Eleição no Peru segue indefinida, com vantagem para Castillo. Mas Fujimori já ameaça com golpe


Como era de se esperar, segue muito disputada a escolha do próximo presidente do conturbado Peru. Nos últimos cinco anos, foram quatro presidentes. No domingo, os peruanos foram às urnas escolher o quinto. 
 
A filha do ditador e assassino Alberto Fujimori, Keiko, largou na frente, mas foi ultrapassada pelo professor de ensino fundamental Pedro Castillo, que desde a manhã de ontem mantém estreita margem de vantagem, que chegou a quase 100 mil votos, mas começou a cair e agora está em torno de 85 mil [imagem acima].
 
Ocorre que boa parte das urnas que faltam é de eleitores que votaram no exterior, majoritariamente a favor de Fujimori.
 
No momento em que escrevo esta postagem, foram apurados 44% dos votos do exterior e Keiko Fujimori tem uma vantagem de 40 mil votos sobre Castillo.
 
Se a proporção se mantiver,  a eleição será decidida nas últimas urnas - o que deve ocorrer somente amanhã.
 
Mas, também como era de se esperar, ainda preventivamente a candidata filha do terrorista que governou o Peru por dois mandatos e mandou esterilizar mulheres indígenas, já está reclamando de irregularidades na apuração, com o claro intuito de melar a eleição caso perca.
 
Exatamente como aconteceu no Brasil, com a vitória de Dilma sobre Aécio; na Bolívia, em 2019, com a vitória de Evo, que levou ao golpe.
 
Os golpistas não se importam com originalidade, eles querem o poder, de qualquer maneira. Contam para isso com o auxílio luxuoso dos Estados unidos, prontos a apoiar qualquer um que acuse o adversário de comunista - ainda que o seja mesmo.



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