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Lira fala grosso com governo, mas afina com Moraes, porque não é besta

O presidente da Câmara, deputado Arthur Lira, está aborrecido — para não dizer o palavrão que começa com "p" e que retrata bem o espírito atual de Lira.

Lira está "p" porque perdeu na Câmara, onde até outro dia mandava e desmandava, fazia chover e secar. 

Seu desejo de soltar da cadeia o deputado Chiquinho Brazão, acusado de ser um dos mandantes dos assassinatos de Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, foi descartado pela maioria da Câmara.

Brazão continua preso e Lira começou a ter seu poder questionado, até pela mídia.

Segundo essa mesma mídia, que é antipetista e adversária do governo Lula e, portanto, quer mais é ver o circo pegar fogo, Arthur Lira andou espalhando a aliados que iria contra-atacar e desengavetar 5 CPIs, que vão de investigações sobre crime organizado, aumento do uso de crack no País, exploração sexual infantil na Ilha do Marajó (PA), a atuação de concessionárias de energia elétrica.

Sobraria até para Alexandre de Moraes. A oposição ao governo quer uma CPI para investigar abuso de autoridade e atos de censura de ministros da Corte e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Também iria derrubar o veto parcial do presidente Lula na PEC do fim das saidinhas.

Isso tudo é o que está na mídia.

Mas todo mundo sabe que grito, esperneio e demonstração de poder é coisa de quem está se sentindo fraco.

Na verdade, o que Lira quer é aprovar mais rapidamente e em maior quantidade verbas para os deputados, inclusive ele, é claro.

O presidente da Câmara é experiente e sabe que dificilmente conseguiria montar essas CPIs num ano comum, ainda mais em ano eleitoral. E com as festas juninas e o recesso de meio de ano se aproximando.

E depois do recesso dá apenas tempo de votar o que for imprescindível, porque todos vão voltar para seus estados em busca de eleger prefeitos e vereadores que irão funcionar em 2026 como seus cabos eleitorais, quando partirem em busca de reeleição.

Mas Lira mantém a pose de segurança de boate, fazendo cara de mau, especialmente para perturbar aquele que escolheu como seu adversário preferencial, o ministro das Relações Institucionais Alexandre Padilha, que faz o meio de campo do governo na Câmara.

Ainda mais depois que Lula, numa declaração que todos entenderam como uma indireta a Lira, declarou, durante a inauguração de sede da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfevea), em São Paulo:

— Só por teimosia, Padilha vai ficar por muito tempo — disse Lula. 

 

Lira vai peitar Xandão? 


Quanto à CPI que investigaria abusos do STF, Lira recebeu ontem, em visita fora da agenda, o ministro Alexandre de Moraes.

Segundo o Estadão, Lira disse a Moraes não ter intenção de estimular confronto com o Supremo nem de instalar a CPI, e ouviu de Moraes que é “'absurda' a ideia da Câmara de criar um grupo de trabalho com o objetivo de pôr de pé um projeto exigindo autorização do Congresso para operações de busca e apreensão contra parlamentares". 

A última coisa que Arthur Lira quer é brigar com o STF. Graças a ele tem se livrado de vários processos, até o momento. Alguns que estavam até com investigações avançadas em andamento, mas foram arquivados.

Outros que estão sob censura, a pedido de Lira, como uma reportagem da Pública com denúncias inclusive de estupro. 

A Pública reclamou na Justiça e o colegiado da 6ª Turma Cível do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios julgou o mérito do agravo de instrumento interposto pela defesa do presidente da Câmara dos Deputados e manteve, por decisão unânime, a censura à reportagem. 

Em trecho do voto, o relator Alfeu Gonzaga Machado escreveu:

“(…) imputando ao autor suposto estupro praticado em novembro de 2006 sob pena… nós estamos em 2024, 18 anos atrás, reesquentando novamente matéria e espero que a comissão do novo código civil insira e traga o direito ao esquecimento, porque nós estamos com discurso num país cristão de perdão, mas o esquecimento que é o fato não está sendo praticado, lamentavelmente por uma parte da imprensa nesse país. Provavelmente amanhã eu serei chamado de censor e vou ter que dizer isso aqui: não sou censor e nunca fui a favor da censura, porque pela minha idade eu sei o que que a Revolução de 64 fez em termos de censura neste país”.

E manteve a censura.

Por isso é mais fácil Lira abraçar Padilha que peitar Xandão. Ele não é besta.

 



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Ex-ministro da Saúde de Dilma adverte: 'A conta da irresponsabilidade de Bolsonaro e seu general da Saúde chegou'


Ex-ministro da Saúde da presidenta Dilma e secretário de Saúde do prefeito Haddad em São Paulo, o deputado Alexandre Padilha (PT), que é médico infectologista, alerta que se providências não forem tomadas agora, de imediato, teremos um "março aterrorizador" da COVID-19 no Brasil.
“O governo precisa com urgência: agir por mais vacinas, contra aglomerações e por mais recursos no combate ao coronavírus", diz Alexandre Padilha.
“Esta é a última semana de fevereiro e o governo precisa com urgência assinar o contrato de vacinas já ofertadas. Printem o que estou dizendo: ou reage-se esta semana, ou teremos um março de covid-19 aterrorizador. A conta da irresponsabilidade de Bolsonaro e seu general da Saúde ao desprezar vacinas, e do vacilo da maioria do Congresso, chegou".
Padilha lembra que os laboratórios Pfizer e Jansen ofereceram juntos, ao Brasil, mais de 80 milhões de doses de vacinas, em contratos ainda não assinados pelo presidente Jair Bolsonaro e pelo ministro da Saúde, general Eduardo Pazuello. Atualmente deputado federal pelo PT de São Paulo, Alexandre Padilha comenta que o Congresso precisa aprovar a nova medida provisória que obriga o governo federal a incorporar todas as vacinas eficazes e seguras disponíveis no mundo para o combate ao coronavírus. “E, na abertura da Comissão Mista do Orçamento, precisamos recuperar os recursos que o governo federal quer retirar do SUS”, ressalta o parlamentar, sobre as medidas emergenciais para salvar o Brasil.
“Temos crescimento absurdo de mortes, de média móvel diária. O acometimento maior em público mais jovem e alguns relatos de evolução mais rápida para a letalidade. Isso é gravíssimo”, avalia Padilha. “A cidade de Campinas, por exemplo, tem 100% dos seus leitos de UTI ocupados por pacientes com covid-19. A progressão e crescimento nas cidades de Araraquara, Valinhos, Jaú. A situação de Fortaleza, Salvador, São Paulo. São fotografias de um carro em movimento, mas vemos essas imagens no retrovisor. Ou seja, a fotografia de internação de leito de UTI hoje tem relação com algo que aconteceu 15 dias atrás. Tem o volume de infecções que vieram acontecendo ao longo dos últimos 15 dias que ainda não foram detectadas. O tamanho explosivo delas, em algumas cidades e regiões, ainda não foi detectado.”  [leia mais na Rede Brasil Atual]
Lembram-se da frase do naturalista francês Auguste de Saint Hilaire “Ou o Brasil acaba com a saúva, ou a saúva acaba com o Brasil”? Troque saúva por Bolsonaro e temos o estado de calamidade em que nos encontramos hoje e a solução para o problema.
 



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