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Dados de pesquisa internacional do Gallup, analisados pelo Centro de Políticas Sociais do FGV Social, mostram que desde que se iniciou em 2014 o ataque frontal ao governo Dilma até hoje, a fome mais que dobrou no Brasil, passando de 17% para 36%. Pela primeira vez na nossa história (mais um recorde negativo deste governo infame) temos mais fome que a média mundial, que é de 35%.
Enquanto fome e insegurança alimentar dispararam entre os mais pobres, a insegurança diminuiu no topo da pirâmide entre os mais ricos, colocando o país ao lado da Suécia.
Entre os 20% mais pobres brasileiros, 75% responderam afirmativamente se havia faltado dinheiro para a compra de alimentos nos últimos 12 meses. Entre as mulheres, a taxa chegou a 47%; e a 45% para as pessoas com idades entre 30 e 49 anos —percentuais acima da média global.
"A insegurança alimentar mais elevada nesses segmentos tem efeitos de longo prazo preocupantes por causa do maior número de crianças envolvidas e da desnutrição entre elas", afirma Marcelo Neri, diretor do FGV Social.
"O que impressiona também é o aumento abissal da desigualdade de insegurança alimentar. Entre os 20% mais pobres no Brasil, o nível é próximo dos países com maiores taxas, como Zimbábue [80%]. Já os 20% mais ricos experimentaram queda [para 7%], ficando pouco acima da Suécia, país com menos insegurança alimentar."
A pesquisa, do fim de 2021, não chegou captar a nova disparada dos preços dos alimentos neste ano, sobretudo após o início da guerra entre Rússia e Ucrânia —grandes produtores de trigo e milho.
Ela também foi realizada num contexto em que a Caixa Econômica Federal pagou, ao longo de sete meses do ano passado, auxílio emergencial a 39,2 milhões de famílias, com valores mensais entre R$ 150 e R$ 375. Atualmente, apenas 17,5 milhões de famílias recebem o novo Auxílio Brasil, de R$ 400 mensais.
Para Renato Mafuf, coordenador da Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Rede Penssan), todos os fatores que mantinham os níveis elevados de fome entre os brasileiros até 2020 se agravaram no ano passado; e seguem em deterioração neste ano.
Pesquisa da Rede Penssan em dezembro de 2020 mostrou que, no total, mais da metade (55%) dos brasileiros sofriam de algum tipo de insegurança alimentar (grave, moderada ou leve).
"O desemprego segue elevado e a renda, em baixa, sobretudo entre os informais. Temos um benefício social [Auxílio Brasil] menor do que em 2020 [quando chegou a R$ 600 mensais] e uma guerra entre dois grandes produtores de alimentos", diz Maluf.
"Para completar, não há política de governo estruturada contra a fome, só reações voluntariosas, com medidas pontuais, como a redução de tarifas de importação. Não há nenhuma razão para acharmos que as coisas possam melhorar." [Fernando Canzian, na Folha]
É como escrevi aqui: Eleição presidencial deste ano vai ser pobres contra ricos. De que lado você está?
O último Datafolha mostra que se acirra cada vez mais a disputa de pobres contra ricos, nos números de sua mais recente pesquisa. Lula, o candidato dos pobres; Bolsonaro, dos ricos e empresários.
Como é muito maior o número de pobres, Lula lidera com folga a pesquisa e pode vencer já no primeiro turno, pondo fim ao mais nefasto governo da história do Brasil, que começou lá atrás, no golpe contra Dilma, e se estendeu pelos governos Temer e Bolsonaro, que levou a barbárie a pontos inimagináveis.
O Datafolha mostra que Lula vence Bolsonaro em todos os segmentos, menos dois: o dos evangélicos, onde há uma vitória de Bolsonaro por margem apertada, 39 a 36; e no dos empresários, 56 a 23 (que empresários são esses, além dos do agronegócio? Só podem ser rentistas); e os que têm renda acima de 10 salários mínimos, 42 a 31.
Para alegria do projeto político que levou Bolsonaro ao poder, vem crescendo o número de milionários no país, desde o golpe, crescimento que só fez aumentar com Bolsonaro. Como resultado, desemprego, fome e miséria aumentam ainda mais do outro lado da balança.
Imagine um país onde o número de milionários -- patrimônio de pelo menos 4,7 milhões de reais, ou um milhão de dólares -- apresenta um crescimento contínuo. Em 2018 o total de cidadãos nessa condição chegava a 278 000. Em apenas dois anos, esse número cresceu para 373 000.
Para 2025, a projeção é um novo crescimento. Até lá, devem surgir 108 000 novos milionários, que irão totalizar 481 000, informa o departamento de pesquisa do Credit Suisse, um dos maiores bancos do planeta. (Exame, maio, 2022).
Neste mesmo país, 39 milhões vivem na pobreza, com renda mensal até R$ 775. Outros treze milhões se encontram na extrema pobreza, com renda mensal per capta inferior a R$ 89 por mês, ou menos de 2 reais por dia. [Paulo Moreira Leite, no 247]
Esse é o quadro do Brasil em disputa: ricos contra pobres.
De que lado você está, do candidato dos ricos ou do candidato dos pobres?
Sobre o assunto, escrevi dois livros de ficção:
um, inspirado na frase de Josué de Castro ("Haverá um dia em que os
pobres morrerão de fome e os ricos, de medo"), "A Fome e o Medo" (1999); e outro, onde uma organização decide exterminar todos os bilionários do planeta, "ELA - A todo risco" (2020).
O colunista de gastronomia da Folha, Marcos Nogueira, escreveu em seu Cozinha Bruta uma coluna cheia de sabor e de acertos sobre erros.
O colunista meteu sua colher no assunto político-policial do momento -a morte por asfixia por inalação de gás do motociclista Genivaldo de Jesus Santos - e acertou a mão. Confira.
Erro é queimar o feijão; câmara de gás é método nazista
Ouvidos pela Folha, especialistas em segurança pública apontaram "uma série de erros" na abordagem da Polícia Rodoviária Federal ao motociclista Genivaldo de Jesus Santos. Parado por pilotar sem capacete numa estrada de Sergipe, Genivaldo foi fechado no porta-malas da viatura com uma bomba de gás lacrimogêneo. Morreu.
Do alto da minha falta de especialização, afirmo sem medo de errar que os especialistas estão errados.
Erro é esquecer a panela no fogo e deixar o feijão queimar.
Erro é quebrar o espaguete ao meio antes de jogar na água. Erro é cozinhar o macarrão até ficar mole. Erro é jogar queijo ralado em massas com frutos do mar.
Erro é remover a gordura da picanha para fazer churrasco. Erro é quando você pede a carne malpassada e a recebe estorricada.
Erro é comer sushi com garfo e faca. É harmonizar temaki de salmão com malbec argentino.
Erro é fazer supermercado com fome e comprar mais comida do que precisa com o dinheiro que não tem.
Erro é fazer compras distraído e levar para casa café sem cafeína, leite sem lactose, cerveja sem álcool e atum vegano.
Erro é chamar o drinque margarita de "marguerita". É aquecer a pizza marguerita no micro-ondas.
Erro é pedir bife no restaurante de peixe e lasanha na churrascaria.
Erro é comprar hambúrguer de picanha achando que tem picanha. Erro é acreditar que qualquer gororoba fica boa com azeite trufado ou requeijão.
Erro é colocar sal no café e adoçante na batata frita.
O que a PRF fez com Edivaldo é homicídio qualificado. É tortura que resultou em morte. É execução. É dolo, não é imperícia.
Um dos especialistas afirma que "a abordagem foi atabalhoada". Fui até checar o significado do adjetivo: "atabalhoado" quer dizer apressado, confuso, sem cuidado.
Não sei se o especialista viu o mesmo vídeo que eu vi. Nas imagens que eu vi, os policiais agem sem pressa, com calma e método, enquanto as pernas de Genivaldo se debatem para fora da viatura.
A violência policial tem muito método. O método nazista de exterminar indivíduos indesejados na câmara de gás. O método ensinado em cursinhos para concurseiros da PRF –ontem emergiu o vídeo de um professor que, às gargalhadas, ensina a "acalmar" com spray de pimenta pessoas trancadas no carro da patrulha.
Como mostra reportagem da BBC Brasil, publicada também na Folha, a PRF eliminou uma disciplina sobre direitos humanos do currículo do treinamento dos agentes. Está tudo ajeitado para ser assim mesmo.
A morte de Genivaldo é resultado de uma série de erros –erros nossos, não dos carrascos rodoviários.
Foi um erro enorme ter permitido o empoderamento do guardinha da esquina, do fiscal de fiofó alheio e da viúva da ditadura.
Foi um erro gigantesco tocar a vida normalmente enquanto as milícias armadas, fardadas ou não, só faziam crescer.
Foi um erro inadmissível entregar o país a uma corja de desqualificados que celebram a morte.
Não podemos nos dar ao luxo de seguir errando assim.
Desemprego nas alturas, maior inflação em quase 30 anos, fome, miséria, aumento de casos de COVID, do número de fascistas e de grupos nazistas, feminicídio, violência e corrupção generalizadas no pior governo da história, ainda vem a chacina no Rio de Janeiro, com a execução de pelo menos 25 pessoas (execução comemorada e elogiada pelo presidente genocida), um homem é asfixiado com gás num carro da PRF, o Brasil afundando no desespero; aí vem a pesquisa Datafolha em que Lula vence Bolsonaro no primeiro turno, para além da margem de segurança, e subindo, enquanto o criminoso estaciona mesmo torrando bilhões em compra de apoio e propaganda; teremos a maior vitória de um presidente em primeiro turno para expurgar de vez esse pesadelo com todas as suas figuras grotescas.
Nos votos válidos da pesquisa presencial do Datafolha, Lula chega a 54% contra 30% de Bolsonaro. E a campanha ainda mal começou...
Temos que fazer também uma grande bancada, conquistarmos maioria no Congresso para permitir a Lula realizar o grande trabalho de reconstrução do país destruído.
Está em nossas mãos, nos nossos votos a chance de recuperar o Brasil para os brasileiros. Temos que conquistar mais votos para Lula e para deputados e senadores que o apoiem.
Deputados do PT e advogados do grupo Prerrogativas entraram com ação na Justiça pedindo que o ex-juiz Sergio Moro seja condenado a ressarcir a nação por prejuízos causados por suas ações ilegais à frente da Operação Lava Jato. O juiz federal Charles Renaud Frazão de Morais determinou: "Cite-se o réu".
Na ação, assinada pelos advogados Marco Aurélio de Carvalho, Fabiano Silva dos Santos e Marco Antônio Riechel Mann Jr., do grupo Prerrogativas, os deputados petistas Rui Falcão (SP), Erika Kokay (DF), Natália Bonavides (RN), José Guimarães (CE) e Paulo Pimenta (RS) afirmam que "o ex-juiz Sergio Moro manipulou a maior empresa brasileira, a Petrobras, como mero instrumento útil ao acobertamento dos seus interesses pessoais".
O advogado Marco Aurélio de Carvalho sustenta que não há revanchismo [na ação] e que "corrupção praticou Moro, ao violar regras do direito".
"Nós, do Prerrogativas, defendemos que a ele sejam assegurados a presunção de inocência, o devido processo legal e o pleno exercício de defesa, princípios vilipendiados pela Lava Jato."
"Moro é um dos grandes responsáveis pelo rastro luminoso de destruição e de miséria que o lavajatismo deixou no país. Foram quase 5 milhões de desempregos e aproximadamente 200 bilhões de reais de prejuízos à nossa economia. Precisa, pois, responder pelos atos que praticou na condução da Força tarefa de Curitiba.Terá direito à presunção de inocência e ao livre e sagrado exercício do direito de defesa, princípios que nunca respeitou na sua vida profissional. Agora como réu, terá a oportunidade de refletir sobre o mal que provocou ao país", segue o defensor. [Folha. Mônica Bergamo com Bianka Vieira, Karina Matias e Manoella Smith]
O ex-juiz deve pagar pelo que fez, embora seja impossível que ele consiga restituir ao país o prejuízo financeiro que causou e, ainda mais, o prejuízo político, pois foi sua ação ilegal (segundo o STF) que tirou Lula da disputa, incendiou o país contra o PT e acabou levando à presidência o infame Bolsonaro, que não deveria ser nem deputado, quanto mais presidente da República.
Além da ação cível, Moro deveria responder também a uma ação criminal para mofar na cadeia. Com amplo direito a defesa e um julgamento justo, coisas que ele enquanto juiz não praticou nem permitiu.
Anteontem publiquei aqui Quantos têm que morrer diariamente de fome, frio, doenças curáveis para que se produza um bilionário? com uma crítica ácida à criminosa financeirização do mundo, a destruição dos postos de trabalho e dos países pela oligarquia dos bilionários e seus satélites.
Mas o economista Marcio Pochmann anuncia que essa realidade pode estar mudando, num artigo publicado no Outras Palavras, que reproduzo a seguir:
O fim da financeirização?
Em vez do dólar, China e Rússia já negociam com alguns países através de suas moedas, lastreadas em commodities como petróleo e gás. Algo se move na economia global: a ficção do rentismo vai sendo desafiada pela segurança da produção real
Assiste-se, neste início da terceira década do século 21, ao processo de comoditização monetária que pode estar encerrando meio século de funcionamento da economia global baseada no dólar e subscrita por ativos financeiros. O aparecimento de moedas lastreadas em commodities parece apontar para o enfraquecimento da fase de predomínio de moedas fiduciárias, sem garantias ou conversibilidade real, que não seja meramente financeira.
Em termos técnicos, é a possibilidade da definição do novo marco monetário internacional, uma espécie de Bretton Woods III. Isso porque na Conferência de Bretton Woods, realizada nos Estados Unidos em 1944, foi estabelecido um conjunto de disposições acordadas por 45 países que constituíram o sistema financeiro do período após a Segunda Guerra Mundial.
Por quase três décadas (1944-1973), o dólar se transformou em moeda forte do setor financeiro mundial e referência para as demais moedas, especialmente do Ocidente. Assim, cada moeda nacional estaria vinculada ao ouro a 35 dólares, possibilitando que qualquer portador desta moeda pudesse, em qualquer parte do mundo, trocar por seu equivalente em ouro.
Para que isso se viabilizasse, foram criadas instituições financeiras associadas ao sistema das Nações Unidas (ONU), como o Banco Mundial e o Fundo Monetário Internacional, como garantidoras do sistema financeiro global. A expansão econômica reconhecia por “30 anos gloriosos do capitalismo” foi expressão da contida especulação financeira em amplo ritmo de produção, geração de empregos e inclusão social.
A partir de 1973, com o fim da conversibilidade do dólar ao ouro, a moeda dos Estados Unidos assumiu a sua face fiduciária, como as demais moedas nacionais. Uma espécie de Bretton Woods II se constituiu em torno da prevalência do dólar mantido o seu papel de ativo financeiro de reserva global. Por isso, as últimas cinco décadas foram marcadas por intensa volatilidade nas taxas de câmbio, juros e ativos financeiros. Sem garantia na produção de mercadorias e sem lastro em dólar, a sustentação do dólar somente se tornou possível no mundo em crescente processo de financeirização.
Dessa forma, a indústria de produção foi sendo substituída pela financeira associada à indústria dos derivativos, dos fundos de hedge e das ações de securitização. Na toada da desregulamentação neoliberal, a globalização econômica se fundamentou na lógica do crédito global voltado fundamentalmente para atividades financeiras.
O resultado da longa fase do dólar fiduciário foi o decrescimento do ritmo de expansão econômica, a prevalência de largo desemprego e precarização dos postos de trabalho, com pobreza e desigualdade em alta. Ou seja, a formação de uma classe planetária de oligarcas, muito ricos pela monopolização da economia mundial permitida por cadeias globais de valor a secundarizar a política no interior das nações às forças de mercado.
As insistentes medidas governamentais para manter o dólar como moeda fiduciária de referência no mundo parecem se esgotar. Exemplo disso vem do fim das taxas de juros negativas nos Estados Unidos (EUA), Japão e União Europeia (UE), após o esgotamento das operações de criação de quantidades significativas de dinheiro artificial (quantitave easing) desde a grave crise financeira de 2008 para postergar a catástrofe capitalista, conforme revela Nomi Prins no seu livro: Conluio, como os banqueiros centrais manipularam o mundo.
Países como a Rússia e a China, entre outros, não se entregaram às modalidades da conjuração do dinheiro fácil permitido pelo quantitative easing (servidão quantitativa da financeirização). Por isso detêm, atualmente, os balanços limpos dos seus respectivos bancos centrais, ao contrário do que se verifica nos EUA, na UE e no Japão.
Em vez do direcionamento do dinheiro disponibilizado para oxigenar a economia, prevaleceu a lógica do rentismo que o direciona à compra das próprias ações, com altos dividendos revertidos aos acionistas. Os novos oligarcas do dinheiro revelam suas opções pela elevada proximidade com os bancos centrais que, na condição de independentes, forçam governos a se aliarem aos seus homólogos privados e se reproduzirem através dos empregos rotativos de seus funcionários (banco privado – banco central – banco privado – banco central).
Nesse cenário, o curso atual que decorre do aumento da inflação tem sido acompanhado pela maior taxa de juros, desacelerando as economias ocidentais e favorecendo a transferência de renda e riqueza para a classe planetária dos oligarcas, sobretudo no Ocidente. Se combinadas ainda com as sanções adotadas contra a Rússia, percebe-se o potencial risco devastador para o sistema financeiro ocidental.
Até agora, ao que parece, a Rússia se inspirou nos EUA de 1973, quando acertaram com países do Oriente Médio a aceitação de sua moeda, sem mais garantia e conversibilidade ao ouro, como pagamento do petróleo para os membros da Organização Mundial do Petróleo (Opep). Como maior país exportador de energia do mundo, a Rússia busca estabelecer a sua moeda (rublo) como referência de meio de pagamento internacional e a China estabeleceu com a Arábia Saudita o pagamento do petróleo importado através do renminbi.
Ao mesmo tempo, os dois países em referência, entre outros, experimentam novas modalidades monetárias com lastro em produção de mercadorias (commodities), como alternativa ao Bretton Woods II. Por meio século, o dólar fiduciário governou o mundo através da financeirização econômica paralelamente ao domínio político dos oligarcas enriquecidos pela imposição do receituário neoliberal.
O Bretton Woods III pode ser a alteração substancial da economia global fundada em moeda fiduciária que sustenta o dólar pela financeirização para o novo sistema financeiro assentado em moedas lastreadas em commodities. Nesse sentido, ocorrerá a substituição da garantia financeira (fictícia) pelo seguro da real produção de mercadorias proveniente do processo de comoditização monetária.
Não tenho nem roupa para entrar numa discussão técnica sobre se estamos ou não no início do fim da financeirização. Sou apenas um escritor latino-americano, sem dinheiro no banco, e apenas interpreto os acontecimentos com o viés artístico que cabe em meu olhar o mundo.
Mas a guerra da Ucrânia parece ser o palco onde essa batalha está se travando, e penso em produzir uma postagem sobre o assunto.
Enquanto isso, leiam dois livros de ficção que escrevi sobre o assunto: um, inspirado na frase de Josué de Castro ("Haverá um dia em que os pobres morrerão de fome e os ricos, de medo"), "A Fome e o Medo" (1999); e outro, onde uma organização decide exterminar todos os bilionários do planeta, "ELA - A todo risco" (2020).