Só se fala em outra coisa. E quando se fala no assunto é para zombar. Mas o senador Arthur Virgílio (PSDB-AM) lançou nesta quarta-feira sua pré-candidatura à Presidência pelo partido.
Seria apenas ridículo e risível, já que nas últimas eleições, quando concorreu ao governo de seu estado, Virgílio teve menos votos que os deputados federais que se elegeram por lá.
Mas isso não é importante. Virgílio não é importante.
A briga interna em São Paulo entre Serra e Alckmin, mais a disputa com Aécio, abriu espaço para a bancada nordestina e para franco-atiradores, como o senador Virgílio. Há ainda a vaidade-mor, o ex-presidente FHC, que mesmo sem votos e sem cargo continua deitando falação, geralmente criando crises internas no partido.
Virgílio jamais se atreveria a lançar sua pré-candidatura se o partido não estivesse literalmente no chão. Sem que Lula tivesse que mover uma única palha para isso. Apenas com as realizações de seu governo e o auxílio luxuoso da incompetência da tucanada paulista, que de bicada em bicada destruiu o próprio ninho.
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