Repórter do El Pais, que é pago para falar mal do Brasil, requenta matéria da Folha de 6/12 e publica como se fosse dele



Não é a primeira vez que Juan Arias, correspondente do El Pais no Brasil (mais precisamente em Saquarema, cidade da costa do Sol do Rio de Janeiro, desinforma sobre o Brasil - pior, plagiando matéria de jornais brasileiros. Antes foi com matéria do Estadão, que denunciei aqui (Correspondente do El País no Brasil plagia matéria do Estadão e nem dá crédito).

Agora, o cara de pau faz o mesmo com reportagem da Folha de junho de 2012 (Procuradoria e CNBB temem 'higienização' de moradores de rua na Copa), que ele copia quase inteiramente e publica no El País deste final de semana como se fosse dele (Miedo en Brasil a una “limpieza” de los sin techo por la celebración del Mundial), requentando assunto de há quase um ano, e ainda exagerando, quando afirma que teriam sido assassinados 195 moradores de rua nos últimos 15 meses e que "La mayoría fueron quemados por personas anónimas". De onde ele tirou essa informação Arias não diz.

Sentado em sua mansão em Saquarema, com ajuda de São Google, Juan Arias continua recebendo para pescar textos de repórteres brasileiros e publicá-los como seus, falando mal do Brasil às nossas custas, literalmente.


Nassif, não é o Congresso que se insurge contra o STF e o MP, é o voto popular que eles representam que se manifesta

Como sempre aqui no blog, a fonte primária, a postagem do Nassif com título A ofensiva do Congresso contra o STF  está aqui, na integra.

Ele começa assim:

As iniciativas do Congresso de aprovar as PEC (Proposta de Emenda à Constituição) 37 e 33 são institucionalmente irresponsáveis. Tão irresponsáveis quanto o ativismo do STF (Supremo Tribunal Federal) e da PGR (Procuradoria Geral da República) que forneceu o combustível para essas iniciativas.
A primeira PEC visa restringir os poderes do Ministério Público para conduzir investigações próprias; a segunda, visa submeter decisões do STF ao Legislativo.
A primeira traz um enorme prejuízo ao controle que o MP deve ter sobre os inquéritos policiais. A segunda interfere diretamente sobre o equilíbrio de poderes.
Mais adiante, ele explicita o que quer dizer, e aí estão os pontos em que discordo e vejo mesmo uma contradição em termos na postagem. Ele escreve:

Antes que se consolidasse essa superioridade institucional do STF - tão desejada por alguns Ministros - os abusos explodiram mostrando o que poderia ocorrer se não houvesse uma resistência da opinião pública.
O mesmo Fux trancou todas as votações de vetos presidenciais no Senado, para satisfazer seu padrinho político, governador Sérgio Cabral, no episódio dos royalties. Depois, relatou o voto que obrigava estados e municípios a pagarem à vista seus precatórios, medida tão estapafúrdia que  própria OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), autora da ação, pediu a suspensão da medida.
***
Do lado de Gurgel, o mesmo quadro, a informação de que todos os processos envolvendo autoridades ficavam sob controle estrito dele e de sua esposa.

Ok, Nassif, mas qual a instância que pode impedir esses abusos do STF e do MP que você e eu denunciamos e com os quais não concordamos? Não existe ombudsman no STF nem na PGR... Como parar os arroubos autoritários do PGR e do STF?

A resposta é simples e clara: Quem pode colocar o Brasil nos eixos é o poder que recebeu o voto popular, o Legislativo.

Não importa que eu, você ou quem mais, não concordemos com A, B ou C. Mas os deputados e senadores foram eleitos e expressam (são representantes) da vontade popular.

O Executivo pode vetar uma Lei. Mas ela pode vir a ser referendada adiante pelo Congresso.

O Judiciário tem que se submeter às leis vigentes, e interpretar a Constituição em caso de conflito. Mas jamais pode legislar ou imiscuir-se no trabalho do Congresso, legítima e democraticamente eleito pelo povo.

O que é lamentável não é que o Congresso esteja se manifestando agora e defendendo suas prerrogatiovas. Foram eleitos para isso.

Lamentável é que não o tenha feito antes, que não tenha iniciado o processo de impeachment de Gilmar Mendes, por suas relações promíscuas com o escritório Sérgio Bermudes, por exemplo, como foi solicitado aqui.

Que o Congresso também não tenha iniciado processo contra o PGR, Gurgel, que - como disse o senador Collor - sentou-se sobre o processo do "empresário" Cachoeira e do "mosqueteiro" senador Demóstenes.

Se o Congresso se move são os votos dos brasileiros que se movem. Ainda que em alguns momentos não concordemos com eles, são a nossa cara.

Se Gilmar Mendes quer legislar ou determinar medidas na área econômica ou política tem que se submeter ao voto popular, a única fonte legíitima para isso. O mesmo vale para o PGR e sua esposa.

O resto é golpe.


Presidente da Nestlé afirma que água não é um direito, deve ter um valor de mercado e ser privatizada

Peter Brabeck-Letmathe, pres.da Nestlé,
bebe a água que quer cobrar de você


A cara de pau das grandes corporações multinacionais não tem limites. Agora, o presidente da Nestlé (aquela empresa que incentiva mulheres a pararem de amamentar e substituir o insubstituível leite materno por leite em pó - até em lugares onde falta água!), Peter Brabeck-Letmathe, saiu-se com essa.

Quer que a água não seja um direito do ser humano, mas um produito que teria uma cota liberada à população. O resto - adivinha - eu,você, todos nós, teríamos que pagar a alguém... Seria à Nestlé?

Por que não algemam um FDP desses é coisa que só o capitalismo pode responder.


Secretário de Estado dos EUA, John Kerry, diz que América Latina é 'quintal' dos Estados Unidos

John Kerry


Em discurso perante o Comitê de Comércio Exterior da Câmara dos EUA, o secretário de Estado, John Kerry, disse que era importante estabelecer uma aproximação com a América Latina, porque, segundo ele, somos o "quintal" dos Estados Unidos.

Durante um discurso ao Comitê de Relações Exteriores da Câmara dos Deputados, e seguindo a velha Doutrina Monroe, independentemente da soberania de nossos países latino-americanos, Kerry nos considerou como seu "quintal", e acrescentou que pretende mudar a atitude de algumas dessas nações (ou seja, algumas de NOSSAS atitudes).

Além disso, o chefe da diplomacia dos EUA disse que, no futuro próximo, o presidente Barack Obama vai viajar para alguns países latinos - dos quais nem sequer lembrou os nomes - depois de viajar para o México.

"O Hemisfério Ocidental é nosso quintal, é de vital importância para nós. Muitas vezes, muitos países no Hemisfério Ocidental acreditam que os Estados Unidos não lhes dá a devida atenção, e por vezes, provavelmente é verdade. Precisamos nos aproximar vigorosamente, e isso pretendemos fazer. O presidente em breve vai viajar ao México e depois para o sul, não me lembro a quais países, mas vai para a região ", disse John Kerry.

[Atenção aqui, sublinho eu, Antonio Mello](...)  Para que fique claro, a Doutrina Monroe afirma que, se um país do Hemisfério ameace ou ponha em risco os direitos de propriedade de cidadãos ou empresas norte-americanas, Washington tem a obrigação de intervir nos assuntos do país para "reorganizar" e restaurar os direitos e a propriedade de sua cidadania e suas empresas.  [Fonte]

No Japão aumenta número de idosos que cometem pequenos crimes apenas para irem presos e afastar a fome e a solidão

Você tem fome de quê?

Com a crise do capitalismo mundial, a situação se agrava - ou a corda arrebenta sempre - para o lado mais fraco. Agora, leio que até no Japão, país que sempre aprendemos a admirar pelo respeito aos idosos, à tradição, à sabedoria dos anciões...

Aham, esqueçam tudo isso. Se verdadeira a notícia que reproduzo a seguir (e só não coloco como tal porque vem sem fontes primárias), idosos partiram para o desespero e estão - como disse no título - cometendo pequenos crimes para garantir um lar, comida, atendimento médico e psicológico e, também, companhia. A ordem está embutida na pergunta "Você tem fome de quê".

O mais recente relatório anual sobre o crime divulgado pela polícia japonesa tem levantado algumas preocupações. As estatísticas mostram que um em cada quatro japoneses detidos por furtos em 2010 tinha mais de 65 anos. Em 1986, quando começaram essas estatísticas, somente um em cada vinte japoneses presos por roubo era maior de 65.
 
Para as autoridades policiais, o envelhecimento da população não explica tudo. Elas atribuem este fenômeno a mudanças na sociedade japonesa, muito mais individualista e difícil do que antes. Quebrou-se a antiga tradição japonesa de reunião sob o mesmo teto de três gerações de uma mesma família. Uma situação que garantia aos avós que na fase final de sua vida estariam sob os cuidados de sua família imediata. Este cenário praticamente deixou de existir.
 
Nos tempos modernos, o jovem deixa a casa da família mais cedo e muitas vezes se muda para outra cidade em busca de um emprego. Uma situação que faz com que os idosos acabem sozinhos, desorientados, isolados da sociedade que os rodeia.
 
A solidão e a falta de dinheiro são os principais motivos que levam os idosos a pequenos delitos, em número cada vez maior na sociedade japonesa. Isto parece provar uma pesquisa realizada no ano passado pela polícia de Tokyo com um grupo de mil pessoas pegas com as mãos na massa. A maioria havia roubado alimentos ou cosméticos com valor inferior a quarenta e cinco dólares.
 
Mais da metade disse que não tinha "nada para viver" e outros 40 por cento disseram que não tinham família ou amigos. "As pessoas mais velhas podem roubar, não só por razões econômicas, mas também por um sentimento de isolamento", disse um policial ao diário Mainichi.
 
E, para escapar de sua solidão e do abandono de suas famílias, muitas delas chegaram à conclusão de que o melhor lugar onde você pode estar é na prisão. Lá, têm um teto, comida quente e companhia. "No plano afetivo, na prisão os anciãos são prisioneiros mimados, enquanto na sociedade a vida é muito difícil para eles", declarou Saito, que recentemente saiu da prisão, à emissora France Inter.
 
Com o aumento da população carcerária da terceira idade, as autoridades japonesas decidiram adequar as instalações às necessidades dos idosos. Assim, por exemplo, um andar inteiro de Prisão de Mihara, perto de Hiroshima, foi adaptado para as necessidades desses prisioneiros. O governo também decidiu gastar cem milhões de dólares para a construção de espaços semelhantes em outras três prisões. "Devemos fornecer a eles o mesmo tipo de atenção que têm em uma residência habitual", disse um funcionário da prisão à Associated Press.
 
Na prisão, não só encontram cuidados necessários e novas amizades, mas também têm de cumprir obrigações. Em Mihara, por exemplo, têm de trabalhar seis horas por dia, dois a menos que os presos comuns. Um ambiente que preferem à indiferença com que a sociedade os trata lá fora. [Fonte]

Triste.


Nos EUA, não é a história que se repete como farsa. É a própria farsa que se repete. Síria-Iraque e as armas químicas

Mais essa agora, que vem confirmar a publicação que fizemos aqui outro dia, quando a ex-repórter da CNN Âmbar Lyon afirmou que recebeu ordens para manipular notícias a fim de demonizar Irã e Síria. 

Segundo Lyon, a CNN recebe dinheiro do governo dos EUA e de aliados para manipular notícias, como fizeram anteriormente com a farsa das tais armas químicas do Iraque, que nunca existiram, serviram apenas para justificar a invasão e destruição daquele país.

Ela ainda enfatizou que o mesmo está sendo feito agora, com a demonização planejada da Síria e do Irã.

Não foi preciso esperar muito para confirmar as palavras da repórter.

Agora, pela primeira vez, os Estados Unidos pedem à ONU que investigue a informação de que a Síria estaria usando armas químicas em pequena escala. [Fonte]

Daí para a invasão e destruição de uma cultura milenar, com paisagens, costumes, culinária, história insubstituíveis, é um passo. Que os Estados Unidos nunca hesitaram dar.


Documento oficial desaparecido há 45 anos ressurge e mostra tortura e extermínio de milhares de índios no Brasil



Latifundiários e até funcionários do antigo Serviço de Proteção ao Índio (quanta ironia) são os prinmcipais responsáveos pelo extermínio até de tribos inteiras neste nosso Brasil varonil-il-il.

Os dpocumentos, como disse notítulo, estavam sumidos há 45 anos, e de repente ressurgem, impávido colosso, no Museu do Índio, que já andoiu de lá pra cá, com mudanças de enmdereço, sem que se tenha dado conta que os documentos desaparecidos estavam ali, bem na frente de quem tivesse olhos pra ver.

O Relatório de mais de 7 mil páginas que relatam massacres e torturas de índios no interior do país, dado como queimado num incêndio, é encontrado intacto 45 anos depois. A expedição percorreu mais de 16 mil quilômetros e visitou mais de 130 postos indígenas onde foram constatados inúmeros crimes e violações aos direitos humanos. O governo ignorou pedido do Relatório Figueiredo para demitir 33 agentes públicos e suspender 17.

Depois de 45 anos desaparecido, um dos documentos mais importantes produzidos pelo Estado brasileiro no último século, o chamado Relatório Figueiredo, que apurou matanças de tribos inteiras, torturas e toda sorte de crueldades praticadas contra indígenas no país – principalmente por latifundiários e funcionários do extinto Serviço de Proteção ao Índio (SPI) –, ressurge quase intacto. Supostamente eliminado em um incêndio no Ministério da Agricultura, ele foi encontrado recentemente no Museu do Índio, no Rio, com mais de 7 mil páginas preservadas e contendo 29 dos 30 tomos originais.
Em uma das inúmeras passagens brutais do texto, a que o Estado de Minas teve acesso e publica na data em que se comemora o Dia do Índio, um instrumento de tortura apontado como o mais comum nos postos do SPI à época, chamado “tronco”, é descrito da seguinte maneira: “Consistia na trituração dos tornozelos das vítimas, colocadas entre duas estacas enterradas juntas em um ângulo agudo. As extremidades, ligadas por roldanas, eram aproximadas lenta e continuamente”.
Entre denúncias de caçadas humanas promovidas com metralhadoras e dinamites atiradas de aviões, inoculações propositais de varíola em povoados isolados e doações de açúcar misturado a estricnina, o texto redigido pelo então procurador Jader de Figueiredo Correia ressuscita incontáveis fantasmas e pode se tornar agora um trunfo para a Comissão da Verdade, que apura violações de direitos humanos cometidas entre 1946 e 1988.
A investigação, feita em 1967, em plena ditadura, a pedido do então ministro do Interior, Albuquerque Lima, tendo como base comissões parlamentares de inquérito de 1962 e 1963 e denúncias posteriores de deputados, foi o resultado de uma expedição que percorreu mais de 16 mil quilômetros, entrevistou dezenas de agentes do SPI e visitou mais de 130 postos indígenas. Jader de Figueiredo e sua equipe constataram diversos crimes, propuseram a investigação de muitos mais que lhes foram relatados pelos índios, se chocaram com a crueldade e bestialidade de agentes públicos. Ao final, no entanto, o Brasil foi privado da possibilidade de fazer justiça nos anos seguintes. Albuquerque Lima chegou a recomendar a demissão de 33 pessoas do SPI e a suspensão de 17, mas, posteriormente, muitas delas foram inocentadas pela Justiça.
Os únicos registros do relatório disponíveis até hoje eram os presentes em reportagens publicadas na época de sua conclusão, quando houve uma entrevista coletiva no Ministério do Interior, em março de 1968, para detalhar o que havia sido constatado por Jader e sua equipe. A entrevista teve repercussão internacional, merecendo publicação inclusive em jornais como o New York Times. No entanto, tempos depois da entrevista, o que ocorreu não foi a continuação das investigações, mas a exoneração de funcionários que haviam participado do trabalho. Quem não foi demitido foi trocado de função, numa tentativa de esconder o acontecido. Em 13 de dezembro do mesmo ano o governo militar baixou o Ato Institucional nº 5, restringindo liberdades civis e tornando o regime autoritário mais rígido.
O vice-presidente do grupo Tortura Nunca Mais de São Paulo e coordenador do Projeto Armazém Memória, Marcelo Zelic, foi quem descobriu o conteúdo do documento até então guardado entre 50 caixas de papelada no Rio de Janeiro. Ele afirma que o Relatório Figueiredo já havia se tornado motivo de preocupação para setores que possivelmente estão envolvidos nas denúncias da época antes de ser achado. “Já tem gente que está tentando desqualificar o relatório, acho que por um forte medo de ele aparecer, as pessoas estão criticando o documento sem ter lido”, acusa.
Suplícios
O contexto desenvolvimentista da época e o ímpeto por um Brasil moderno encontravam entraves nas aldeias. O documento relata que índios eram tratados como animais e sem a menor compaixão. “É espantoso que existe na estrutura administrativa do país repartição que haja descido a tão baixos padrões de decência. E que haja funcionários públicos cuja bestialidade tenha atingido tais requintes de perversidade. Venderam-se crianças indefesas para servir aos instintos de indivíduos desumanos. Torturas contra crianças e adultos em monstruosos e lentos suplícios”, lamentava Figueiredo.
Em outro trecho contundente, o relatório cita chacinas no Maranhão, em que “fazendeiros liquidaram toda uma nação”. Uma CPI chegou a ser instaurada em 1968, mas o país jamais julgou os algozes que ceifaram tribos inteiras e culturas milenares. [Fonte]

Em Cuba, 'Damas de Blanco', parceiras de Yoani Sanchéz, brigam por dinheiro de corrupção made in USA

Elas não vêem nada de mais em receber dinheiro de um país inimigo do seu, um país que prega e propaga um embargo injusto e humilhante a Cuba. Recebem o dinheiro para praticarem atividades antiCuba numa boa, sem nenhum peso na consciência. Saem às ruas por qualquer motivo para denunciarem a "ditadura" cubana dos irmãos Castro.

Mas não se incomodam de receber dinheiro do mesmo país que oprime o seu, do país que proíbe que, por exemplo, medicamentos cheguem a Cuba.

Ah, mas se a subvenção enviada pelo governo dos EUA cai, aí, ihhhhh!, ui-ui-ui, ai-ai-ai, a "brincadeira" perde toda a graça e elas reclamam.

Um escândalo de corrupção interna espirrou nas Damas de Branco, organização criada em 2003 por parentes de presos cubanos. Sete membros e ex-membros deste grupo que denunciam o atual presidente Berta Soler por desvio dos recursos que recebem do exterior, particularmente os Estados Unidos.

No vídeo, as sete pessoas reclamam que o subsídio de pessoal para cada marcha de protesto, antes de 30 pesos conversíveis (dólares), foi reduzido drasticamente para 15, sem qualquer explicação, depois da nomeação de Berta Soler como chefe do grupo, substituindo à falecida Laura Pollan.
 
O escândalo coincide com o prêmio Prêmio Sakharov para a direção das Damas de Branco, na terça-feira 23 de abril, no Parlamento Europeu.
 
Essas pessoas são as "Damas de Branco" Leonor United Borges, Mirtha Gregoria Gomez, Raquel Castillo e Ana Luisa Lorenzo Rubio Bez, e os "brancos" Lilia Castaner Hernandez, Miriam Reyes e Katia Sonia Martín Gómez Veliz. Este, representa em Cuba o ilegal grupo de extrema direita "Cuba Independente e Democrática" (CID), liderado a partir de Miami por Huber Matos, conhecido ex-comandante que traiu a revolução e enfrentou em armas Che Guevara e Camilo Cienfuegos. [Fonte]
 
O Movimento de Solidariedade com Cuba denuncia como golpistas as Damas de Branco e outros grupos chamados "dissidentes" cubanos, que são financiados pelo governo dos EUA, por vários governos da União Europeia e empresas de mídia internacionais, diretamente ou através de organizações intermediárias, tais como as Damas de Branco.

Elas não estão nem aí. Recebem numa boa, e só reclamam quando o jabá diminui. Ideologicamente falando, é claro...

E se cortarem o apoio a Yoani Sanchez?  Será que a blogueira "independente" vai aderir?

Verdade é que quem se vende recebe mais do que vale.

 
 

Em Miami, apresentador de TV chama militares da Venezuela a golpe contra governo democraticamente eleito

Nascido em Cuba e tendo a Venezuela como sua segunda pátria (conforme suas palavras), embora more e trabalhe em Miami (EUA), Fernando Hidalgo tem um programa na Mega TV, “El Show de Fernando Hidalgo”, onde pregou simplesmente um golpe militar contra o governo de Nicolás Maduro, eleito na Venezuela no último dia 14.



Impressionante como os direitistas pregam o golpe com a boca cheia, sem um pingo de vergonha, e ainda se orgulham, se jactam de desrespeitar a vontade soberana do povo nas urnas.

Ex-repórter da CNN afirma que recebeu ordens para manipular notícias a fim de demonizar Irã e Síria



A ex-repórter da CNN Âmbar Lyon revelou que durante seu trabalho para o canal recebeu ordens para enviar notícias falsas e excluir outras que não favoreciam o objetivo do governo dos EUA de criar uma opinião pública favorável a uma agressão ao Irã e à Síria.

Lyon afirmou ainda que os principais meios de comunicação dos Estados Unidos intencionalmente trabalham para criar uma propaganda contra o Irã para angariar o apoio da opinião pública a uma invasão militar.

Ela enfatizou que o cenário de demonização utilizado anteriormente para justificar a guerra ao Iraque está se repetindo agora contra Irã e Síria.

A ex-repórter esclareceu que o canal CNN manipula e fabrica notícias e sublinha que o canal recebe dinheiro do governo dos EUA e de outros países em troca do conteúdo de notícias. [Fonte]

Lá, como aqui, manipulam-se as notícias, brandindo um falso patriotismo, por um lado, e recebendo muito bem para isso, pelo outro.  

Epidemia de dengue no Rio atinge Búzios, Cabo Frio, Arraial e mais 41 dos 92 municípios. TCU culpa estado e prefeituras

Sobrou dinheiro nos cofres e agora quase a metade do Rio está com epidemia de dengue. 12 morreram apenas este ano. E já foram confirmados mais de 107 mil casos de dengue em 2013 no estado do RJ. Em Volta Redonda foram registrados 31 casos de dengue hemorrágica.

Segundo o Tribunal de Contas da União, o problema não foi falta de verbas. Pelo contrário, sobrou dinheiro nos cofres públicos para prevenção da dengue.O governo federal mandou as verbas, mas Sérgio Cabral e Eduardo Paes deram uma de Macunaíma (ai, que preguiça) e elas não foram utilizadas. A população sofre.

Agora, olha por que eles não se movem. Perceba o tamanho da multa aplicada aos dois Secretários de Saúde irresponsáveis:

O secretário municipal de saúde, Hans Dohmann recebeu a  multa de R$ 25 mil reais. O secretário estadual de saúde, Sérgio Cortes, também foi multado pelo TCU em R$ 10 mil. Nos dois casos, eles são acusados de "praticar ato com grave infração à norma legal ou regulamentar de natureza contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial."

Após analisar as justificativas da Prefeitura e do Governo do estado, o Tribunal de Contas da União (TCU) concluiu que "essa situação demonstra, no mínimo, falta de planejamento na utilização dos recursos e deficiências graves de gestão das secretarias, chegando às raias do descaso para com a coisa pública e de desrespeito ao atendimento das necessidades e das ações que compõem o pacto pela saúde" [Fonte].

Enquanto não forem punidos pelo crime de homicídio culposo, nada vai mudar.

Também espanta que o assunto ainda não tenha chegado às primeiras páginas dos jornais (será que é por que os governos Cabral e Paes investem juntos quase R$ 1 bi em publicidade por ano?).

Venezuela: Imagens no Twitter com destruição de urnas eleitorais são de 2009. Homem está preso, e trabalha numa TV antichavista

As imagens foram usadas para tentar desestabilizar a Venezuela e anular as eleições em que o candidato escolhido por Chávez, Maduro, se saiu vencedor.  Mas a verdade veio à tona:

Caracas, 16 Abr. AVN.- Autoridades del Estado venezolano detuvieron a un sujeto que difundió este lunes por las redes sociales fotografías correspondientes a las elecciones regionales de 2008, destinadas a hacer creer que funcionarios militares están ocultando y destruyendo urnas electorales de los comicios celebrados este domingo, 14 de abril.
La información fue suministrada por el director del Ministerio de Relaciones Interiores y Justicia, Jorge Galindo a través de su cuenta en Twitter, donde escribió que el sujeto detenido responde al nombre de Andrés Rondón Sayago y es empleado de seguridad de una planta televisiva privada.
"Capturado quien habría utilizado las redes sociales para colgar imagen de procesos electorales viejos con fines desestabilizadores", dijo @JorgeGalindoMIJ.
En otro tuit, Galindo comentó que el sujeto detenido por difundir imágenes viejas en las redes sociales será presentado este martes ante los órganos del Poder Judicial.
Las gráficas que circularon este lunes por mensajes de teléfonos inteligentes y se muestran en Facebook y Twitter, provocaron comentarios airados que llamaron a la violencia.
En las imágenes se observan militares, bomberos y personal del Consejo Nacional Electoral (CNE) en un procedimiento de destrucción de material electoral, en 2009, en obediencia al artículo 169 de la Ley Orgánica de Procesos Electorales.
Las fotografías fueron tomadas de la página web del CNE donde se registra esta operación acompañada de la correspondiente reseña de prensa. [Fonte]

Está aí mais uma prova de que a direita venezuelana trabalha por um golpe no país, já que não conseguiu vencer no voto.

O sujeito postou no Twitter imagens de 2009, como se fossem de agora, em que bombeiros e pessoal do Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela destruíam material daquela eleição, segundo uma determinação da Lei Venezuelana.

É uma vergonha que mintam, agridam e assassinem (sete socialistas foram mortos, desde a proclamação do resultado)  e ainda saiam às ruas para pedir ajuda aos EUA, que tentam desestabilizar a Venezuela desde o início do governo Chávez, de olho na maior quantidade de petróleo de qualidade do mundo. A imagem a seguir mostra os sujeitos ocultos do golpismo:




Pedir ajuda a Estados Unidos e Israel... sem comentários.



Esse monte de gente em seus carros e esse monótono e diário engarrafamento. Por quê?



Por que todo mundo resolve sair de carro na mesma hora, se sabe que vai pegar esse maldito engarrafamento?

Por que não esperam um pouco, vão a um cinema, uma lanchonete, até o trânsito melhorar?

Por que tem que ser assim, e sempre assim, todo dia?

Por que esse idiota com esse carro velho não pegou um ônibus ou metrô? Essa gente nunca ouviu falar em transporte público?

Essa mulher aqui ao lado. Feia, muito pintada, mal pintada, exageradamente pintada, e falando no celular. Por que ela não dá ordens pra empregada ao sair de casa? Ou quando chegar em casa?

Olha lá, o babaquinha pegando acostamento. Vai engarrafar todo mundo, mas ele se acha esperto. Mané.

Todos os carros em volta do meu estão apenas com o motorista. Será que nunca ninguém ouviu falar numa coisa chamada transporte solidário?

Pra que serve a porra do governo que não faz uma campanha educativa, incentivando a porra, o caralho, o fodido transporte solidário?

Porra, se pelo menos eu tivesse alguém com quem conversar...

Ah, ainda tem o babaca que, a cada movimento dos carros, buzina. Dá vontade de ficar parado pra ver o que ele faz:

- Passa por cima, babaca!

Ele buzina.

Puta que pariu, será que as pessoas ainda não entenderam que se todo mundo sair de casa com seus carros ao mesmo tempo a cidade não anda? 

Eu não aguento mais isso. Vou pegar o acostamento, porque essa porra já encheu.

Bibi.

- Bibi é o caralho, mané!



Sobre 'invasores' do Jardim Botânico: Você já viu a versão da Globo. Leia agora a de uma historiadora

As Organizações Globo, que sempre estiveram, estão e estarão na contramão dos interesses populares, vem fazendo uma campanha contra o que chama de invasão de uma área do Jardim Botânico, cobrando a remoção dos "invasores" (como sempre defenderam a remoção e extinção das favelas e favelados).

Como é grande e oligopólico o poder das Organizações Globo (leia aqui O poder das Organizações Globo é um risco para a democracia no Brasil) a maioria das pessoa tem apenas a visão Global (de Globo) do que está acontecendo. Por isso, reproduzo aqui uma outra visão, que mostra que, talvez, invasores sejam os invadidos. Que tal?

Artigo de Laura Olivieri, Historiadora, doutora em Serviço Social, coordenadora técnica do Museu do Horto (www.museudohorto.org.br) e coordenadora de projeto do Museu da Pessoa (www.museudapessoa.net) [Fonte].

No dia 4 de abril de 2013, agentes da Polícia Federal e do Batalhão de choque da PM chegaram ao Horto Florestal do Rio de Janeiro, a mando de uma juíza federal da 23ª Vara Federal, Maria Amélia Almeida Senos de Carvalho, que sentenciou uma liminar a favor da reintegração de posse para o Instituto de Pesquisa Jardim Botânico do Rio de Janeiro (IPJBRJ) de uma casa que estaria em “área de risco” e “dentro do parque”.  

Essa injustiça aconteceu a despeito de a Superintendência de Patrimônio da União (SPU) —legítima gestora das terras da União em conflito fundiário nesse caso— ter determinado na Advocacia Geral da União (AGU) a suspensão de todas as ações de reintegração de posse referentes à essa querela, justamente por entender que cabe a ela, SPU, legislar sobre a posse de terras que são propriedade da União e que as mesmas podem e devem, desde a constituição de 1988, assumir a responsabilidade social do Estado em benefício de trabalhadores residentes há mais de cinco anos no lugar.

No Horto, as famílias de moradores são posseiras históricas, visto que residem há décadas e, em alguns casos, há séculos na região. Igualmente posseiro histórico dessas terras é o Jardim Botânico, apesar do equívoco reafirmado constantemente pelo discurso hegemônico de atribuir a propriedade das terras do Estado a essa instituição. Portanto, a primeira construção que esse artigo busca desmobilizar é de que a comunidade do Horto estaria “dentro do Jardim Botânico”. Isso não é verdade e essa falácia precisa ser desconstruída, a partir do conhecimento histórico sobre a região do Horto e divulgada 

O Horto Florestal do Rio de Janeiro existe oficialmente no mapa da cidade desde 1875. Antes, contudo, a região já era ocupada por senhores e trabalhadores escravos de um Engenho de açúcar fundado em 1578 por Mem de Sá, chamado Engenho D´El Rey —e que mudou de nome e de sede em 1695, passando a se chamar Engenho Nossa Senhora da Conceição da Lagoa. Já no século XVIII o Horto sediava uma Fazenda de café cuja casa Grande era pioneira no Brasil em seu estilo arquitetônico: O Solar da Imperatriz.

O Parque Jardim Botânico foi fundado por D. João VI em 1811 e trouxe a terceira onda populacional da região, composta por trabalhadores escravos daquela grande obra, a terceira oficialmente fundada no local pela Coroa.

O Horto sempre foi palco da história oficial de nossa cidade. Igualmente, foi lugar do quilombismo histórico nas matas da Freguesia da Gávea, tendo abrigado, perto de 1888, um importante reduto de quilombolas  [2]   : o mocambo das Margaridas (SILVA, 2003, p. 74)  [3]   , rota de fuga para os Quilombos da Sacopã (na atual Fonte da Saudade) e das Camélias (no atual Alto Leblon). Os moradores guardam essa memória e são resilientes em sua resistência histórica.

No dia quatro de abril houve cinco horas de negociações pacíficas, embora as forças federais e militares estivesses presentes nas trincheiras do conflito. Encontravam-se também alguns parlamentares e seus representantes bem como quadros da SPU, da OAB e da Comissão parlamentar de Direitos Humanos, os quais intermediavam as negociações de paz entre moradores, lideranças comunitárias e agentes federais encarregados da ordem de despejo.

Graças à adesão dos intermediários e à atuação da presidente da AMAHOR e do advogado que apoia esta associação de moradores foi possível a construção de um acordo em que os moradores se mudaram temporariamente para dois imóveis da União enquanto aguardam a autorização para retornarem ao Horto, seu lugar de origem e de identidade, quando da implementação da Regularização Fundiária proposta pela SPU, a legítima gestora das terras em conflito.

A SPU contratou uma pesquisa de mapeamento e diagnóstico da UFRJ que, em dezembro de 2010 concluiu sua análise e a encaminhou para avaliação das partes envolvidas na querela. A comunidade aprovou a proposta, ainda que nela houvesse algumas orientações de remanejamento de casas em que estivessem em locais de risco (risco aqui entendido como socioambiental, ou seja, para o meio ambiente e sobretudo para o próprio morador devido a condições adversas de moradia). O IPJBRJ a recusou alegando que precisava de espaço para expandir o seu arboreto, patrimônio público natural, e para o avanço das pesquisas botânicas. Causas nobres de fato, mas não mais importantes do que a vida humana e o direito humano fundamental à moradia de famílias tradicionalmente enraizadas no território.

A proposta de Regularização Fundiária apresentada pela SPU foi conduzida com ética administrativa, competência acadêmica e conhecimento técnico suficientemente notórios e com a legitimidade política da instituição gestora das terras da União e responsabilidade social.   O estudo ainda levou em consideração um levantamento realizado pelo ITERJ, em 2005 e se baseou nos critérios do direito à moradia e das obrigações sociais do Estado e suas propriedades, ambos referenciais importantes da constituição brasileira de 1988 e marcos teóricos do processo de democratização das instituições nacionais. Portanto, afirmar que a SPU teria conduzido com improbidade administrativa o processo acima exposto é um outro construto falacioso que esse texto busca desmentir.

Voltando à primeira desconstrução a que nos propusemos, é importante que se rememorem dados. Até os anos 1950 havia uma fronteira espessa e pantanosa entre o parque e a comunidade. No final dessa década, uma tempestade arrancou o bambuzal que fazia a divisa natural .

Nessa época, após o temporal, o Jardim Botânico permitiu que os trabalhadores do parque e moradores do Horto construíssem casas mais perto do trabalho e muitos residentes da região do entorno do Solar da Imperatriz e do chamado Hortão se mudaram para a localidade adjacente, batizada de Caxinguelê. Para atender esses moradores do Horto, foi erguida a Escola Municipal Julia Kubitschek, fundada pelo presidente Juscelino Kubitschek e que era um dos marcos da fronteira. Do outro lado, no sopé da colina por onde passa o Aqueduto histórico do Horto (construído por escravos no século XVIII para o abastecimento de água na região da Lagoa Rodrigo de Freitas  [4]   ) havia um portão que delimitava os dois espaços, hoje conflitantes. 

Mas foi somente nos anos 1990 que o Jardim Botânico se tornou Instituto de pesquisa e começou a expandir o seu arboreto, justamente em direção à comunidade. Se hoje algumas casas do Caxinguelê estão “dentro do parque” como se afirma no discurso hegemônico, elas assim estão porque foi o IPJBRJ que avançou e as incorporou dentro dos novos limites de seus portões. Portanto, é imperativo desmentir que os moradores do Horto são invasores...

Nessa mesma década, o IPJBRJ obteve a posse do Solar da Imperatriz para nele fundar a Escola Nacional de Botânica. Dali em diante foi fácil argumentar que a região situada entre o monumento e o arboreto era toda território do Instituto. Mas não é assim porque nessa linha reta que o IPJBRJ quer traçar (e vem traçando com abertura de estradas no Horto, à beira do rio) há centenas de casas, famílias e memórias que não podem ser suprimidas pela necessidade da pesquisa botânica e da expansão do que quer que seja. Não sem antes se considerar as vidas e os direitos humanos instalados ali, historicamente.

Por conhecer essa história a fundo, é meu dever, como historiadora, repassá-la adiante. A missão de transmiti-la é do Museu do Horto, projeto social de memória que eu construí com os moradores do Horto para reafirmar a sua identidade histórica no lugar desse conflito. A razão de interpretar é do leitor e a capacidade de aceitar ou não as verdades e as injustiças é da consciência de cada cidadão.  

Vale a pena assistir o vídeo em que Emília Maria de Souza, liderança comunitária do Horto, fala as verdades à imprensa no dia da reintegração de posse sobre os acontecimentos da manhã do dia 4 de abril. E elogia o 23 Batalhão da PMERJ. 

A seguir há uma galeria de fotos tiradas por Pedro Marins Maciel e Ana Paula Amorim. Muitas das informações aqui apresentadas foram coletadas com o trabalho de memória oral. Trechos de depoimentos dos moradores foram selecionados e apresentados no documentário Horto Lugar de memórias


[2]   Quilombolas eram escravos que resistiam ao sistema colonial escravista que se refugiavam normalmente nas matas e buscavam ressignificar costumes e crenças africanos.
[3]   SILVA, Eduardo.  As Camélias do Leblon e a Abolição da Escravatura  . São Paulo: Cia das Letras, 2003.
[4]   A Lagoa chamava-se nessa época de Lagoa de Sacopenapã, nome indígena.

O 'legado do PAN' foi abaixo. O da Copa vai pelo mesmo caminho. Maracanã entra em novas obras depois da Copa

Morador do Rio sabe: durante as desapropriações, os adendos bilionários aos contratos etc. para o PAN de 2007, realizado aqui, a expressão mais usada por autoridades foi a tal "legado do PAN".

Esse legado, pelo que eu sei, é que nada foi investigado, das mutretas denunciadas à exaustão.

Porque o tal legado mesmo está indo por água abaixo. O velódromo construído teve que ser demolido, pois não serve para Olimpíadas (e todos sabiam que o Rio era uma cidade potencialmente olímpica, inclusive com uma candidatura anterior).

O Engenhão, segundo recentes informações, é um prédio podre, onde não funciona o sistema hidráulico, os painéis são de última categoria, e agora se descobre que a construção da cobertura foi mais uma obra mal feita, que ocasionou a interdição do estádio por sabe-se lá quanto tempo.

Agora, para as Olimpíadas de 2016, novas e intensas desapropriações estão sendo feitas. Benesses para as construtoras, criadas.

O autódromo do Rio, onde se disputaram provas de Fórmula 1 e Fórmula Indy, vai abaixo.

O estádio de atletismo Célio de Barros, no Complexo do Maracanã, também.  Assim como o Complexo Maria Lenk, de natação, no mesmo local. E o antigo e tombado prédio do antigo Museu do Índio.

Assim como foi destruído (após ter passado por duas grandes reformas, uma específica para o PAN), o Maracanã, bem tombado que o Iphan autorizou vir abaixo, com justificativa que ainda vai ser apurada.

Como se não bastasse, leio horrorizado que o Maracanã (cujas obras iniciais estavam orçadas em menos de R$ 500 milhões e já alcançaram a estratosférica quantia de R$ 1 bilhão), o Maracanã, dizia, tem que entrar em obras novamente após a Copa, para atender exigências do Comitê Olímpico.

A atual reforma (mais correto seria dizer reconstrução) do Maracanã para a Copa de 2014 começou no dia 13 de agosto de 2010. Pouco menos de um ano antes (em 2 de outubro de 2009), o Rio fora escolhido sede dos Jogos Olímpicos de 2016. Já se sabia, portanto, que o outrora “maior e mais belo estádio do mundo” seria palco das duas principais competições esportivas do planeta.

Como é possível que toda a obra (que custou cerca de R$ 1 bilhão) não tenha sido concebida numa parceria da CBF com o COB, já pensando nos dois eventos? Como é aceitável que agora o Comitê Rio-2016 mande um ofício ao governo do Estado, avisando que novas reformas precisarão ser feitas, entre outras coisas, para aumentar os túneis de acesso ao campo e reforçar a cobertura, que necessita suportar 120 toneladas (para manter suspenso um gigantesco placar no meio-campo), em vez das 80 projetadas?

É muita incompetência, não? Ou algo bem pior. Afinal, novas obras geram novos (super?) faturamentos, novas comissões, eventualmente novas empreiteiras (algumas ligadas a bicheiros e que tais) etc. Vide a vergonhosa história do Engenhão, que, aliás, também está no pacote olímpico...

Possíveis cambalachos à parte, o mais grave é o risco (praticamente uma certeza) de se ter mais um ou dois anos de Maracanã fechado, em prol de duas cerimônias olímpicas: a de abertura e a de encerramento, pois para os Jogos em si, ou seja, para o torneio de futebol, o estádio já estaria pronto.

Se o governo do Estado e a prefeitura tivessem um mínimo de preocupação com o dinheiro público, com as finanças dos clubes e com o prazer e a segurança dos torcedores diriam, agora, um sonoro NÃO ao comitê da Rio 2016. Entre modificar e fechar novamente o Maracanã e alterar detalhes das cerimônias das Olimpíadas o que faz mais sentido? O que indica o bom-senso?

O problema é que, nos dias de hoje, esperar sensatez, austeridade e equilíbrio da maioria dos nossos dirigentes esportivos e dos nossos políticos, equivale mais ou menos a aguardar a chegada de Papai Noel, no pé da lareira, ou do Coelhinho da Páscoa, no jardim. Haja paciência para aturar tantos desmandos. Essa sim é uma tarefa olímpica...[Fonte]

Como a notícia foi publica numa coluna de O Globo, o vice-governador Pezão correu para responder ao colunista:

No domingo à tarde, um dia antes da nota oficial do Governo, o Vice-Governador Luiz Fernando Pezão me ligou para garantir que o Maracanã não voltará a ser fechado, nem sofrerá novas reformas depois do Mundial, como é desejo o Comitê Rio-2016:

 — Não vejo necessidade alguma de um placar pendurado no meio do campo. Teremos quatro novos, moderníssimos, que atenderão a qualquer demanda. Quanto a largura dos túneis, no Pan de 2007 era pior e mesmo assim demos um jeito de entrar com as alegorias criadas pela Rosa Magalhães (carnavalesca responsável pela cerimônia de abertura).

Coordenador de Infraestrutura do Governo, Pezão foi enfático na conversa que teve comigo:

— O Comitê Organizador da Rio-2016 terá que adaptar as cerimônias à conformação do Maracanã e não o contrário. Repito e garanto: não haverá qualquer obra de modificação do Maracanã após essa que está sendo finalizada agora. Apenas fora do Complexo (ou seja, do estádio propriamente dito) e que não implicarão no seu fechamento e constam como encargos do futuro concessionário, já discriminadas no Edital de Licitação.

Agora, você que me lê, raciocine comigo. A Copa vai acontecer em 2014. Mesmo ano em que acabam os mandatos do governador Sergio Cabral e de seu vice, Pezão. Se não vai ter poder algum (a não ser que se eleja governador), como Pezão pode afiançar uma coisa dessas?

A palavra dele deve ser mais um "legado da Copa".  Porque tenho certeza que o Comitê Olímpico vai impor as obras, e o carioca vai ficar mais um novo tempo sem o Maracanã. E ainda vai pagar por isso...

WikiLeaks: Embaixador dos EUA afirma que Stuart Angel foi 'subsequentemente assassinado por agentes da Aeronáutica' em 1971

Stuart Angel, assassinado pela ditadura
Li a notícia no blog da irmã de Stuart, a colunista Hildergad Angel, e fico imaginando o soco no estômago que é ler cada uma das palavras escritas pelo então embaixador dos Estados Unidos no Brasil, William Manning Rountree.

Subsequentemente
assassinado
por
agentes
da
Aeronáutica

Agentes, claro está, que recebiam do Estado brasileiro o dinheiro com que compravam o pão, o bife, a batata frita, o sundae do Bob's. Também pagavam o aluguel, a prestação do carro e da TV, geladeira. A escola do filho. O dinheiro pro lanche.

E recebiam esse dinheiro para torturar e assassinar cidadãos brasileiros que lhes pagavam salário, via impostos, e que lutavam contra a ditadura vendida aos EUA, que nos foi imposta.

Stuart, confirma o vazamento do Wikileaks, foi assassinado.

Disponibilizado pelo Wikileaks, documento da embaixada dos EUA em Brasília endereçado aos escritórios de Assuntos Interamericanos do Departamento de Estado dos EUA, em Recife, Rio de Janeiro e São Paulo, no dia 14 de março de 1973, fala sobre o assassinato do militante Suart Edgart Angel Jones, que teria sido absolvido em sessão secreta da Suprema Corte Militar dois anos após sua morte.

Assinado pelo então embaixador dos Estados Unidos no Brasil, William Manning Rountree, o telegrama narra “o capítulo final do trágico caso” de Stuart Angel. “Na última semana, em uma sessão secreta, a Suprema Corte Militar reafirmou a decisão do Tribunal da Aeronáutica em absolver Jones de sua alegada contravenção ao Ato de Segurança Nacional. Como o departamento está consciente, Jones foi detido no Aeroporto Galeão (Rio) em 1971 e subsequentemente assassinado por agentes da Aeronáutica”.

O também guerrilheiro Alex Polari deu detalhes do que ocorreu:

A versão mais conhecida e aceita de sua tortura e morte foi dada pelo ex-guerrilheiro Alex Polari, também preso na base, e que assistiu da janela de sua cela as torturas feitas contra Stuart, presenciando inclusive a cena em que ele foi arrastado por um jipe militar, com o corpo completamente esfolado e com a boca no cano de descarga do veículo, pelo pátio interno do quartel, o que causou sua morte por asfixia e envenenamento por gás carbônico. [Fonte]

A "ditabranda" da Folha era assim. E a cada dia ficamos sabendo um pouco mais de tudo aquilo que aconteceu. Do terror. Das vidas e sonhos interrompidos.

E a cada nova informação, como essa do Wikileaks, a família revive a dor dilacerante de sempre saber a verdade aos poucos e durante anos, e de nunca ter a oportunidade do último adeus ao pai, ao marido, ao irmão, à esposa, à mãe, à irmã.

A Comissão de Verdade é um primeiro passo para que o Brasil um dia chegue à situação da Argentina, que está colocando a História nas ruas e os assassinos na cadeia.

Hildegard, todos somos Hildergard Angel, enquanto o Brasil não passar a limpo a ditadura civil-militar e colocar na cadeia os canalhas, assassinos ( e seus financiadores, inclusive donos de empresas midiáticas) travestidos de nacionalistas.

Oscar Wilde critica O Dentista Mascarado: É um Batman e Robin que não ousa dizer seu nome

Taís Araújo e Marcelo Adnet, O Dentista Mascarado


Aos meus leitores, especialmente aos que me acompanham durante os oito anos deste blog, confesso que também não serei imparcial nesta análise do primeiro episódio do seriado global "O Dentista Mascarado".

Conheço o protagonista desde pequeno, filho de meu amigo e parceiro Chico Adnet, e por isso procurei assistir o primeiro episódio querendo gostar. Acabei gostando.

Mas fiquei com uma monte de senões na cabeça. Especialmente porque esperava mais de todo mundo, do Marcelo, do também excelente Leandro Hassum, do casal Alexandre Machado (autor dos impagáveis Folhetins de Eleonora V. Vorsky no Planeta Diário)-Fernanda Young (o casal responsável por Os Normais) e do diretor José Alvarenga (também dos Normais, e meu vizinho - o que dá uma certa cumplicidade por proximidade).

Tinha uma desconfiança em minha cabeça sobre o que o casal de autores faria com um policial, pois sempre me pareceu que a área deles, desde o Planeta Diário, é a comportamental, com divertida abordagem sexual.

E o texto foi realmente a parte mais fraca do primeiro episódio. É certo que o objetivo principal era a apresentação dos personagens e a introdução na trama que vai se desenvolver no seriado. Mas ficou tão abaixo do que todos podem produzir, que imagino que esse episódio específico tenha sofrido influência de pesquisas qualitativas que acabaram transformando o cavalo num dromedário. Ou será que estou tentando livrar a cara do grupo?

Penso eu que, a partir do texto fraco (ou cortado pelas qualis ou censuras internas da Globo), Alvarenga partiu para uma direção em que privilegiou o histrionismo da dupla Adnet-Hassun, com alguns momentos que me fizeram lembrar Os Trapalhões.

Daí que tudo ficou no meio do caminho. Por isso, o título desta postagem. Se é para partir para a farsa total, o nonsense (como nos roubos das quantidades absurdas de gás hilariante e próteses de ouro), por que não assumir de vez uma linguagem de quadrinhos e partir para algo semelhante ao Batman (O Vingador Mascarado) de Adam West, na década de 60?

Para quem não se lembra, ou não sabe do que se trata (o que tenho certeza não acontece com atores, autores e diretor do Dentista Mascarado), reproduzo um episódio a seguir:



Em favor de toda a equipe, não se deve esquecer que esse foi apenas o primeiro episódio (aquele em que mais gente dá palpite). Quem vê apenas a tromba, não adivinha o elefante que vem em seguida.

Tomara que sejam episódios melhores, que reforcem nossa produção. Afinal, o trio Alfredo Machado-Fernanda Young-José Alvarenga tem o crédito da criação e produção de Os Normais, talvez o seriado mais bem sucedido da moderna TV brasileira.

E a dupla Marcelo Adnet-Leandro Hassun é sucesso na TV, na internet e nos cinemas. Que não seja diferente no Dentista Mascarado.



Ministro Paulo Bernardo quer completar serviço de FHC e privatizar o que resta de público nas teles

Atenção, é privatização mesmo, nmão se trata de concessão. A ideia do governo, segundo o ministro, é passar para propriedade das operadoras bens da União concedidos a empresas de telecomunicação. Esses bens seriam devolvidos à União em 2025.

O governo certamente deve fazer isso em função dos excelentes serviços prestados por essdas empresas, campeãs em reclamação no Procon, como você pode conferir aqui, onde elas ocupam os primeiros lugares nas listas de reclamação, acompanhadas por dois intrusos, o Itaú (Feito para F. você) e o Bradesco (para F. você)

A campanha “Banda Larga é um direito seu” lançou no dia 20 de março uma nota criticando a proposta, que reproduzo a seguir:

Governo Dilma prepara nova privatização das telecomunicações: o que restou de FHC

A história nos prega peças. O ministro das Comunicações do governo Dilma, ligado ao Partido dos Trabalhadores, cogita a possibilidade de doar bilhões em bens considerados públicos às teles em troca de investimentos em redes de fibra óptica das próprias empresas. A infraestrutura essencial para os serviços de telecomunicações, minimamente preservada na privatização de FHC, será entregue às mesmas operadoras para que estas façam aquilo que deveria ser obrigação da prestação do serviço.

Quando o sistema Telebras foi vendido, em 1998, a telefonia fixa passou a ser prestada por concessionárias. Essas empresas receberam da estatal toda a infraestrutura necessária à operação do serviço, a qual foi comprada por alguns bilhões de reais. Definiu-se um prazo para as concessões e os bens a ela relacionados foram regulados como reversíveis, isto é, devem voltar à União ao final dos contratos de concessão para nova licitação. São bens submetidos ao interesse público, que retornam à posse do Poder Público para que, terminada a concessão, a União defina com quem e como deve se dar continuidade à prestação, já que é ela a responsável pelo serviço de acordo com a Constituição Federal.

Esse modelo de concessão foi adotado em razão de uma escolha crucial do governo FHC, a aplicação de regime jurídico ao serviço de telefonia fixa condizente com sua essencialidade – o regime público. Ele permite ao Estado exigir metas de universalização e modicidade tarifária das empresas concessionárias, além de regular as redes do serviço como reversíveis.

Telefonia fixa passaria ao regime privado

Antes da privatização, de 1995 a 1998, foram investidos bilhões de recursos públicos para preparar as empresas para os leilões. A planta da telefonia fixa quase dobrou. Posteriormente à venda, as redes reversíveis se desenvolveram para cumprir metas de universalização previstas nos contratos de concessão a serem concluídas até 2005. A ampliação da cobertura foi viabilizada pela tarifa da assinatura básica, reajustada durante muitos anos acima da inflação e até hoje com valor injustificadamente elevado.

Além desse incremento dos bens da concessão, a infraestrutura da telefonia fixa se tornou suporte fundamental para a oferta de acesso à banda larga no país. Mesmo as redes que eventualmente não tenham relação direta com o telefone, apresentam ligação financeira com ele. Afinal, também durante anos, e ainda hoje, houve subsídio cruzado ilegal da concessão às redes privadas de acesso à Internet. A telefonia que deveria ter tarifas menores passou a se constituir na garantidora da expansão da banda larga conforme critérios de mercado e de interesse econômico das operadoras.

Assim, a medida cogitada pelo ministro Paulo Bernardo aponta ao menos dois graves problemas. Primeiro, ela significa a transferência definitiva ao patrimônio das teles de bilhões em bens que constitucional e legalmente deveriam retornar à União, pedindo em troca que essas empresas invistam em si mesmas, ou seja, em redes que serão para sempre delas. Segundo, a doação bilionária envolveria grande parte da espinha dorsal das redes de banda larga no país, enfraquecendo ainda mais o Estado na condução de políticas digitais. Como se não bastasse, essa medida significaria o suspiro final do regime público nas telecomunicações, com a prestação da telefonia fixa passando exclusivamente ao regime privado.

A justificativa para a operação

Diante do desafio de especificar quanto das redes atuais de telecomunicações são ligadas à telefonia fixa ou resultado de suas tarifas, o arranjo em avaliação sem dúvida simplifica o processo em favor das operadoras. Não só isso, minimiza as vergonhosas consequências de até agora já ter sido vendido um número considerável de bens reversíveis sem autorização ou conhecimento da Anatel, que deveria tê-los controlado desde as licitações, mas não o fez efetivamente.

Se aprovada tal proposta, o nosso saldo será a privatização do que resta de público nas telecomunicações e o profundo desprezo pelo caráter estratégico da infraestrutura de um serviço essencial como a banda larga. Estaremos diante do desrespeito violento à determinação constitucional de que a União é a responsável pelos serviços de telecomunicações, na medida em que perderá o direito de interferir na gestão de redes que passarão a ser exclusivamente privadas.

A justificativa ensaiada para essa operação é a de que, por um lado, os bens da concessão estão se desvalorizando e, por outro, de que é preciso disseminar fibra óptica pelo país e não há como obrigar as empresas a investirem onde não existe interesse econômico. Porém, o que o governo quer é encontrar novo subterfúgio para não enfrentar sua falha central nesse campo: o não reconhecimento da banda larga como serviço essencial.

Serviços essenciais e redes estratégicas

A necessária tarefa de levar banda larga e redes de fibra óptica a todo o Brasil poderia ser realizada sem a transferência de bens de interesse público à iniciativa privada se o governo garantisse a prestação da banda larga também em regime público. Como visto, esse regime confere ao Estado maiores prerrogativas para exigir o cumprimento de obrigações por parte das empresas. Paralelamente, o modelo regulatório atualmente desenhado prevê mecanismos públicos de subsídio para parte dos investimentos impostos.

O principal deles é o Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações (FUST), com recursos constantemente contingenciados pelo governo federal. De acordo com a lei que o instituiu, o FUST só pode ser utilizado para o cumprimento de metas de universalização, obrigação que se refere apenas a serviços prestados em regime público. Nesse caso, o financiamento público para a ampliação das redes das operadoras se justifica pelos seguintes motivos: (i) o dinheiro se destina somente à parte dos investimentos que não pode ser recuperada com a exploração do serviço; (ii) os valores das tarifas são controlados para que o serviço seja acessível à população, contemplando-se também acessos gratuitos; e (iii) a rede construída não é patrimônio definitivo das operadora, pois sua posse volta à União ao final da concessão. Com tais garantias, outros subsídios poderiam ser estudados e aplicados sem significar favorecimento das teles.

Entretanto, o governo mantém a prestação da banda larga exclusivamente em regime privado, criando alternativas ilegais e bastante complicadas para lidar com a demanda de ampliar as conexões à Internet no país e, ao mesmo tempo, evitar o enfrentamento com os poderosos interesses privados. Ao invés de submeter as grandes empresas do setor às obrigações do regime público, opta pela frouxa negociação da oferta de planos de banda larga popular, por empréstimos pouco transparentes do BNDES, pela desoneração de tributos na ordem de 6 bilhões de reais para a construção de redes privadas, pela defesa da utilização do FUST também em regime privado e, agora, considera admissível a doação às teles dos bens que restaram da privatização para que elas invistam em redes próprias, não reversíveis.

Nunca antes na história desse país se tratou com tamanha leviandade serviços essenciais e redes estratégicas! [Fonte]

Veterano do Iraque sobre civis mortos por helicóptero Apache dos EUA: 'Nunca vou superar isso'



A cena ficou famosa, escandalizou o mundo e nos abriu os olhos para o WikiLeaks, que nos revelou as imagens secretas de um helicóptero Apache dos EUA abrindo fogo contra civis no Iraque.

Parecia um videogame, mas as imagens eram reais, demasiadamente reais, como conta o veterano da guerra do Iraque Ethan McCord. Ele estava em terra, no batalhão 216 e todos se deslocaram para o local dos assassinatos.

“Um dos homens estava decapitado, a parte superior de sua cabeça estava completamente aberta e seu cérebro estava espalhado pelo chão, e o cheiro... esse cheiro ainda me persegue a cada dia. Não sei como descrevê-lo", disse McCord.

As seqüelas são inumeráveis. McCord começou a beber e tentou acabar com sua vida em várias ocasiões. E o seu não é um caso isolado. De fato, oito de seus colegas se mataram depois da guerra e, igual a ele, dezenas de milhares de veteranos estadounidenses padecem de transtorno por estresse postraumático.

"Sei que nunca jamais melhorarei", lamentou. "Nunca vou superar isso" [Fonte].
Os mortos e seus familiares que restaram também não. Nem o Iraque, país totalmente destruído, com a sociedade fragmentada, em frangalhos, após a invasão das "Forças do Bem", que foram buscar as armas químicas que não haviam, nunca existiram, foram apenas um pretexto para a invasão e a guerra pelo petróleo.


Vaticano apoiou golpe contra Allende e ditadura de Pinochet, revela WikiLeaks


Papa João Paulo II e o ditador Pinochet

Wikileaks fez públicos esta segunda-feira quase dois milhões de documentos diplomáticos secretos dos Estados Unidos, que datam dos anos 70, inclusive vários que revelam a cumplicidade do Vaticano no golpe de Estado contra Salvador Allende no Chile (1973) e sua colaboração e apoio à ditadura de Augusto Pinochet (1973-1990).

O secretário do Estado Vaticano, Giovanni Benelli, braço direito (e põe direito nisso) e número dois do papa Paulo VI (1963-1978) apoiava, em nome do Sumo Pontífice, o golpe de Estado no Chile, segundo o diário italiano A Republica, um dos meios internacionais que participam nas publicações de WikiLeaks.

Outro documento sustenta que o Vaticano defendeu o regime de Pinochet, “negando as repressões denunciadas”, as quais tachou de “propaganda comunista”.

A Santa Sé afirmou que “possivelmente o maior sucesso da propaganda comunista é a exagerada cobertura dos acontecimentos (no Chile)”, e reconheceu que até “círculos moderados e conservadores pareciam muito dispostos a crer nas mentiras sobre os excessos da Junta chilena”.

Ainda que admitisse algum derramamento de sangue, o Vaticano citou a Nunciatura em Santiago e o Episcopado chileno dizendo que “a Junta estava fazendo todo o possível para retificar a situação e que os relatórios midiáticos que falam de uma repressão brutal não têm fundamento”.

Outro documento sustenta que o Vaticano defendeu o regime de Pinochet, “negando as repressões denunciadas”, às quais tachou de “propaganda comunista” [Fonte]. 

Como se vê, mudam os papas, mas a doutrina da Igreja Católica segue sendo apoiar os poderosos e o braço armado que lhes dá sustentação, exatamente o oposto de tudo que pregou Jesus Cristo: a defesa dos humildes, dos doentes, das crianças, dos pobres, meio em que Ele nasceu, viveu e, nas mãos dos poderosos, morreu.

Moradores do Jacarezinho acusam policiais da UPP de atirarem para matar na favela ocupada

Nas comunidades ocupadas pelas UPPs, muda a percepção dos moradores a respeito da violência anterior, sob comando dos traficantes, mas a violência policial continua a mesma.

É um erro crasso do projeto das UPPs pensar que a Polícia Militar, adestrada para o confronto, possa ser utilizada como pacificadora ou mediadora de conflitos.  É polícia criada para dar tiro e porrada.

O que prova que objetivo das ocupações não é a pacificação, mas a ocupação territorial pela polícia, pelos órgãos arrecadadores (impostos, taxas de água, luz, lixo) e empresas de serviço, como as operadoras de TV a cabo.

O jovem morto, mostrado no vídeo, é apenas mais um "efeito colateral indesejado"  (como nas bulas de remédios) dessa política de ocupação.

Rodrigo Vianna põe o dedo na ferida: É hora de chamar para a boca de cena os filhos de Roberto Marinho, donos da Rede Globo



Rodrigo Vianna, aquele repórter que saiu da Rede Globo e abriu para a blogosfera a carta que enviou a seus colegas na época (aqui, na íntegra), denunciando as manipulações da Rede nas eleições de 2006, e é autor do Escrevinhador, colocou o dedo numa ferida que estava até então quase que desconhecida: fala-se muito no poder da Rede Globo, nas mutretas de Roberto Marinho e Ali Kamel, mas quase não se publica nada sobre os três irmãos Marinho, filhos do boss e donos da Rede Globo.

Como eu mesmo já escrevi aqui, Ali Kamel é apenas um empregado deles (leia aqui O poder das Organizações Globo é um risco para a democracia no Brasil) . Faz o que faz ou porque eles mandam ou permitem. Na hora em que não lhes convier ao negócio, roda, como tudo roda, na Globo ou na descarga.

Vamos ao Rodrigo, cujo original pode ser lido aqui, na íntegra (vou publicar apenas um trecho, porque acho que se deve sempre encaminhar ao post de origem):

Chega de falar apenas em Roberto Marinho (morto há dez anos) e Ali Kamel (capataz dos patrões). A Globo tem 3 donos: João Roberto, Roberto Irineu e José Roberto. Eles mandam, Eles botam dinheiro no bolso. Eles interditam o debate.
É hora de espalhar a foto dos tres, e dizer ao povo brasileiro: eles ficaram bilionários, graças ao monopolio da informação – que concentra verbas e verbo. Precisamos colocar os três no centro do debate.  Eles precisam rolar na lama da comunicação em que fazem o Brasil chafurdar. 
Dilma acha importante reduzir juros. E está certíssima. Mas Dilma acha que não é hora de falar em ”Democratização da Mídia”. E aí Dilma erra feio. Os monopólios da mídia, construídos ao arrepio do que diz a Constituição, e na base de BV – Bônus de Volume  (veja texto abaixo publicado por PH Amorim), impedem um debate correto sobre redução dos juros. Parceiros dos bancos, os monopólios da mídia não querem juros baixo. Querem travar o Brasil. E constroem a fortuna bilionária de João, Irineu e José.
Na foto acima, eles aparecem (João, Irineu e José - da esquerda para a direita), com semblante de felicidade contida. Na época, o papai deles (ao centro da foto) ainda mandava. O patriarca fez a fortuna graças à parceria estabelecida com a ditadura militar. Roberto era apenas um milionário. Os filhos são bilionários, segundo a última lista da Forbes. Graças (também) ao BV. Graças ao monopólio.

Dificuldades da Lei de Meios: Blogosfera homenageia jornalista processado, Secretário de Comunicação do PT homenageia o algoz

Representantes da blogosfera (e também tuiteiros, feicebuqueiros, webeiros, comentaristas, ativistas etc) , presentes no Centro Barão de Itararé ontem para discutir tomadas de atitude ante a judicialização do embate político entre a mídia corporativa e oligopolizada e a comunicação alternativa, decidiram "criar um fundo para socorrer financeiramente colegas que sejam alvo de processos judiciais, ameaças ou violência em todo o Brasil" (leia postagem completa sobre o evento aqui, pois esta postagem tem o objetivo único de mostrar as dificuldades de se aprovar a Lei de Meios, até na esquerda e no PT).

Além disso, os presentes resolveram homenagear o jornalista Lúcio Flávio Pinto, escolhendo-o como primeiro beneficiário do fundo.

Editor do Jornal Pessoal, Lúcio Flávio foi condenado pelo Superior Tribunal de Justiça a indenizar Cecílio do Rego Almeida, a quem acusou de ser o maior grileiro do mundo.  Processado, Lúcio Flávio acabou pagando uma indenização de R$  25 mil a seu multimilionário algoz, dono da construtora C.R.Almeida.

Mas, graças às denúncias do jornalista, o Pará recebeu de volta as terras griladas:

Graças à justiça federal, o Pará vai ter de volta ao seu patrimônio quase cinco milhões de hectares de terras de que o grileiro Cecílio do Rego Almeida tentou se apossar. Os sucessores do empresário perderam o prazo do recurso e a sentença condenatória transitou em julgado.

No entanto, há menos de dois meses,  o Secretário de Comunicação do PT, deputado pelo Paraná André Vargas,  homenageou justamente o algoz de Lúcio Flávio Pinto, Cecílio Rego de Almeida, o "maior grileiro do mundo", dando ao trecho da BR-277 entre as cidades de Paranaguá e Curitiba (PR) o nome de Rodovia Cecílio do Rego Almeida.

Com um Secretário de Comunicação como esse, como lutar pela democratização das conunicações, pelo fim dos oligopólios, pela Lei de Meios, por uma lei que garanta o direito de resposta?

Comissão da Verdade recebe denúncia para investigar atuação de Roberto Marinho durante a ditadura

Charge: Bessinha


De Carlos Newton, na Tribuna da Imprensa, ontem:

A denúncia do ex-deputado paulista Afanasio Jazadji sobre irregularidades cometidas por Roberto Marinho durante o regime militar, encaminhada inicialmente a Presidência da República, já foi recebida pela Comissão Nacional da Verdade.

O requerimento do ex-parlamentar foi acompanhado de diversos anexos, inclusive o depoimento do ex-deputado Carlos Araújo, ex-marido da presidente Dilam Rousseff, que sugeriu à Comissão da Verdade que apurasse também os atos praticados por empresários que apoiaram a ditadura e por ela foram beneficiados.

(...)
Quando o chamado ciclo militar da Revolução de 1964 estava realmente chegando ao fim, devido à convocação da eleição indireta para eleger o primeiro presidente civil em 15 de janeiro de 1985,  o jornalista Roberto Marinho, dono das Organizações Globo, fez questão de publicar um revelador editorial de página inteira em seu jornal O Globo, do Rio de Janeiro, enaltecendo o regime militar e fazendo uma clara advertência àqueles que participavam do histórico movimento pela redemocratização do Brasil, como se fosse possível uma recaída ditatorial.

É claro esse apoio à ditadura e essa deliberada omissão em sua atividade jornalística renderam grandes benefícios a Roberto Marinho, em especial, a transferência ilegal da concessão do canal 5 de São Paulo (TV Paulista), obtida por ele mediante crimes societários até confessados em juízo pelos próprios advogados da TV Globo, quando já estavam prescritos, é claro.

Depois de 12 anos de funcionamento irregular, de 1965 a 1977, com a concessão ainda em nome dos legítimos controladores da TV Paulista, as autoridades do regime militar fecharam os olhos e aceitaram como legal uma Assembleia Geral Extraordinária totalmente irregular, presidida pelo próprio Roberto Marinho e com o claro objetivo de excluir da sociedade os seus 673 acionistas fundadores, como registrado em ata fraudada, mas aceita pelo regime militar como boa, normal. [íntegra aqui]

Jornalista da Globonews desmente Kamel e diz que Globo sabia do acidente da Gol desde o início da noite

O diretor de Jornalismo da Rede Globo, Ali Kamel, sempre  afirmou que o Jornal Nacional não deu a notícia do acidente da Gol, que se chocou com o jatinho Legacy pilotado por dois norte-americanos, em que morreram as 154 pessoas a bordo, porque a informação só chegou quando o telejornal estava no ar e ainda era imprecisa.

Não foi o que disse uma jornalista da Globonews em um curso na Petrobras, de que participou o jornalista e blogueiro Daniel Dantas. Em seu blog, Dantas conta que participou por três meses de curso de Comunicação Empresarial, como exigência da empresa (o destaque em negrito é meu):

Estivemos com uma jornalista de rádio (CBN), de impresso (Agência Estado) e tevê (Globonews).
As aulas com essas três profissionais ocorreram na semana seguinte ao primeiro turno eleitoral de 2006 - que ocorreu em 01 de outubro.  Dois dias antes da eleição, ocorreu a tragédia com o vôo 1907 da Gol, que caiu matando todos os 154 passageiros e tripulantes após o choque com um jato privado.
A segunda-feira nos alcançou a todos ainda chocados com o acidente.
Lembro que estava no quarto de hotel assistindo o Jornal Nacional que só falava das fotos vazadas pelo delegado Bruno do dinheiro que petistas usariam para comprar o dossiê Vedoin contra Serra - foram presos em meados de setembro, no escândalo conhecido como "dos aloprados".
Logo após o fim do jornal, após o primeiro break da novela das nove, William Wack entrou em plantão informando o desaparecimento da aeronave.
Algum tempo depois, a Globo foi acusada de ter manipulado a edição do jornal para prejudicar a candidatura de reeleição do presidente Lula.  Raimundo Pereira assinou uma matéria na Carta Capital afirmando que a emissora já sabia do acidente da Gol antes do início do Jornal Nacional mas preferiu segurar a informação para valorizar a divulgação das fotos do dinheiro na edição do jornal.
Só então fez sentido um fato ocorrido na aula com a representante da Globonews, ocorrida ainda na segunda-feira, 02 de outubro. Eu mesmo perguntei a ela como a Globonews lidava com a matriz com respeito a possíveis furos jornalísticos.  A jornalista nos explicou que a Globonews não dá furos, mas os segura para a Globo.  Eles podem até fazer um aprofundamento mais detalhado que a matriz, mas sempre os furos pertencem à Globo.
Nessa hora, ela usou como exemplo o caso do acidente da Gol.  Segundo seu relato, a redação da Globonews já sabia do acidente desde o início da noite, mas houve uma orientação da direção da emissora para segurar qualquer notícia até que a própria Globo noticiasse.
 Assim, quando William Wack interrompeu a programação normal informando o desaparecimento do avião, a Globonews entrou com uma pauta já bastante adiantada no aprofundamento da notícia. [leia a postagem completa aqui]

Esse depoimento da jornalista da Globonews confirma tudo  o que a blogosfera suspeita há tempos e que foi relatado por repórteres da própria emissora, alguns deles que saíram de lá por não concordarem com a manipulação do noticiário sob ordem de Ali Kamel.

Hoje, o Blog do Mello completa oito anos

Os ataques contra a blogosfera que denuncia a mídia corporativa se intensificam.

Mas, quem iria esperar moleza, se eles ganham bilhões com a situação do jeito que está?

Quem esperaraia moleza, se eles são alinhados com os Estados Unidos, país que gosta de se relacionar com os outros desde que esses fiquem de joelhos, fruto da introjeção perversa da colonização pelo Império Britânico?

Agora mesmo, assim como o papa renunciou na semana do Carnaval, Azenha em plena Semana Santa anunciou que desistia de seu blog por conta das demandas judiciais que poderiam levá-lo à falência.

Várias pessoas, comentaristas, twitteiros, facebookeiros e blogueiros comentaram e lamentaram a decisão surpreendente do Azenha - que, felizmente, voltou atrás.

Mas grande parte dessas manifestações se baseou num raciocínio falho, que é o mesmo utilizado pela Secom do governo Dilma que criticam: Nosso (da webosfera - desculpe, criei agora - de esquerda) poder de atingir o público é muito limitado.

É verdade. Mas uma meia verdade. Seu poder ainda (friso, ainda) se mantém em seus nichos: tv, rádio, mídia impressa. Mas perdem público ano a ano. Na Web, a coisa não é bem assim. 

Vou colocar minha experiência aqui para demonstrar isso. Em 2008, quando houve o Prêmio Ibest, com votação livre dos internautas, nossa blogosfera de esquerda ocupou os principais lugares, deixando para trás blogueiros de O Globo, da Folha etc. Confira aqui.

Este modesto blog, que nunca foi campeão de visitações (longe disso) ficou em sétimo lugar, porque quem nos visita é um pessoal qualificado, que sabe o que quer e luta por suas convicções.

Por isso nós incomodamos o establishment. Por isso somos processados. Eles sabem que não somos muitos mas somos fortes.

Por isso temos que seguir em frente, sempre remando contra a corrente estabelecida. É assim que o Blog do Mello comemora seu oitavo aniversário e segue em frente, graças a você, leitor, leitora, e aos companheiros que não desistem, como o Azenha agora. Vamos em frente,

Repito aqui a frase de Bernard Shaw, que durantre muito tempo encabeçou o blog:

Você vê as coisas como elas são e pergunta: por quê? Mas eu sonho com coisas que  nunca foram e pergunto: por que não? - Shaw

Citando agora Caetano, sigo para o nono ano: Eu vou, por que não? por que não? por que não? por que não?

Grato pela visita.


No Jornal Nacional, processar jornalistas é um "revés catastrófico" para a liberdade de expressão. Só o Kamel pode?

Ano passado, o Jornal Nacional, da Rede Globo, principal peça do jornalismo da Rede, cujo diretor geral chama-se Ali Kamel, exibiu reportagem em que criticava duramente o presidente do Equador, Rafael Correa, que havia processado um jornalista e os donos do jornal que publicou a coluna, onde o jornalista afirmava o seguinte contra Correa:

Rafael Correa entrou com a ação por causa de uma coluna publicada em fevereiro do ano passado. Nela, Emílio Palácio criticava a atuação de Correa durante uma revolta de policiais em setembro de 2010. E dizia que o presidente, a quem chamava de ditador, "tinha dado ordem de abrir fogo, sem aviso prévio, contra um hospital cheio de civis e gente inocente".

O presidente Correa os processou e a Justiça condenou jornalistas e donos do El Universo (uma Rede Globo do Equador) a três anos de prisão e ao pagamento de uma indenização de US$ 40 milhões ao presidente.

Edições do Jornal Nacional (repito, sob Ali Kamel) criticaram a atitude do presidente Correa:

A OEA poderá pedir oficialmente ao governo equatoriano que respeite os direitos humanos dos jornalistas e que faça uma revisão de todo o processo.
A organização Repórteres Sem Fronteiras declarou que a decisão da Suprema Corte é um "revés catastrófico" para a liberdade de expressão.
A Sociedade Interamericana de Imprensa considerou a sentença desproporcional e teme que outros veículos adotem a autocensura. [Fonte]

O Instituto Internacional de Imprensa disse que ficou escandalizado com a sentença, desproporcional ao possível delito. A organização Repórteres Sem Fronteiras considerou a decisão uma intimidação judicial.

O Instituto de Imprensa e Sociedade afirmou que Rafael Correa é um exemplo deplorável de abuso e falta de tolerância de um mandatário. Para a Sociedade Interamericana de Imprensa a sentença é um golpe aos princípios da liberdade de informação. [Fonte]

O curioso é que o presidente do Equador, Rafael Correa, não é exatamente um defensor da liberdade de imprensa, ao contrario de Assange. O presidente equatoriano vive dizendo que a imprensa está a serviço de grandes grupos empresariais, que só querem desestabilizar as instituições. [Fonte]

Agora, o mesmo Ali Kamel do Jornal Nacional, que criticou processos contra jornalistas como atentados à liberdade de expressão, processa jornalistas, conseguindo algumas vitórias na Justiça, ainda que em primeira instância. O último condenado foi o Azenha, do Viomundo.

Será que o JN de hoje vai denunciar o Diretor de Jornalismo e Esportes da Rede Globo, Ali Kamel, por perseguição a jornalistas e atentado à liberdade de imprensa?