Mulheres e Gênero no Audiovisual Brasileiro. Debates começam nesta segunda, 20, online, aberto ao público

A partir desta segunda, 20, e por mais duas segundas seguidas (27/ e 3/4), o Comitê de Mulheres & Gênero da ABRA (Associação Brasileira de Autores Roteiristas), em parceria com a Colabcine, realiza um ciclo de debates sobre Mulheres no Audiovisual.

Nesta segunda, o tema é "Mulheres e Gênero no Audiovisual brasileiro".

No Brasil, entre as desigualdades da indústria do cinema se destaca a baixa participação feminina na criação e realização de obras audiovisuais. Esta questão foi foco de ação da ANCINE, que em 2017 instalou a Comissão de Gênero, Raça e Diversidade para investigar essa realidade.  Ao longo de mais de duas décadas, entre 1995 e 2018, as pessoas brancas, sobretudo homens, Mulhereem média, dirigiram 97%, roteirizaram 92% e protagonizaram 87% dos filmes de grande público do cinema brasileiro. É um número assustador. Se entrarmos na questão da representatividade nas telas em termos de narrativa, a desproporção aumenta exponencialmente. Apesar de sermos uma nação de mulheres negras em sua maioria, nos filmes, séries e telenovelas, a presença da mulher negra cai para o patamar de dois por cento. O mesmo ocorre no que se refere a ocupação de postos de trabalho na área audiovisual. Os mesmos 2% para mulheres negras diretoras, roteiristas, fotógrafas nessas áreas. A população LGBTQUIA+ e indígena sequer pontua. Isso é um diagnóstico gravíssimo. O que se vê nas telas são estereótipos de subalternidade para os escassos papéis creditados às mulheres, principalmente às mulheres negras, trans ou indígenas.  Houve sim um avanço tímido, mas longe de ser ideal, justo e equitativo. Principalmente quando sabemos que o que se vê nas telas se reproduz na sociedade.

A mediação é da roteirista Sylvia Palma e participam Debora Ivanov, Hela Santana, Renata Andrade e Thais Pontes.

A mesa é online, aberta ao público e será transmitida pelo YouTube da @colabcinebr - youtube.com/colabcinebr

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