimentos guerrilheiros no mundo, sobre a presença ou não das FARC na Venezuela e no Equador, sobre o dinheiro que afirmam que esses países fornecem à guerrilha e sobre a possibilidade de as FARC abandonarem a luta armada.

Leia também:

» ‘Extorsión, secuestro y coca’: Beriain entrevista líder das FARC

» FARC: 'Las últimas liberaciones no nos han servido de nada'

» 'Bienvenidos al mundo clandestino de las FARC'

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Pai e madrasta de Isabella no Fantástico

Segundo a Folha Online, a média do Fantástico costumava ser nos últimos tempos de 28 ou 29 pontos no Ibope. Neste domingo, com a chamada desde o início para a entrevista com o pai e a madrasta da menina Isabella, cruelmente assassinada, a média passou a ser de 31 pontos, com pico de 41, na hora da entrevista.

Por isso, quem procurou jornalismo na entrevista não encontrou.

Não posso afirmar, porque não tenho como provar, mas ninguém me tira da cabeça que o que aconteceu ali foi uma procura da produção do Fantástico, oferecendo espaço para o casal se defender, com aquela conversa de “vamos abrir espaço para vocês colocarem para o Brasil o sofrimento de vocês, a visão de vocês dos fatos etc., podem se fazer acompanhar de advogados...”...

Nenhum interesse jornalístico, apenas sensacionalismo para aumentar a audiência do outrora imbatível programa da Globo.

Quanto ao crime em si, o crime se aproxima cada vez mais do que eu postei aqui, O caso da menina Isabella.

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Hipocrisia de O Globo é desmascarada pelo próprio jornal

Nota na página 2 de O Globo de hoje, no espaço conhecido como “Por dentro do Globo”, onde são publicadas notas sobre a redação do jornalão.

Fatos e Fotos

Desde o primeiro momento, O GLOBO evitou publicar as imagens de Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá, pai e madrasta da menina Isabella, assassinada no dia 29 de março. Nosso entendimento foi o de que sem acusação formal e sem laudos técnicos que dessem base para qualquer decisão, seria precipitado expor publicamente pessoas que, se posteriormente inocentadas, já poderiam ter sido “julgadas” pela imprensa e pela opinião pública.

Polícia e Ministério Público deram declarações desencontradas em vários momentos, a ponto de o Poder Judiciário ter relaxado a prisão dos dois por falta de provas que a justificassem.

Uma situação complexa para todos os envolvidos, inclusive a mídia. Desde ontem, porém, com o indiciamento do casal pela polícia, a partir das provas técnicas reunidas, a situação mudou, em nossa visão.

Por isso, pela primeira vez desde que o rumoroso caso começou, publicamos hoje as fotos de Alexandre e Anna Carolina.

Pode ter sido um cuidado excessivo, dirão alguns, pois pouco adiantou apenas um jornal agir assim, quando o rosto dos dois esteve exposto nos demais veículos do país.

São argumentos válidos. Mas, analisando as cenas de violência registradas neste últimos dias e ontem em São Paulo, estamos confortáveis com o zelo que adotamos.

Lindo, comovente, não? Agiram assim com um casal de brancos, de classe média, média-alta, de um bairro de classe idem de São Paulo.

Mas, por que então publicaram na página 26 da edição de 16 de abril, quarta-feira, a foto a seguir (clique nela para ampliá-la), mostrando pobres, todos eles negros, moradores do Complexo do Alemão, favelados, amarrados como réstias de cebola ou alho, humilhados e ameaçados com fuzis para que posassem para a foto?

Aguardo os fatos para a foto.


Reprodução de foto de O Globo com presos detidos

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‘Extorsión, secuestro y coca’: Beriain entrevista líder das FARC


Seqüência da série de reportagens do repórter espanhol David Beriain sobre as FARC. Uma produção da ADN TV, da Espanha.

Dessa vez Berian conversa com um dos líderes da guerrilha, conhecido como Pastor Alape. Falam sobre como os guerrilheiros se vêem, suas relações com a população colombiana, o tráfico de drogas e os seqüestros.

Esta é a primeira parte da entrevista. Tem pouco mais de sete minutos de duração. Quando sair a segunda, postarei aqui no blog.

Leia também:

» FARC: 'Las últimas liberaciones no nos han servido de nada'

» 'Bienvenidos al mundo clandestino de las FARC'

» Por que as FARC não abandonam a luta armada, fundam um partido e disputam eleições democráticas?

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Briga Globo versus Record: Sobrou pro Cabrini

Que os sindicatos de jornalistas do Rio e de São Paulo não têm poder algum, é fácil comprovar. Bastar assistir ao descalabro que é diariamente publicado pelos principais veículos para verificar que as Organizações Globo, a Folha, o Estadão e a Abril não estão nem aí para eles. Agridem os parâmetros mínimos da profissão, permitem seu aviltamento (com excesso de horas de trabalho, de atribuições etc) e ainda o xingamento, a ofensa, o achincalhe de colegas por outros – como acontece na Veja.

Segundo o Azenha, antes da negociação salarial, representantes dos jornalistas vão até os patrões para saber o que eles pretendem, e levam depois essa posição para a classe.

Ninguém se insurge nas redações. Só abrem a boca quando perdem o emprego, como o fez Rodrigo Vianna, ao ser demitido da Globo. Soltou o verbo e afirmou que as matérias sobre Serra e o PSDB nas eleições de 2006 eram dirigidas da ilha por Ali Kamel.

Ontem, tivemos a prova de mais uma manifestação do desrespeito à classe. Roberto Cabrini foi flagrado com papelotes de cocaína em São Paulo. A notícia foi para a cabeça da primeira página dos principais jornais impressos das Organizações Globo, os mais vendidos, Extra e Diário de São Paulo.

Cabrini estaria ali se ainda fosse repórter da Globo? Claro que não. Foi exposto porque agora está na Record, e a Record está dando uma coça na Globo em São Paulo, quase que diariamente, em vários horários.

Há pouco tempo, o jornal Extra (acho que apenas na internet, não tenho certeza) publicou uma matéria que mostrava o diretor do BBB, Boninho, afirmando que atirava ovos nas “vagabundas” (prostitutas), para se divertir, quando estava em São Paulo.

A Rede Globo de TV se insurgiu contra o Extra e proibiu que seus contratados falassem com o jornal, até que tudo se esclarecesse – ou seja, até que o Extra se comprometesse a nunca mais fazer esse tipo de coisa com uma estrela da TV Globo.

Mas da Record pode. Ou deve. Sob o silêncio cúmplice de seus colegas de profissão, que apenas dizem defender seus empregos. No que eu acredito. Mas, que tal na próxima eleição do sindicato lutar para eleger nomes representativos, que peitem as emissoras?

Dizer que são grupos poderosos, é bobagem. GM, Ford, Volkswagen, Fiat, Mercedes, também o são, e tiveram que negociar olho no olho com um sindicato forte, que teve à frente um certo Luís Inácio, conhecido como Lula, que hoje é presidente do Brasil.

Jornalistas, antes de dormir, adotem como mantra uma citação de Torquato Neto, que dizia:

Levem um homem e um boi ao matadouro. O que berrar primeiro é o homem. Ainda que seja o boi.

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Papa Bento XVI versus cardeal Ratzinger

Graças a Deus, sou ateu. Já disse isso aqui. Mas respeito – como não poderia deixar de ser – o sentimento religioso das pessoas. O que muitas vezes não ocorre com alguns religiosos, que só defendem sua igreja e queimam, muitas vezes literalmente, as demais.
Recentemente, tivemos a notícia de que as igrejas Católica e Protestante teriam utilizado trabalho escravo, durante a II Guerra Mundial. Foi tratada como uma notícia qualquer por nossa “grande imprensa”. Imaginem se o denunciado fosse o bispo Macedo...
Vida que segue, e o jornal O Globo mostra hoje um sorridente papa Bento XVI, em sua chegada ontem aos EUA. Anteriormente, ainda no avião, o papa dera uma entrevista aos jornalistas que o acompanhavam em comitiva, e fez questão de tocar no controvertido problema da pedofilia na igreja Católica:
- Nós vamos, definitivamente, excluir os pedófilos da missão sagrada. É mais importante ter bons sacerdotes do que muitos sacerdotes. Esperamos poder fazer, e faremos todo o possível, no futuro, para curar essa ferida - prometeu o Papa.
É bom lembrar que, só nos EUA, a igreja comandada pelo papa já teve que desembolsar mais de US$ 2 bilhões para cinco mil casos de abusos sexuais. Não há engano nos números, são cinco mil casos e dois bilhões de dólares mesmo, para livrar da cadeia padres pedófilos. Dinheiro de quem? Dos fiéis. Será que eles apóiam essa utilização de suas contribuições para a “Santa Madre Igreja”?
Mas o curioso é ver que o papa mudou a estratégia da igreja Católica, batendo de frente com a anterior, que sempre fora defendida por um certo cardeal Ratzinger – ninguém mais ninguém menos que o papa antes de ser consagrado.
Ratzinger (o papa Bento XVI, para quem ainda não caiu a ficha) acobertou durante vários anos os crimes dos padres pedófilos, ameaçando com excomunhão quem denunciasse os padres criminosos, brandindo um documento – chamado Crimen Sollicitationis - assinado por ele. O documento dizia que se você fosse molestado por um padre, poderia se queixar ao bispo, ao cardeal, ao papa, mas, se denunciasse o caso à Justiça, babau, seria excomungado.
Agora, o papa contradiz Ratzinger e reconhece para o mundo a pedofilia no seio da igreja. Pedofilia que foi muito bem documentada numa produção da BBC, chamada Sexo, Crimes e Vaticano. Assista-a.



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FARC: 'Las últimas liberaciones no nos han servido de nada'


Segunda parte da reportagem de David Beriain sobre as FARC. O repórter entrevista guerrilheiros e percebe que são muito poucas, no momento, as chances de libertação de Ingrid Betancourt e demais reféns.

"Las últimas liberaciones no nos han servido de nada. Es más, el Gobierno respondió matando a Raúl Reyes", disse o líder guerrilheiro Pastor Alape.

Leia também:

» 'Bienvenidos al mundo clandestino de las FARC'

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Justiça de Mônaco autoriza extradição de Cacciola

A Justiça de Mônaco se mostrou favorável à extradição do banqueiro Salvatore Cacciola ao Brasil, solicitado pelas autoridades brasileiras por fraude financeira e desvio de dinheiro público, informa hoje o jornal Monaco-Matin. [ler mais]

E agora, será que o ministro Marco Aurélio de Mello já está com novo habeas corpus preparado?

A extradição de Salvatore Cacciola pode trazer à tona fatos que muitos gostariam de ver esquecidos e enterrados.

Saiba o motivo, lendo esta postagem que reproduzo a seguir, que é de 13 de setembro de 2006:

Em 1998, o real valorizado diante do dólar era usado para garantir a reeleição de FHC. O mundo varrido por sucessivas crises sabia, o mercado sabia, mas o povo tinha que ser mantido na ignorância. Para isso, bilhões de dólares foram torrados.

Garantida a reeleição, 12 dias após a posse, em 13 de janeiro de 1999, a desvalorização veio. Com ela, um escândalo para muitos ainda inexplicável. No entanto, ele já foi explicado sim, dindim por dindim, numa reportagem da revista Veja de 23 de maio de 2001. Só que tudo foi devidamente abafado.

Os efeitos só foram sentidos pelo país, que quase quebrou, e mais recentemente pelo presidente do Banco Central à época, Francisco Lopes. Ele foi condenado pela Justiça a 10 anos de prisão por ter favorecido os bancos Marka e FonteCindam na mudança da política cambial.

Outro personagem muito famoso no escândalo, o banqueiro Salvatore Cacciola, dono do banco Marka, chegou a ser preso. Mas decisão do ministro Marco Aurélio de Mello permitiu que ele respondesse ao processo em liberdade. Como Cacciola é italiano, e nem um pouco bobo, aproveitou-se de nossas vastas fronteiras, e do desinteresse que o governo brasileiro tinha de vê-lo por perto, e tratou de voltar para sua Itália natal, onde segue desfrutando a vida - e, o mais importante para o governo FHC - em silêncio.

E o que poderia falar Cacciola?

A revista Veja apurou que ele descobriu que o presidente do Banco Central, Francisco Lopes, vendia informações privilegiadas. Cacciola era um dos que pagavam por elas. Mas ele queria saber mais, e conseguiu grampear os telefones do esquema, usando para isso os serviços do mesmo agente que praticou os grampos do BNDES.

Cacciola "sabia" que a mudança cambial só ocorreria em fevereiro. Mas ela veio antes, sem que houvesse tempo de avisá-lo, e ele foi pego com as calças na mão. Foi a Brasília, ameaçou contar tudo. Recebeu R$ 1 bilhão, na cotação antiga. Só que o escândalo estourou.

A situação do presidente do Banco Central tornou-se insustentável, e ele foi demitido. Uma batida da PF na casa de Francisco Lopes descobriu um bilhete que informava que o ex-presidente do BC tinha 1,6 milhão de dólares no exterior. A situação toda era tão, digamos, nebulosa, que o ministro Malan afirmou que só contará o que sabe sobre o caso "dez anos depois de minha morte". Aí o governo FHC teve que agir. A reportagem da Veja mostra como:

O certo é que a cúpula do BC tentou esconder do país a ajuda oferecida aos bancos Marka e FonteCindam. Quando se soube da venda de dólar mais barato aos dois bancos, o BC não admitiu a clandestinidade da operação. Disse que o socorro só saiu porque, no mesmo dia, recebera uma carta da Bolsa de Mercadorias & Futuro (BM&F) dizendo que a falência dos dois bancos poderia colocar em risco todo o sistema bancário. Descobriu-se, em seguida, que a carta fora encomendada pelo próprio BC, seus termos foram exaustivamente negociados por Tereza Grossi, já então no setor de fiscalização, e só foi recebida por Ricardo Liao (sic) no dia seguinte à liberação da ajuda. Sabe-se agora que o BC até orientou fiscais para, em seus relatórios, informar que o dinheiro saiu por meio da Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários do Banco do Brasil. A revelação foi feita pelo então chefe da fiscalização do BC no Rio, Abelardo Duarte de Melo, em depoimento à Polícia Federal.

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Governo Lula renova concessões da Globo até 2022

A presidência da República publicou nesta terça-feira, 15, decretos renovando todas as cinco concessões pertencentes à Globo Comunicação e Participações S.A por mais 15 anos (contados a partir de 5 de outubro de 2007). As concessões permitem a radiodifusão de sons e imagens nas capitais dos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Pernambuco e do Distrito Federal. Nos demais estados, a programação da emissora é veiculada por meio de retransmissoras e, por isso, as concessões são em nome dessas empresas e não da Globo. As concessões das grandes redes de radiodifusão brasileira venceram em outubro do ano passado. [ler mais]

Agora falta a aprovação do Congresso.

Conforme já comentei aqui, a renovação das concessões não é compulsória. E pode ser revogada, segundo o § 2º do Art. 223, se essa for a vontade de, “no mínimo, dois quintos do Congresso Nacional, em votação nominal”.

Será que não deveríamos ao menos discutir a renovação dessas concessões, à luz desses tópicos da Constituição?

§ 5º - Os meios de comunicação social não podem, direta ou indiretamente, ser objeto de monopólio ou oligopólio.(Art.220)

Art. 221. A produção e a programação das emissoras de rádio e televisão atenderão aos seguintes princípios:
I - preferência a finalidades educativas, artísticas, culturais e informativas;
II - promoção da cultura nacional e regional e estímulo à produção independente que objetive sua divulgação;
III - regionalização da produção cultural, artística e jornalística, conforme percentuais estabelecidos em lei;

As emissoras cumprem com essas determinações? O que você acha?

A Rede Globo e as demais emissoras não deveriam passar por uma sabatina do Congresso, antes da renovação?

Leia também:

» Rede Globo comprou TV Globo de SP com documentos falsos

» 'Além do Cidadão Kane': Assista na íntegra o vídeo proibido pela Rede Globo

» Baixe o vídeo proibido pela Globo para seu computador

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Relator da ONU quer investigação internacional sobre o 11/09

Quem acompanha este blog sabe que já fiz ene postagens sobre o 11/09, que sempre me intrigou. Como este é um blog (portanto, uma página de opinião com comentários) explico o porquê:

Naquele 11 de setembro de 2001, minha única filha completava exatos dois meses de vida. Eu estava naquela fase babá-babão - da qual não saí até hoje -, curtindo minha menina, quando alguém me telefonou pedindo para que ligasse a TV.

Nunca me esquecerei daquele acontecimento na vida de minhas retinas tão fatigadas. Parecia um filme de Spielberg. Ainda mais, quando, ao vivo, o segundo avião entrou Torres Gêmeas adentro.

Era o resultado de um trabalho de marketing. Uma comunicação estudada e estruturada para causar um impacto inesquecível na população do planeta, para criar um imprinting, uma impressão mental, como ocorre com as aves.

Vários acontecimentos posteriores começaram a dar razão às minhas suspeitas intuitivas. E, a partir do blog, passei a postá-las aqui.

[Agora,] o professor Richard Falk, relator especial do Conselho de Direitos Humanos da ONU, pediu a criação de uma comissão investigadora internacional sobre o papel dos neocons nos atentados do 11 de setembro de 2001.

Em 26 de março de 2008, Richard Falk, professor emérito de Direito Internacional na Universidade de Princeton, foi eleito por unanimidade para exercer um mandato de 6 anos como relator especial sobre a situação dos direitos humanos nos territórios palestinos, cargo que exercia anteriormente o professor John Dugard.

Richard Falk é o autor do prefácio da edição americana de New Pearl Harbor, obra do professor David Ray Griffin, considerada como o mais importante estudo de referência no tocante à polêmica sobre o 11 de setembro. [leia a íntegra]

New Pearl Harbor, de David Ray Griffin

No seu livro The New Pearl Harbor , de 2004, Griffin já tinha assinalado que os Procedimentos Operacionais Standard relativos às interceptações de vôo foram inexplicavelmente suspensos em 11 de Setembro. Chego à conclusão de que, dado que uma complexa rede de sistemas de defesa não podia ter sido totalmente desativada sem coordenação a nível militar superior, o Dr. Griffin muito logicamente iniciou o livro fazendo perguntas que a Comissão do 11/Set se esqueceu de fazer: o que andavam a fazer naquela manhã o presidente Bush, o secretário da Defesa Donald Rumsfeld e o general Richard B. Myers, chefe do estado-maior em exercício? Em todos os casos, aparecem contradições inexplicáveis nas notícias sobre o paradeiro deles, e o mesmo se aplica ao vice-presidente Dick Cheney. Nenhum destes funcionários públicos foi interrogado sob juramento e é hoje suficientemente claro que as contradições que os rodeiam precisam de ser esclarecidas numa investigação cuidada e rigorosa.

Na Parte II, Griffin compila cuidadosamente as disparidades relativas às horas noticiadas em que as forças armadas foram notificadas sobre os comportamentos irregulares dos vôos 11, 175, 77 e 93. Em todos os casos, as contradições flagrantes que ele encontra demonstram a necessidade duma investigação séria sobre a forma como se deu realmente esse fracasso monumental e – sugiro eu – qual a relação que pode ter havido com os exercícios aéreos militares sem precedentes que decorriam durante os ataques.

Na Parte III, é feito um levantamento rigoroso das questões relativas aos gostos e hábitos anteriores a 11/Set dos alegados terroristas, a partir das primeiras notícias da imprensa, com a revelação perturbadora de que os mesmos tinham adotado práticas sexuais e de bebida ao estilo ocidental e certamente não podiam ser caracterizados como muçulmanos fanáticos dispostos a irem ao encontro do seu criador. As contradições reveladas na investigação dos relatos dos celulares e telefones do avião sobre a atuação deles nos aviões são evidentes, desmentindo todo o fenômeno do mito criado a bordo.

Por fim, a Parte IV trata das torres propriamente ditas, incluindo o conhecimento moderno dos seus colapsos, e os extraordinários testemunhos orais de dezenas de bombeiros que relataram, por exemplo, explosões maciças nas caves dos edifícios: uma prensa hidráulica de 50 toneladas reduzida a escombros; uma porta de aço de 140 kg amassada como uma tira de papel de alumínio. [ler mais]

Loose Change – o filme sobre o 11/09

Se você ficou curioso, e ainda não viu Loose Change, assista-o agora.

2a Edição de Loose Change. Essa versão contém correções de erros factuais e novas cenas. Documentário fantástico, mostrando evidências de que os eventos de 11 de Setembro nos EUA, podem ter sido uma obra interna do próprio governo. Apesar de muitas evidências poderem ser refutadas, ao final deste documentário você perceberá que algo não está correto na história oficial. Pesquisem por si mesmos e verão que há muito mais a se questionar. (informação do post do vídeo. Filme em inglês com legendas em "português")

Para baixar Loose Change para seu computador, clique aqui.


Leia também:

» 11/09: Jornalistas da Fox agridem professor, que reage e parte pra cima

» 11/09: Foi mesmo um Boeing que atingiu o Pentágono?

» Ex-marine escreve em livro: ‘Sou um assassino psicopata treinado para matar’

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'Bienvenidos al mundo clandestino de las FARC'


O repórter espanhol David Beriain, que se especializou em cobrir guerras e guerrilhas ao redor do planeta, foi ao interior da selva colombiana e produziu uma série de reportagens sobre as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC). Este é o capítulo de apresentação da série, com pouco mais de quatro minutos de duração.

São as mais recentes imagens do grupo guerrilheiro, após o assassinato de Raúl Reyes.

Apresentaremos toda a série aqui no Blog, à medida em que os episódios forem liberados na Espanha.

Leia também:

» BBC: 'Colômbia diz ter encontrado urânio das Farc'. Agora só falta Bin Laden

» O terrorismo de Bush, das FARC e da mídia corporativa

» Vídeo: 'Guerrilheira' - o treinamento de uma jovem para se transformar em guerrilheira das FARC

» Repetindo: Por que as FARC não abandonam a luta armada, fundam um partido e disputam eleições democráticas?

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A semana no Blog do Mello: de 5/04 a 11/04/2008

» Replay: Ainda sobre a emenda do terceiro mandato

» Estados Unidos, os Senhores da Guerra

» Aniversário do golpe de Estado que derrubou Chávez em 2002

» Manipulação de foto na IstoÉ é um retrato de corpo inteiro da mídia corporativa

» O grande ditador Chávez proíbe Os Simpsons na Venezuela. Será?

» Nasceu a neta do Veríssimo

» TSE, tire as mãos da internet!

» Presidente do PT ao Terra Magazine, sobre terceiro mandato: ‘Nós somos contra, o presidente é contra’

» O caso da menina Isabella

» Terceiro mandato para Lula

» Abram o olho: A ‘nova pesquisa’ Ibope em SP é anterior à do Datafolha

» Os que realmente ganharam a Bolsa-Ditadura

» A demissão do ombudsman da Folha e a vitória das agências de sempre em SP

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Ibest: Vamos mostrar a força dos blogs que criticam a mídia corporativa

Entramos na reta final do Prêmio Ibest. No próximo dia 14, segunda-feira, será divulgada pela última vez a classificação provisória dos concorrentes. A votação vai prosseguir até o dia 30 de abril, mas as parciais não mais serão divulgadas.

A categoria Blog/Política está mostrando que a internet é altamente crítica em relação ao que o diretor de jornalismo da Rede Globo de Televisão, Ali Kamel, chama de grande imprensa independente. Dos dez primeiros colocados, nove são críticos em relação à mídia corporativa. Mas podemos chegar aos 100%, depende só de você.

No momento, a classificação do Ibest está assim:

1. Nassif – 15%
2. Dirceu – 10%
3. Mino – 9%
4. Azenha – 8%
5. Amigos do Presidente Lula – 8%
6. Cidadania – 8%
7. Reinaldo – 8%
8. Mello – 7%
9. Desabafo País – 6%
10. Rovai – 4%
11. Alon - 3%

Relembro que você não pode votar duas vezes no mesmo candidato, mas pode votar em quantos candidatos quiser. Se você já votou no Blog do Mello, vote nos outros nove, e vamos colocar os blogs críticos nos dez primeiros lugares do prêmio.

Vote em: Nassif, Dirceu, Mino, Azenha, Amigos do Presidente Lula, Cidadania, Mello, Desabafo País, Rovai e Alon. É a melhor resposta que podemos dar à mídia corporativa.

Para votar, clique aqui.

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