Em todos os cantos, tendo como ponta de lança a mídia corporativa, a extrema direita partiu para a guerra
Engana-se quem acha que não têm ligação entre si
- a desobediência do governo Netanyahu à determinação da ONU por um cessar-fogo imediato em Gaza;
- a eleição do tresloucado Milei na Argentina;
- a invasão da embaixada do México pelo governo do Equador para sequestrar um asilado político;
- o ataque de Elon Musk em seu X, antigo Twitter, contra o ministro Alexandre de Moraes, exatamente o relator dos processos contra Jair Bolsonaro.
A extrema direita está alvoroçada e tem pressa.
Quando o presidente Lula denunciou na África o massacre dos palestinos pelo governo Netanyahu, o Ocidente caiu de pau em cima do nosso presidente.
Com a comparação da ação do governo de Israel às de Hitler, Lula denunciou que o rei estava nu, coisa que o Ocidente fingia não ver. Hoje, o cessar-fogo é uma exigência quase absoluta no mundo. Mas o governo de Israel teima em desrespeitar a decisão da ONU.
Quando Musk defende no X o direito de publicar o que quiser, defende o mesmo direito que bilionários como ele e conglomerados do capital financeiro julgam ter de dar um golpe contra o governo que quiserem, como Musk defendeu quando do golpe na Bolívia.
A extrema direita está em campo e o governo do presidente Lula está sob ataque não apenas pela denúncia do genocídio dos palestinos por Israel, mas pela cobrança que Lula faz em todos os eventos de que participa por uma melhor distribuição de renda, mais justiça social e pelo imediato combate à fome no mundo.
Em todos os seus discursos no exterior Lula cobra dos chamados países desenvolvidos suas responsabilidades pela desigualdade social, que cria bilionários como Musk enquanto a fome aumenta no mundo.
Lula cobra responsabilidade dos países ricos pela devastação do planeta, da mesma forma que fez recentemente o presidente da Guiana, num vídeo que viralizou.
O recado que a desobediência de Israel à determinação da ONU, o ataque de Musk a Alexandre de Moraes e a violação da embaixada do México pela Equador enviam ao mundo é o mesmo: a extrema direita não respeita regras, leis, estados, fronteiras nem organizações como a ONU.
Querem a destruição dos estados, dos direitos dos trabalhadores, com a uberização de pessoas e nações, e defendem apenas o "livre" mercado e o direito de propriedade.
Por isso o governo Lula está sob ataque. O Brasil volta a ser alvo como antes
- com o chamado Mensalão,
- depois com a Lava Jato, que destruiu algumas das principais empresas do Brasil,
- com o golpe do impeachment de Dilma sem fato determinado, para tirar a reserva carimbada do pré-sal para educação e saúde dos brasileiros,
- a prisão de Lula sem crime, num processo fraudulento, para eleger Bolsonaro e destruir o estado brasileiro, como ele quase conseguiu.
Lula pegou um Brasil devastado, sem verbas, com problemas imensos, e ainda governa acorrentado pelo Centrão, pelo teto de gastos e pelos juros abusivos do Banco Central que tornaram independente.
E eles estão aí de novo, em cima de Lula, apoiados numa nova guerra midiática para que Lula chegue enfraquecido e derrotado em 2026 e não consiga se reeleger.
Precisamos estar, como na canção, atentos e fortes, porque se a extrema direita voltar ao poder não teremos mais Brasil.