Bolsonaro e homicídios em alta no país. Simples coincidência?


Há poucos dias, a notícia foi a subida da aprovação de Bolsonaro na pesquisa Datafolha, graças ao auxílio emergencial e a sua eficiente comunicação, que consegue fazer com que ele fature o que é bom (mesmo que não tenha sido feito por ele, como o próprio auxílio, que ele não queria e depois quis com o valor de R$ 200 e não de R$ 600) e jogue nas costas do Congresso, do STF, dos comunistas, do PT, de qualquer um, o que "deu ruim".

Agora, vem a notícia de que, mesmo sob a pandemia, com a diminuição de pessoas nas ruas, aumentou em 6% o número de homicídios no país.
O Brasil teve uma alta de 6% nos assassinatos no primeiro semestre deste ano em comparação com o mesmo período do ano passado. É o que mostra o índice nacional de homicídios criado pelo G1, com base nos dados oficiais dos 26 estados e do Distrito Federal.
Em seis meses, foram registradas 22.680 mortes violentas, contra 21.357 no mesmo período do ano passado. Ou seja, 1.323 mortes a mais.
O aumento de mortes acontece mesmo durante a pandemia do novo coronavírus, que fez com que estados adotassem diversas medidas de isolamento social. Ou seja, houve alta na violência mesmo com menos pessoas nas ruas.[G1]
Embora uma coisa não seja função da outra, ambas estão relacionadas a Bolsonaro. Não é coincidência que sua aprovação tenha subido e, com ela, o número de assassinatos.

Bolsonaro defende a morte como outros defendem a vida. Já disse que a ditadura matou pouco. Defendeu a morte de Dilma. De FHC. Que a ditadura deveria ter matado uns 30 mil.

Em relação aos mortos da pandemia, repete que todos vamos morrer, já disse que não era coveiro e chegou a perguntar: e daí?

Bolsonaro sempre defendeu policiais, mais apropriadamente a violência policial, e milicianos.

É defensor do uso de arma de fogo pela população, liberou a venda de uma grande quantidade de munição, facilitou sua aquisição, e dificultou o rastreamento tanto de armas como de munição.

Portanto, a subida dos números de Bolsonaro e dos de assassinatos é questão de coincidência tanto quanto são coincidências:
  • o acusado de assassinar Marielle e Anderson ser vizinho de Bolsonaro
  • o principal assassino do chamado Escritório do Crime ter sido funcionário de Flávio Bolsonaro e homenageado por ele e ter sido, coincidentemente, assassinado num cerco de polícia visto como queima de arquivo
  • vários milicianos serem defendidos publicamente por Bolsonaro e homenageados com medalhas por seu filho Flávio
  • o tio de sua atual mulher, Michelle, ser miliciano e a avó dela acusada de ser traficante
  • também é simples coincidência o motorista do carro do assassinato de Marielle ter ido ao condomínio onde mora Bolsonaro para se encontrar com o acusado de matador e na portaria ter informado que iria à casa de Bolsonaro
  • também coincidentemente, o porteiro, que trabalhava há anos no condomínio, afirmou por duas vezes em depoimentos em dias diferentes que fora Bolsonaro quem autorizara a entrada do motorista no condomínio
  • também coincidentemente, após ter a PF de Moro em seus pés, o porteiro voltou atrás e disse que se enganou
  • também coincidentemente o desaparecido Queiroz estava acoitado no sítio do advogado de Flávio e do próprio Jair, o excêntrico Wassef, que se encontra no momento coincidentemente desaparecido
  • e foi com Bolsonaro, coincidentemente, que um sargento da Aeronáutica se atreveu a utilizar avião da comitiva presidencial para traficar 39 kg de cocaína
É coincidência demais, não?



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