Guedes dá ultimato a Bolsonaro: Ou dá (as reformas que Guedes quer) ou (Guedes) desce


O Jornal Nacional de ontem mostrou um ministro Guedes completamente transtornado, cabelos mais desalinhados do que de costume e reclamando de forma indireta de Bolsonaro, que não assina as reformas pedidas por ele.

E o que que Guedes e o mercado, que são a mesma coisa, querem: uma Reforma Administrativa, que tire direitos e empregos dos trabalhadores, e uma privatização geral.

Ontem, dois secretários especialíssimos para Guedes pediram demissão, e Guedes colocou a culpa disso em Bolsonaro, sem dizê-lo diretamente.
“Se o presidente da República quiser mandar alguma reforma, ela é mandada. Se ele não quiser, não é mandada. Quem manda não é o ministro. Quem manda não são os secretários, e o secretário quando o negócio não tiver andando, ele pode desistir ou ele pode insistir. Então, é simplesmente isso que aconteceu. Em nome da transparência, o Salim hoje me disse o seguinte: ‘A privatização não está andando. Eu prefiro sair’. E o Uebel me disse o seguinte: ‘A reforma administrativa não está sendo enviada. Eu prefiro sair’. Esse é o fato. Essa é a verdade. Eu não escondo. Então, você fala assim. Houve uma debandada? Hoje houve. Hoje houve uma debandada”, disse Guedes.[JN]
O caso é que, para azar de Guedes, Bolsonaro provou uma subida de sua aprovação entre os mais pobres, especialmente no Nordeste, graças ao auxílio emergencial, e gostou da coisa.

Bolsonaro é oportunista e sem qualquer escrúpulo, como vemos na pandemia em que fez uma aposta contra a ciência e continua com ela, alimentando sua turma fanática.

O que Guedes e Bolsonaro querem no momento são coisas opostas: enquanto Guedes quer cortar custos e privatizar, Bolsonaro quer aumentar sua popularidade, mesmo que isso custe contrariar Guedes e o Mercado.

Guedes sente que sua batata está assando, como antes a de Moro, tanto que mandou recado a Bolsonaro em outro trecho da mesma entrevista:
"Os conselheiros do presidente que estão aconselhando a pular cerca e a furar teto vão levar o presidente para uma zona de incerteza, uma zona sombria. Uma zona de impeachment, de irresponsabilidade fiscal e o presidente sabe disso."
Sabe e fez essa opção, Guedes. Por isso, o dá ou desce ao presidente, que deve ter como resultado um breve pedido de demissão do posto Ipiranga.



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