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'UFRJ fechará suas portas por incapacidade de pagamento de contas de segurança, limpeza, eletricidade e água'


O artigo é da reitora da UFRJ, Denise Pires de Carvalho, e do sub-reitor, Carlos Frederico Leão Rocha, em O Globo. Mais um crime do governo Bolsonaro, desta vez contra a Educação e a Ciência: o sufocamento da centenária Universidade Federal do Rio de Janeiro.
Universidade fica inviável 

A pandemia da Covid-19 revelou a importância da ciência no enfrentamento de questões de risco para a sociedade. Conhecimento científico é importante no planejamento das ações de redução da transmissibilidade da doença, nos cuidados hospitalares e no desenvolvimento de alternativas de combate ao vírus, como a produção de vacinas.

As universidades públicas estão na linha de frente dos desafios postos ao país e têm sido protagonistas em diversas ações para combater a pandemia. No caso da UFRJ, realizamos testes moleculares padrão ouro por RT-PCR, enquanto a rede privada não dispunha desses testes diagnósticos. Nosso Hospital Universitário Clementino Fraga Filho, o maior do Estado do Rio em volume de consultas, instalou um novo CTI e mais de 100 leitos de enfermaria para tratamento da Covid-19. A assistência aos pacientes esteve associada à geração de conhecimento científico. Realizamos estudos pioneiros de vigilância genômica, identificando novas variantes dos vírus; desenvolvemos testes sorológicos, e vacinas com tecnologia nacional estão na fase de testes pré-clínicos. Nossas perspectivas de retorno após a pandemia seriam muito piores sem essas ações.

Isso se tornou possível em razão do desenvolvimento de capacitação científica, fruto de investimentos anteriores no sistema nacional de ciência e tecnologia nas universidades e nas demais instituições científicas. Em 2013, R$ 12 bilhões foram investidos pela Capes e pelo CNPq, transformando o cenário da produção científica do país. Consequentemente, durante a epidemia da zika, o Brasil liderou o número de publicações relacionadas à enfermidade, o que permitiu a identificação de suas consequências fisiopatológicas, resultando em vidas salvas pela nossa ciência.

As universidades também dobraram o número de estudantes matriculados nos cursos de graduação. Efetuou-se um importante programa de democratização do ingresso. O investimento no ensino superior passou a ser um dos mais efetivos agentes promotores da diminuição da desigualdade social, tornando-se um importante programa social do Estado brasileiro.

Desde 2013, o orçamento das universidades vem sendo radicalmente cortado. O orçamento discricionário aprovado pela Lei Orçamentária para a UFRJ em 2021 é 38% daquele empenhado em 2012. Quando se soma o bloqueio de 18,4% do orçamento aprovado, como anunciado pelo governo, seu funcionamento ficará inviabilizado a partir de julho. A UFRJ fechará suas portas por incapacidade de pagamento de contas de segurança, limpeza, eletricidade e água. O governo optou pelos cortes e não pela preservação dessas instituições. A universidade nem sequer pode expandir a arrecadação de recursos próprios, pois não estará garantida a autorização para o gasto. A universidade está sendo inviabilizada. Em dez anos, nos restará perguntar onde estará a capacidade de resposta na próxima emergência sanitária e qual será a opção terapêutica milagrosa que colocarão à venda.





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Sob Bolsonaro, orçamento do Exército é metade do que era em 2015 no governo Dilma

Bolsonaro

Exército que iria à 'guerra contra Venezuela' não tem dinheiro para rancho e dá meio expediente às segundas e sextas


Para você ver o grau de irresponsabilidade, mesmo de insanidade, da família Bolsonaro que chegou a levantar a hipótese de o Brasil pegar em armas para derrotar o governo do presidente da Venezuela Nicolás Maduro: o Exército Brasileiro está sem verbas até para funcionar diariamente.

Desde que o PT saiu do poder, com o golpe do impeachment na presidenta Dilma, as verbas do Exército foram sofrendo cortes sucessivos. Hoje, representa pouco mais da metade do que era na época de Dilma em 2015.

E o Exército brasileiro foi fundamental para o golpe, como reconheceu o próprio Bolsonaro quando homenageou o ex-comandante do Exército, general Villas Boas, hoje assalariado do governo Bolsonaro.

Para se ver o nível estratégico de nossas tropas...
Citando falta de recursos, o comandante do Exército, general Edson Pujol, autorizou que o expediente na Força às segundas-feiras do mês de setembro seja cortado para contribuir com a economia de despesas.
Em um e-mail enviado nesta quarta-feira (28) ao Alto Comando do Exército, Pujol diz que os comandantes, chefes e diretores da Força poderão "suprimir" a seu critério o dia de trabalho em suas respectivas áreas nos dias 2, 9, 16, 23 e 30 de setembro.
"O contingenciamento ora imposto impacta, de forma significativa, a capacidade de custeio do Exército, exigindo medidas severas para que seja possível honrar os contratos com concessionários e outras despesas inerentes à vida vegetativa da Força", diz o chefe militar. 
No mesmo comunicado, ao qual a Folha teve acesso, Pujol alega que o quadro orçamentário do Comando do Exército neste ano sofreu um contingenciamento de 28% do previsto no Orçamento para as despesas discricionárias, incluindo os programas estratégicos. 
Ele argumenta ainda que o orçamento do Exército autorizado para 2019 é pouco mais da metade (54%) da dotação recebida em 2015. [Folha]
Anteriormente, o Exército já determinara o meio expediente às sextas-feiras. Trabalho integral só de terça a quinta. Parece o Congresso...

Para os generais que estão no poder nada muda. Eles continuam a receber o soldo integral. No caso, as pensões, porque quase todos usam pijamas.


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