Na semana passada, mais de 200 trabalhadores foram resgatados pela polícia por estarem trabalhando em situação de escravidão, em Bento Gonçalves, no Rio Grande do Sul:
Mais de 200 trabalhadores foram resgatados de um alojamento em Bento Gonçalves, na Serra do Rio Grande do Sul, onde eram submetidos a "condições degradantes" e trabalho análogo à escravidão durante a colheita da uva. Eles foram contratados por uma empresa que oferecia a mão de obra para as vinícolas Aurora, Cooperativa Garibaldi, Salton e produtores rurais da região. O alojamento ficava no Bairro Borgo, a cerca de 15 km dos vinhedos do município. [G1]
Em resposta, o Centro de Indústria, Comércio e Serviços de Bento Gonçalves emitiu uma nota cínica, onde não assume nenhuma responsabilidade pela criminosa ocorrência e ainda põe a culpa da situação, nas entrelinhas, em "um sistema assistencialista que nada tem de salutar para a sociedade". A nota, que peguei no Brasil de Fato, com o destaque:
Trabalhadores são agredidos, levam choques elétricos, são proibidos de deixar os alojamentos imundos, são expostos a situações análogas à escravidão e a culpa é do Bolsa Família?
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