Maior tragédia da aviação brasileira matou 199 pessoas. Apenas hoje, a COVID matou quase 3 vezes mais

Na noite de 17 de julho de 2007, um voo da TAM vindo de Porto Alegre não conseguiu frear, atravessou a pista de Congonhas, a avenida da frente e foi explodir numa loja da própria TAM e num posto de gasolina em frente. Morreram as 177 pessoas a bordo, além de 12 outras atingidas pelo avião. O Brasil, horrorizado e perplexo, não parou de falar no acidente e tentar desvendar o motivo de ele ter acontecido durante semanas.

Pois somente nas últimas 24 horas, segundo o consórcio dos secretários de saúde do Brasil, CONASS, morreram 588 pessoas de COVID, vítimas do coronavírus e da pandemia que muita gente insiste em dizer que já acabou e a defender o fim do uso de máscaras e do distanciamento social (na cidade do Rio já há decreto nesse sentido).

São quase três vezes (2,954 para ser preciso) mais mortos que no acidente da TAM. Mas para alguns a pandemia acabou.

A diferença entre os dois acontecimentos é que no acidente da TAM nós não temos culpa. Mas nas mortes que ainda vierem a ocorrer por COVID todos os que defendem o fim da pandemia, do uso de máscaras e do distanciamento social vão ter sua responsabilidade por manter ativo o vírus, abrindo espaço para que ele continue a se reproduzir e fazer mais vítimas, especialmente entre idosos, crianças não vacinadas e pessoas que não podem ser vacinadas por deficiências de saúde. 

Todos os que decretam o fim da pandemia são cúmplices e parceiros do vírus como Bolsonaro.

Estamos quase no fim da pandemia, sim, —pelo menos é o que parece—, mas, enquanto houver mortes diárias, temos que nos manter com máscara e distanciamento social para evitar novas mortes e em memória dos que morreram.

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